tag:blogger.com,1999:blog-17388306534987233012024-03-13T23:31:41.887-03:00Mulheres em MarchaMulheres em Marchahttp://www.blogger.com/profile/02732721729895699377noreply@blogger.comBlogger573125tag:blogger.com,1999:blog-1738830653498723301.post-48068426817945489432016-08-01T16:35:00.002-03:002016-08-01T16:35:21.375-03:00DECLARAÇÃO DA MARCHA INTERNACIONAL CONTRA O MILITARISMOS<div class="yiv7744850126MsoNormal" id="yui_3_16_0_ym19_1_1470073198968_10528" style="-webkit-padding-start: 0px; background-color: white; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; padding: 0px; text-align: justify;">
<a href="https://us-mg5.mail.yahoo.com/ya/download?mid=2%5f0%5f0%5f1%5f1%5fAGHkimIABBMJV5fUKQxUQK0fkkA&m=YaDownload&pid=1.2&fid=Inbox&inline=1&appid=yahoomail" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://us-mg5.mail.yahoo.com/ya/download?mid=2%5f0%5f0%5f1%5f1%5fAGHkimIABBMJV5fUKQxUQK0fkkA&m=YaDownload&pid=1.2&fid=Inbox&inline=1&appid=yahoomail" /></a></div>
<div class="yiv7744850126MsoNormal" id="yui_3_16_0_ym19_1_1470073198968_10528" style="-webkit-padding-start: 0px; background-color: white; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="-webkit-padding-start: 0px; font-size: 17.3333px; line-height: 19.9333px;"><span style="font-family: Calibri, sans-serif;"><b>A MARCHA MUNDIAL DAS MULHERES CONTRA O MILITARISMO, O FUNDAMENTALISMO E A VIOLÊNCIA</b></span></span></div>
<div class="yiv7744850126MsoNormal" id="yui_3_16_0_ym19_1_1470073198968_10528" style="-webkit-padding-start: 0px; background-color: white; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="-webkit-padding-start: 0px; color: windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 13pt; line-height: 19.9333px;"><br /></span></div>
<div class="yiv7744850126MsoNormal" id="yui_3_16_0_ym19_1_1470073198968_10528" style="-webkit-padding-start: 0px; background-color: white; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; padding: 0px; text-align: justify;">
<span id="yui_3_16_0_ym19_1_1470073198968_10527" style="-webkit-padding-start: 0px; color: windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 13pt; line-height: 19.9333px;">O aumento do militarismo, o fundamentalismo, a violência e a, a morte e a opressão e extrema-direita é cada vez mais patente atingindo a vida das mulheres e das comunidades de todo o mundo de diversas formas. O fundamentalismo religioso e cultural continua a alastrar o terror, a morte e a opressão e alimenta grupos de extrema-direita que rapidamente têm vindo a ganhar cada vez mais força. Por outro lado, os governos capitalistas usam a segurança nacional e a luta contra o terrorismo como fundamento para interferir na política internacional, com o objetivo de controlar os recursos naturais, restringir a imigração, limitar os direitos civis e criminalizar os protestos.</span></div>
<div class="yiv7744850126MsoNormal" id="yui_3_16_0_ym19_1_1470073198968_10575" style="-webkit-padding-start: 0px; background-color: white; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; padding: 0px; text-align: justify;">
<span id="yui_3_16_0_ym19_1_1470073198968_10574" style="-webkit-padding-start: 0px; color: windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 13pt; line-height: 19.9333px;">É este o círculo vicioso no qual hoje nos encontramos. O fundamentalismo está a gerar mais fundamentalismo. A violência tem como resposta mais violência. As guerras são “prevenidas” com o reforço das forças armadas. Entretanto, gente inocente, famílias, comunidades, civis de todo o mundo sofrem as consequências desta loucura.</span></div>
<div class="yiv7744850126MsoNormal" id="yui_3_16_0_ym19_1_1470073198968_10577" style="-webkit-padding-start: 0px; background-color: white; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; padding: 0px; text-align: justify;">
<span id="yui_3_16_0_ym19_1_1470073198968_10576" style="-webkit-padding-start: 0px; color: windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 13pt; line-height: 19.9333px;">No dia 14 de Julho, um sangrento massacre teve lugar em Nice (França) com um balanço total de 84 pessoas mortas e outras 303 feridas. Reações de todo o mundo a este trágico acontecimento acompanhama teoria do choque das civilizações e sugerem a necessidade de uma maior controle e militarização.</span></div>
<div class="yiv7744850126MsoNormal" style="-webkit-padding-start: 0px; background-color: white; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="-webkit-padding-start: 0px; color: windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 13pt; line-height: 19.9333px;">Na Turquia, a 15 de Julho, o Exército anunciou tomar o poder e declarou o toque de recolher desde a o canal de televisão pública TRT. O presidente Erdogan rapidamente tirou proveito do falhado golpe de estado para lançar uma campanha de caça às bruxas contra a sua oposição, não apenas contra os militares implicados na tentativa de golpe, como também procuradores, jornalistas, juízes e funcionários do ensino forma cercados. Enquanto islamitas radicais ocupam as ruas, as forças democráticas têm sido oprimidas e as mulheres são constantemente assediadas pelos apoiantes de Erdogan.</span></div>
<div class="yiv7744850126MsoNormal" style="-webkit-padding-start: 0px; background-color: white; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="-webkit-padding-start: 0px; color: windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 13pt; line-height: 19.9333px;">A tentativa de golpe de estado falhou com mais de 200 pessoas mortas e o pior parece estar ainda para chegar porque a purga está a ser alargada a outros sectores. Nos últimos dias, cerca de 6.000 pessoas foram presas e muitas mais foram despedidas ou suspendidas das suas funções. Este é o caso de 9.000 agentes de polícia, 2.700 juízes e 15.000 pessoas no âmbito educativo. Para além disso, foram revocadas 24 licenças de rádio e TV depois da tentativa de golpe.</span></div>
<div class="yiv7744850126MsoNormal" id="yui_3_16_0_ym19_1_1470073198968_10590" style="-webkit-padding-start: 0px; background-color: white; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; padding: 0px; text-align: justify;">
<span id="yui_3_16_0_ym19_1_1470073198968_10591" style="-webkit-padding-start: 0px; color: windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 13pt; line-height: 19.9333px;">O governo opressor de Erdogan tem mantido a Turquia no caos e conflito permanentes nos últimos anos e parece que a tentativa de golpe está a ser usada como desculpa para manter a sua ditadura islamo-fascista, aumentar o controlo e a repressão de qualquer oposição, assim como suprimir os Direitos Humanos no país.</span></div>
<div class="yiv7744850126MsoNormal" id="yui_3_16_0_ym19_1_1470073198968_10589" style="-webkit-padding-start: 0px; background-color: white; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; padding: 0px; text-align: justify;">
<span id="yui_3_16_0_ym19_1_1470073198968_10588" style="-webkit-padding-start: 0px; color: windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 13pt; line-height: 19.9333px;">Nós, Marcha Mundial das Mulheres, denunciamos uma vez mais a militarização, o aumento das despesas armamentistas e a estratégia de combater a violência com mais violência. Sabemos que estas estratégias apenas acarretam mais desgraças às mulheres e às comunidades de todo o mundo. Sabemos que alimentam os fundamentalismos e polarizamo nosso mundo. </span><span lang="PT" style="-webkit-padding-start: 0px; color: windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 13pt; line-height: 19.9333px;">Este não é o mundo que queremos.</span></div>
<div class="yiv7744850126MsoNormal" id="yui_3_16_0_ym19_1_1470073198968_10581" style="-webkit-padding-start: 0px; background-color: white; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; padding: 0px; text-align: justify;">
<span id="yui_3_16_0_ym19_1_1470073198968_10580" style="-webkit-padding-start: 0px; color: windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 13pt; line-height: 19.9333px;">Hoje enviamos a nossa solidariedade e força a todas as nossas companheiras da Marcha Mundial das Mulheres na Turquia que estão na linha da frente na defesa da democracia e dos direitos das mulheres. Estendemos a nossa solidariedade ao povo curdo e ao resto dos povos e comunidades que vivem na Turquia. </span></div>
<div class="yiv7744850126MsoNormalCxSpMiddle" id="yui_3_16_0_ym19_1_1470073198968_10579" style="-webkit-padding-start: 0px; background-color: white; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 16.8px; margin-bottom: 8pt; margin-left: 36pt; margin-right: 0cm; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="-webkit-padding-start: 0px; color: windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 13pt; line-height: 18.2px;"><span style="-webkit-padding-start: 0px;">-<span style="-webkit-padding-start: 0px; font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span></span><span id="yui_3_16_0_ym19_1_1470073198968_10578" style="-webkit-padding-start: 0px; color: windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 13pt; line-height: 18.2px;">Exigimos ao Presidente Erdogan e ao seu governo que cesse imediatamente as detenções, a tortura e as purgas arbitrárias no país. Qualquer ação tomada pelo governo deve cumprir a Declaração Universal dos Direitos Humanos, assim como os restantes protocolos internacionais firmados pela Turquia.</span></div>
<div class="yiv7744850126MsoNormalCxSpMiddle" id="yui_3_16_0_ym19_1_1470073198968_10596" style="-webkit-padding-start: 0px; background-color: white; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 16.8px; margin-bottom: 8pt; margin-left: 36pt; margin-right: 0cm; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="-webkit-padding-start: 0px; color: windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 13pt; line-height: 18.2px;"><span style="-webkit-padding-start: 0px;">-<span style="-webkit-padding-start: 0px; font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span></span><span id="yui_3_16_0_ym19_1_1470073198968_10595" style="-webkit-padding-start: 0px; color: windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 13pt; line-height: 18.2px;">Pedimos à comunidade internacional, especialmente às Nações Unidas e à União Europeia, que monitorize a situação de perto com o objetivo de garantir que o Estado de Direito se mantenha vigente, que os Direitos Humanos sejam respeitados e para evitar que a Turquia seja arrastada para uma situação mais caótica e com um conflito mais grave.</span></div>
<div class="yiv7744850126MsoNormalCxSpMiddle" id="yui_3_16_0_ym19_1_1470073198968_10597" style="-webkit-padding-start: 0px; background-color: white; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 16.8px; margin-bottom: 8pt; margin-left: 36pt; margin-right: 0cm; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="-webkit-padding-start: 0px; color: windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 13pt; line-height: 18.2px;"><span style="-webkit-padding-start: 0px;">-<span style="-webkit-padding-start: 0px; font-family: "Times New Roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; line-height: normal;"> </span></span></span><span style="-webkit-padding-start: 0px; color: windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 13pt; line-height: 18.2px;"> </span></div>
<div class="yiv7744850126MsoNormal" id="yui_3_16_0_ym19_1_1470073198968_10593" style="-webkit-padding-start: 0px; background-color: white; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; padding: 0px; text-align: justify;">
<span id="yui_3_16_0_ym19_1_1470073198968_10594" style="-webkit-padding-start: 0px; color: windowtext; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 13pt; line-height: 19.9333px;">A Marcha Mundial das Mulheres une-se em solidariedade com as mulheres e povos da Turquia e França, assim como todos os povos que sofrem violência, fundamentalismo, terrorismo e militarização. Seguiremos em Marcha até que todas as mulheres vivam em Paz, Justiça e Liberdade.</span></div>
<div align="center" class="yiv7744850126MsoNormal" id="yui_3_16_0_ym19_1_1470073198968_10598" style="-webkit-padding-start: 0px; background-color: white; font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt; line-height: 18.4px; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; padding: 0px; text-align: center;">
<b id="yui_3_16_0_ym19_1_1470073198968_10601" style="-webkit-padding-start: 0px;"><span id="yui_3_16_0_ym19_1_1470073198968_10600" style="-webkit-padding-start: 0px; color: #7030a0; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 13pt; line-height: 19.9333px;">MARCHA MUNDIAL DAS MULHERES</span></b></div>
Mulheres em Marchahttp://www.blogger.com/profile/02732721729895699377noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1738830653498723301.post-69647208877996742016-07-25T18:07:00.000-03:002016-07-26T14:48:22.038-03:00A MULHER NEGRA É A MAIOR VÍTIMA DE VIOLÊNCIA NO BRASIL<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-s2OEs6Y39Q8/V5Z82ragYBI/AAAAAAAAAgE/O2y6l9uiH3cEoKPk_kohFfWPJQioO25IwCLcB/s1600/13615071_10154388197218708_8791604861225851379_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-s2OEs6Y39Q8/V5Z82ragYBI/AAAAAAAAAgE/O2y6l9uiH3cEoKPk_kohFfWPJQioO25IwCLcB/s320/13615071_10154388197218708_8791604861225851379_n.jpg" width="222" /></a><span style="font-family: "arial" , sans-serif; line-height: 150%;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; line-height: 150%;">* Por Ana Carla Franco e Julia Gabriela Leão Monteiro</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Segundo
dados do último mapa da violência, elaborado em 2015 pela <span style="background: white;">Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais, o
homicídio de mulheres negras aumentou 54% em 10 anos, enquanto que o de brancas
reduziu 10% no mesmo período, além de evidenciar que a mulher negra também é a
maior vítima de estupro. Mas por que as negras são as maiores vítimas?<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span style="background: white;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Assim como os demais países latino-americanos, o Brasil ainda
sofre com o racismo estrutural e estruturante em nossa sociedade, fruto de uma
cultura escravocrata e colonialista. A população negra não recebeu nenhum tipo
de atenção ou política de integração com o fim da escravidão, sendo jogados à
margem da sociedade. Para as mulheres negras a situação é pior, pois além de
serem vítimas de racismo, sofrem com a violência sexista, sendo utilizadas como
objeto sexual por séculos, formando uma cultura que se arrasta até os dias
atuais. Em resumo, a camada social mais pobre e marginalizada é a que mais
sofre com a violência.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Em face desta situação, uma forte articulação de mulheres nas
áreas de comunicação, cultura, acadêmica e afins na América Latina e Caribe
organizou o 1º Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas em
1992 na República Dominicana, que resultou na criação de uma Rede de Mulheres
Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas e a celebração do dia 25 de Julho como
Dia da Mulher Afro-latino-americana e Caribenha, internacionalizando assim o
debate do feminismo negro, que surgiu a partir da década de 70, impondo a
necessidade de interseccionalidade de gênero, raça, classe, etnia, orientação
sexual e religiosidade, significando assim uma ruptura com um feminismo que não
nos contempla, que historicamente foi hegemonizado por mulheres brancas e de classe
alta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Neste dia, pretendemos dar visibilidade à vulnerabilidade da
mulher negra em nossa sociedade marcada pelo racismo patriarcal
heteronormativo, que vitimiza de forma desproporcional a população de mulheres
negras e pobres, além de lutar para o fomento de políticas que venham a atender
esta camada e possamos diminuir os índices de violência apontados. As mulheres
negras seguem em marcha neste dia pois precisamos dialogar sobre esta
problemática.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">O protagonismo das mulheres negras no movimento feminista é
outro ponto que temos que dialogar. Cadê elas no movimento? E quando estão,
quais os papeis delegados às companheiras das quebradas, das periferias, as
nossas irmãs negras? Precisamos das vozes das negras, das suas pautas, que são
violadas cotidianamente nesse sistema. Até quando, irmã branca, tu vais querer
monopolizar a fala? Não é pra diluir o movimento, mas temos que ser diversas em
nossas vozes, em nossas lutas, em nossos olhares. Todas são bem vindas pra
chegar e construir o movimento feminista, precisamos muito unir forças, mas
jamais monopolizar as pautas. Somos muitas e diversas! Não podemos esquecer que
temos que passar o bastão do movimento para todas, e nesta luta seguiremos em
marcha até que todas sejamos livres!<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: "arial" , "sans-serif";"><o:p><span style="color: purple;">*Ana Carla é mulher negra, militante da Marcha Mundial das Mulheres-PA, Servidora Pública e estudante de Ciências Sociais na UFPA.</span></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: "arial" , "sans-serif";"><o:p><span style="color: purple;"><br /></span></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: "arial" , "sans-serif";"><o:p><span style="color: purple;">* Júlia Gabriela é mulher negra, militante da Marcha Mundial das Mulheres-PA, Mestra em Ciência da Religião e professora em Manaus.</span></o:p></span></div>
Mulheres em Marchahttp://www.blogger.com/profile/02732721729895699377noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1738830653498723301.post-31265285963481548712016-07-12T23:31:00.000-03:002016-07-12T23:38:32.263-03:00MULHERES ORGANIZADAS MUDAM O MUNDO<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-kjGNdhtj6Vg/V4WmRGPEgzI/AAAAAAAAAfo/qMlZOdaPlII2I-kCSQEABU7lNqKwcztSgCLcB/s1600/WhatsApp-Image-20160712%2B%25283%2529.jpeg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://4.bp.blogspot.com/-kjGNdhtj6Vg/V4WmRGPEgzI/AAAAAAAAAfo/qMlZOdaPlII2I-kCSQEABU7lNqKwcztSgCLcB/s320/WhatsApp-Image-20160712%2B%25283%2529.jpeg" width="320" /></a><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Segunda, dia 11 de julho, a Marcha Mundial das Mulheres do Pará reuniu para avaliar as
atividades do primeiro semestre de 2016, nossa inserção nos debates e lutas que
surgiram na conjuntura e organizar a programação do semestre que entra.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Teve participação no <b>8 de março</b>, finalização positiva do
projeto executado pela Marcha "Inclusão e Igualdade: Construindo autonomia
econômica e política das mulheres", edital da SPM, Pré - Encontro de
Mulheres Estudantes no IFPA, com apresentação de documentário e exposição
fotográfica "Quem disse que não?", produzido pela Kamila Nascimento,
Laís Côrtes e Laís Teixeira. </span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Participamos de oficina/formação sobre violências,
com as mulheres catadoras da coleta seletiva de Belém, criamos o núcleo da Marcha
em Santo Antônio do Tauá, fizemos oficina de batucada na ocupação do MINC e fortalecemos o debate da Economia Solidária e Feminista dentro da Marcha através da RESF (Rede de Economia Solidária e Feminista).</span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Além de tudo isso, estivemos presentes
em todos os atos de rua em favor da democracia e denunciando o golpe
conservador e machista em curso no país, com a irreverencia da Batucada Feminista,
uma de nossas principais identidades.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-MGoRAJPqSdc/V4WmcrVf6NI/AAAAAAAAAfw/dxfjPfV9l68ZyNlB12WB7p7ArSHVrY35gCLcB/s1600/WhatsApp-Image-20160712%2B%25284%2529.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://3.bp.blogspot.com/-MGoRAJPqSdc/V4WmcrVf6NI/AAAAAAAAAfw/dxfjPfV9l68ZyNlB12WB7p7ArSHVrY35gCLcB/s320/WhatsApp-Image-20160712%2B%25284%2529.jpeg" width="320" /></a><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Feira de Economia Solidária, intervenções políticas, curso de
formação feminista, debates, atividade financeira, encontro estadual e muita, muita
organização, aguardam as mulheres da MMM-PA. As que não puderam estar no planejamento e quiserem somar conosco serão
sempre muito, muito bem vindas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Nossas reuniões continuarão sendo quinzenais,
às 17h30, no Sindicato dos Bancários. Ao lado, estarão as datas atualizadas das
atividades para que todas possam se planejar e participar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">É por um mundo melhor, pela igualdade e autonomia econômica
e política das mulheres que estamos todos os dias lutando contra o capital, o
mercado e todas as formas de opressão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Arregaça as mangas mulherada! Tem muita luta!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Seguiremos em marcha até que todas sejamos livres!!!</span></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Mulheres em Marchahttp://www.blogger.com/profile/02732721729895699377noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1738830653498723301.post-28234365730560046532016-02-15T17:54:00.000-03:002016-02-15T17:54:00.981-03:00Tem Núcleo Novo da MMM, agora é a vez de Santarém Novo - Pa<div style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-line-height-alt: 9.6pt; text-align: justify;">
Ocorreu no último sábado (13), na sede do Projeto Ação Mulher, a
construção do núcleo da Marcha Mundial das Mulheres, em Santarém Novo – Pa.<o:p></o:p></div>
<div style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-line-height-alt: 9.6pt; text-align: justify;">
Como parte do planejamento da MMM-PA para 2016, este momento
dedicou-se a construção de um núcleo da MMM em Santarém Novo. Foi realizada uma
reunião com as mulheres participantes do projeto Ação Mulher, coordenado pela
vereadora Bete Lemos, que solicitou a participação de mulheres da MMM para
apresentar o que é a Marcha, no intuito de dar direcionamento
político-ideológico para essas mulheres, além de conhecer a proposta da Rede de
Economia Solidária Feminista.<span style="color: #222222; font-family: Arial, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background-attachment: scroll; background-position-x: 0%; background-position-y: 0%;">Foi feita uma rodada de apresentação e conversa sobre o que é o projeto
Ação Mulher e o que as mulheres desejavam com a MMM. Foi apresentada a Marcha,
que trata-se de um movimento social que atua autonomamente em núcleos em todo Brasil
com a finalidade de fortalecer a pauta feminista dentro de seus campos de
atuação:<span class="apple-converted-space"> </span></span><span style="background-attachment: scroll; background-position-x: 0%; background-position-y: 0%;">Autonomia econômica das mulheres,<span class="apple-converted-space"> </span></span>Bem
comum e serviços públicos, Paz e desmilitarização e<span class="apple-converted-space"> </span><span style="background-attachment: scroll; background-position-x: 0%; background-position-y: 0%;">Fim da violência
contra as mulheres. Foi exposto também que não recebemos subsídio financeiro,
que trabalhamos com parcerias e nós mesmas fazemos nossas campanhas financeiras
para manter nossas atividades, além da importância do movimento para cobrar
políticas públicas para as mulheres junto aos governos.</span><span style="color: #222222; font-family: Arial, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
As participantes mostraram-se bastante interessadas em conhecer mais sobre
o feminismo, quebrar preconceitos sobre o movimento e principalmente sobre a
questão da autonomia econômica das mulheres, que elas percebem como principal
motivo das mulheres se subjugarem aos homens por serem dependentes
financeiramente de seus parceiros.<span style="color: #222222; font-family: Arial, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
Como continuidade desta construção, foi apresentado pelas marchantes Ana
Carla Franco e Gercina Araújo a proposta de mais três encontros no município, a
realizar-se em abril, maio e junho. Decidimos juntas as datas, o último sábado
desses meses e as temáticas: Em abril falaremos sobre feminismo, em maio sobre
economia solidária feminista e em junho será feito um plano de ação afim de
construir organicidade do grupo para que sigam em frente como núcleo da MMM
Santarém Novo.<span style="color: #222222; font-family: Arial, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="background-attachment: scroll; background-position: 0% 0%;">Foi uma manhã muito rica e proveitosa com as mulheres
de Santarém Novo, que mostraram muita disposição de luta para marchar até que
todas sejamos livres!</span></span><span style="color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background-attachment: scroll; background-position-x: 0%; background-position-y: 0%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-XplMecjTxhg/VsI6Yj3foXI/AAAAAAAAAe8/rwRz0S0iD5I/s1600/IMG-20160204-WA0009.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="179" src="https://1.bp.blogspot.com/-XplMecjTxhg/VsI6Yj3foXI/AAAAAAAAAe8/rwRz0S0iD5I/s320/IMG-20160204-WA0009.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-Vx4D4W7b8r4/VsI6Yk_YP_I/AAAAAAAAAe0/qMBgvmRCHsQ/s1600/IMG-20160204-WA0010.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="179" src="https://3.bp.blogspot.com/-Vx4D4W7b8r4/VsI6Yk_YP_I/AAAAAAAAAe0/qMBgvmRCHsQ/s320/IMG-20160204-WA0010.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-7GOnbmeXktc/VsI6Yuvkn2I/AAAAAAAAAe4/mMAeV0GAgCM/s1600/IMG-20160204-WA0011.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="179" src="https://1.bp.blogspot.com/-7GOnbmeXktc/VsI6Yuvkn2I/AAAAAAAAAe4/mMAeV0GAgCM/s320/IMG-20160204-WA0011.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-6CJH4g2KFUg/VsI6ZSUZQ8I/AAAAAAAAAfA/zbwgA5lmnNI/s1600/IMG-20160213-WA0001.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://3.bp.blogspot.com/-6CJH4g2KFUg/VsI6ZSUZQ8I/AAAAAAAAAfA/zbwgA5lmnNI/s320/IMG-20160213-WA0001.jpg" width="179" /></a></div>
<div style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Mulheres em Marchahttp://www.blogger.com/profile/02732721729895699377noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1738830653498723301.post-53503022735604337922015-12-01T17:47:00.002-03:002015-12-01T17:47:58.051-03:00Uruguai: após legalização, desistência de abortos sobe 30%<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; clear: both; color: #33332f; line-height: 27px; margin-bottom: 5rem; margin-left: auto; margin-right: auto; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Dados mostram que 18% das mulheres que buscam o procedimento correspondem a menores de 20 anos<br /><span style="background-color: white; color: #33332f; line-height: 27px;">O número de mulheres que decidiram levar adiante a gravidez após solicitar um aborto legal no Uruguai cresceu 30% em 2014 se comparado ao ano anterior, conforme o segundo relatório anual do Ministério da Saúde (MSP) divulgado neste fim de semana.</span><span style="background-color: white; color: #33332f; font-weight: 600;">"O que nos surpreendeu foi o aumento de desistências, o que demonstra que a lei vem cumprindo seu papel. Não é uma lei que promove o aborto, mas a reflexão", diz médica</span>O total de abortos legais concretizados subiu 20%, com "8.500 interrupções voluntárias da gravidez", mais do que no mesmo período de acordo com o comunicado.<br />Os dados foram coletados "entre dezembro de 2013 e novembro de 2014", explicou neste domingo à Agência Efe a ginecologista e ex-diretora de Saúde Sexual e Reprodutiva no MSP, Leticia Rieppi, que participou da coordenação do relatório realizado durante sua gestão, antes da mudança de governo no país. Em 1 de março, o ex-presidente José Mujica entregou a faixa ao seu sucessor Tabaré Vázquez.<br />Para a médica, a ascensão no número de abortos está dentro do esperado para os primeiros anos de vigência da lei.<br />"O que nos surpreendeu foi o aumento de desistências, o que demonstra que a lei vem cumprindo seu papel. Não é uma lei que promove o aborto, mas a reflexão. Isso demonstra que muitas mulheres que solicitam o aborto não têm certeza e que as consultas obrigatórias com a equipe interdisciplinar, formada por psicólogos e assistentes sociais, além do ginecologista, estão sendo efetivas", disse em alusão ao procedimento determinado pela legislação no qual a mulher tem cinco dias para pensar antes de prosseguir com o pedido.<br />Sobre o número de abortos concretizados, o Ministério informou que se trata de uma relação de 12 para cada 1.000 "mulheres entre 15 e 45 anos, sendo porcentagens que estão abaixo dos níveis internacionais que se conhecem, como, por exemplo, nos países nórdicos".<br />Os resultados do relatório também dão conta de que 18% das mulheres que buscam o procedimento correspondem a menores de 20 anos. Nesse sentido, Leticia contrapõe que "uma a cada cinco adolescentes no Uruguai é mãe".<br />"Se fala muito sobre gravidez precoce e parece que as adolescentes são condenadas tanto quando abortam quanto quando não o fazem", opinou.<br />De acordo com registros oficiais, 60% dos abortos ocorreram em Montevidéu e os demais no interior do país e nenhuma morte aconteceu no período de vigência da nova lei.<br />"O MSP continuará potencializando o acesso à informação de métodos contraceptivos, de modo a não chegar tarde para promover e facilitar a decisão voluntária da maternidade", concluiu o comunicado.<br />A lei de interrupção voluntária da gravidez está em vigor no país desde o final de 2012.<br />Na América Latina, essa possibilidade amparada pelo sistema de saúde só existe na capital mexicana, em Cuba, Guiana e Porto Rico, além de no Uruguai.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-kB0LJg2Z0Lo/Vl4GK38jKVI/AAAAAAAAAdo/qxFZmNt-z_0/s1600/Aborto_Uruguai.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://1.bp.blogspot.com/-kB0LJg2Z0Lo/Vl4GK38jKVI/AAAAAAAAAdo/qxFZmNt-z_0/s320/Aborto_Uruguai.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
Fonte: http://noticias.terra.com.br/mundo/america-latina/uruguai-apos-legalizacao-desistencia-de-abortos-sobe-30,2e4163764976c410VgnCLD200000b1bf46d0RCRD.html</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; clear: both; color: #33332f; line-height: 27px; margin-bottom: 5rem; margin-left: auto; margin-right: auto; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<div id="ad-video-inread--wrapper" style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #33332f; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><div class="ad-video-inread" id="ad-video-inread" style="border: 0px; box-sizing: border-box; display: inline-block; margin: 0px; min-height: 1px; padding: 0px; vertical-align: baseline; width: 620px;">
</div>
</span></div>
</div>
Mulheres em Marchahttp://www.blogger.com/profile/02732721729895699377noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1738830653498723301.post-84105036237448076652015-11-25T09:38:00.001-03:002015-11-25T09:38:28.684-03:002° Grande Ato contra Cunha e Pela Vida das Mulheres<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
Hoje é o Dia Mundial de Combate à Violência Contra as Mulheres.</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
No Brasil, segundo o recém divulgado Mapa da Violência, 13 mulheres morrem diariamente vítimas do machismo.</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-top: 6px;">
Não esqueça, o feminismo nunca matou ninguém, mas o machismo mata todos os dias.</div>
<div>
<span style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span style="font-size: 14px; line-height: 19.32px;"><br /></span></span></div>
<div>
<span style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span style="font-size: 14px; line-height: 19.32px;"><b>Então hoje é dia de estar nas ruas para gritar contra o machismo e seu grande protagonista atual #FORACUNHA .</b></span></span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-uwmZ2lVjRc8/VlWrEkofNGI/AAAAAAAAAak/RF-6cjTcJCI/s1600/12241740_1006255812768441_1523970025732402318_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="235" src="http://3.bp.blogspot.com/-uwmZ2lVjRc8/VlWrEkofNGI/AAAAAAAAAak/RF-6cjTcJCI/s640/12241740_1006255812768441_1523970025732402318_n.jpg" width="640" /></a></div>
<br /></div>
Mulheres em Marchahttp://www.blogger.com/profile/02732721729895699377noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1738830653498723301.post-82273752048896244342015-11-18T11:42:00.001-03:002015-11-18T11:42:43.804-03:00Mapa da Violência 2015 - Homicídios de Mulheres no Brasil<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-Ug98sxEhzms/VkyN290Xx0I/AAAAAAAAAaU/_G5ae0XqcJg/s1600/feminismo-nunca-matou1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://4.bp.blogspot.com/-Ug98sxEhzms/VkyN290Xx0I/AAAAAAAAAaU/_G5ae0XqcJg/s200/feminismo-nunca-matou1.jpg" width="150" /></a></div>
FLACSO, ONU Mulheres, OPAS/OM e a SPM divulgam novo Mapa da Violência 2015:<br />
Homicídio de Mulheres no Brasil.<br />
<br />
Homicídio contra negras aumenta 54% em 10 anos, aponta Mapa da Violência 2015<br />
Estudo revela ainda que 50,3% das mortes violentas de mulheres são cometidas por familiares e<br />
33,2% por parceiros ou ex-parceiros. Entre 1980 e 2013 foram vítimas de assassinato 106.093<br />
mulheres, 4.762 só em 2013.<br />
<br />
O Mapa da Violência 2015, elaborado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais<br />
(Flacso), aponta um aumento de 54% em dez anos no número de homicídios de mulheres negras,<br />
passando de 1.864, em 2003, para 2.875, em 2013. No mesmo período, a quantidade anual de<br />
homicídios de mulheres brancas caiu 9,8%, saindo de 1.747 em 2003 para 1.576 em 2013. O<br />
lançamento da pesquisa conta com o apoio do escritório no Brasil da ONU Mulheres, da<br />
Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) e da<br />
Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM) do Ministério das Mulheres, da Igualdade<br />
Racial e dos Direitos Humanos.<br />
<br />
Nesta edição, o estudo foca a violência de gênero e revela que, no Brasil, 55,3% desses crimes<br />
foram cometidos no ambiente doméstico e 33,2% dos homicidas eram parceiros ou ex-parceiros<br />
das vítimas, com base em dados de 2013 do Ministério da Saúde. O país tem uma taxa de 4,8<br />
homicídios por cada 100 mil mulheres, a quinta maior do mundo, conforme dados da OMS que<br />
avaliaram um grupo de 83 países.<br />
<br />
A divulgação da pesquisa em novembro tem especial significação: início dos 16 Dias de Ativismo<br />
pelo Fim da Violência contra as Mulheres, ações da campanha do Secretário-Geral da ONU UNASE<br />
Pelo Fim da Violência contra as Mulheres, o Dia Internacional de Eliminação da Violência contra<br />
as Mulheres e também o Dia Nacional da Consciência Negra.<br />
Segundo a Diretora da Flacso Brasil, Salete Valesan Camba, “O Mapa da Violência é um trabalho<br />
desenvolvido pelo pesquisador Julio Jacobo Waiselfisz desde 1998 e já foram divulgados 27<br />
estudos que têm contribuído de forma decisiva na reflexão da sociedade brasileira sobre as<br />
múltiplas formas de violência que se abatem sobre seus cidadãos e cidadãs, ceifando vidas,<br />
destruindo famílias, impedindo a realização dos futuros possíveis que essas vidas poderiam<br />
propiciar a toda à sociedade",<br />
<br />
Para a representante da ONU Mulheres Brasil, Nadine Gasman, o estudo inova ao revelar a<br />
combinação cruel e extremamente violenta entre racismo e sexismo no Brasil. “As mulheres negras<br />
estão expostas à violência direta, que lhes vitima fatalmente nas relações afetivas, e indireta, àquela<br />
que atinge seus filhos e pessoas próximas. É uma realidade diária, marcada por trajetórias e<br />
situações muito duras e que elas enfrentam, na maioria das vezes, sozinhas. Os dados denunciam<br />
outra bárbara faceta do racismo e amplia a reflexão sobre os tipos de violência sofridas pelas<br />
mulheres. É urgente criar consciência pública de não tolerância ao racismo e acelerar respostas<br />
institucionais concretas em favor das mulheres negras”. Gasman lembra a realização da Década<br />
Internacional de Afrodescendentes, entre 2015 e 2024, para promover o respeito, a proteção e a<br />
realização de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais de afrodescendentes, como<br />
reconhecidos na Declaração Universal dos Direitos Humanos e especificados na Declaração e<br />
Plano de Ação de Durban.<br />
<br />
Segundo o representante da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da<br />
Saúde (OPAS/OMS) no Brasil, Joaquín Molina, a pesquisa contribui para aumentar a<br />
conscientização sobre a violência de gênero, em especial a morte violenta de mulheres. “A violência<br />
contra a mulher é um problema de saúde pública, que afeta mulheres em diversas regiões do país<br />
e do mundo. Divulgar dados e estudos sobre esse tema ajuda a compreender a dimensão do<br />
problema e pôr fim a uma prática que tem tirado a vida das mulheres”. Ele também destaca a<br />
importância de iniciativas como a Campanha UNA-SE pelo fim da violência contra as mulheres, do<br />
Secretário Geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, que proclama o dia 25 de cada mês como o Dia<br />
Laranja para reunir esforços e dar visibilidade ao tema.<br />
<br />
"O governo da presidenta Dilma Rousseff tem tolerância zero com a violência contra as<br />
mulheres. Nós, da Secretaria de Políticas para as Mulheres, trabalhamos incansavelmente<br />
para reduzir as estatísticas. Além de fortalecer o programa Mulher, Viver sem Violência e a<br />
rede de atendimento às mulheres, conseguimos, em conjunto com as bancadas femininas<br />
da Câmara e do Senado, aprovar este ano a Lei do Feminicídio, um grande passo para<br />
punir os criminosos e coibir os crimes por razão de gênero. Com a divulgação do Mapa da<br />
Violência, temos mais elementos para continuar investindo em políticas públicas", afirma a<br />
secretária especial de Políticas para as Mulheres do Ministério das Mulheres, da Igualdade<br />
Racial e dos Direitos Humanos, Eleonora Menicucci.<br />
<br />
<b>Antecedentes</b><br />
<br />
A violência contra a mulher não é um fato novo. Pelo contrário, é tão antigo quanto a humanidade.<br />
O que é novo, e muito recente, é a preocupação com a superação dessa violência como condição<br />
necessária para a construção de nossa humanidade. E mais novo ainda é a judicialização do<br />
problema, entendendo a judicialização como a criminalização da violência contra as mulheres, não<br />
só pela letra das normas ou leis, mas também, e fundamentalmente, pela consolidação de<br />
estruturas específicas, mediante as quais o aparelho policial e/ou jurídico pode ser mobilizado para<br />
proteger as vítimas e/ou punir os agressores. No Brasil, há nove anos, em agosto de 2006, era<br />
sancionada a Lei 11.340, conhecida como Lei Maria da Penha, visando incrementar e destacar o<br />
rigor das punições para esse tipo de crime.<br />
<br />
Não é a primeira vez que o Mapa da Violência foca especificamente o tema da violência de gênero.<br />
De forma habitual, todos os Mapas trabalharam a distribuição por sexo das violências, sejam<br />
suicídios, homicídios ou acidentes de transporte. Em 2012, dada a relevância do tema e as diversas<br />
solicitações nesse sentido, foi elaborado o primeiro mapa especificamente focado nas questões de<br />
gênero.<br />
<br />
Com informações atualizadas dos Mapas anteriores, visando verificar a evolução recente do<br />
problema no Brasil e no mundo, e, para a divulgação dos novos dados, a Faculdade Latino-<br />
Americana de Ciências Sociais (Flacso), Sede Acadêmica Brasil, uniu forças com os escritórios no<br />
Brasil da ONU-Mulher e da OMS/OPAS e, também, com a Secretaria de Políticas para as Mulheres,<br />
visando ampliar a disseminação do estudo.<br />
<br />
A fonte básica para a análise dos homicídios no Brasil, em todos os Mapas da Violência até hoje<br />
elaborados, é o Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), da Secretaria de Vigilância em<br />
Saúde (SVS) do Ministério da Saúde (MS).<br />
<br />
A Flacso Brasil, como instituição dedicada à promoção de estudos e pesquisas em Ciências Sociais,<br />
cumprindo seu compromisso com a divulgação de estudos que contribuam para a melhoria da vida<br />
social e a superação de situações socialmente inaceitáveis, como a permanência da violência como<br />
linguagem validada, lançará na próxima segunda-feira (9), o Mapa da Violência 2015 -<br />
Homicídio de mulheres no Brasil, às 10h, em Brasília.<br />
<br />
A seguir, alguns dos dados apresentados no Mapa da Violência 2015: homicídio de mulheres no<br />
Brasil.<br />
<br />
<b>HOMICÍDIO DE MULHERES NAS UFs</b><br />
<br />
Entre 2003 e 2013, o número de vítimas do sexo feminino passou de 3.937 para 4.762, incremento<br />
de 21,0% na década. Essas 4.762 mortes em 2013 representam 13 homicídios femininos diários.<br />
Diversos estados evidenciaram pesado crescimento na década, como Roraima, onde as taxas mais<br />
que quadruplicaram (343,9%), ou Paraíba, onde mais que triplicaram (229,2%).<br />
Entre 2006, ano da promulgação da lei Maria da Penha e 2013, apenas em cinco Unidades da<br />
Federação foram registradas quedas nas taxas: Rondônia, Espírito Santo, Pernambuco, São Paulo<br />
e Rio de Janeiro.<br />
<br />
<b>HOMICÍDIO DE MULHERES NAS CAPITAIS</b><br />
<br />
Vitória, Maceió, João Pessoa e Fortaleza encabeçam as capitais com taxas mais elevadas no ano<br />
de 2013, acima de 10 homicídios por 100 mil mulheres. No outro extremo, São Paulo e Rio de<br />
Janeiro são as capitais com as menores taxas.<br />
<br />
<b>HOMICÍDIO DE MULHERES NOS MUNICÍPIOS</b><br />
<br />
Dentre 100 municípios com mais de 10.000 habitantes do sexo feminino (com as maiores taxas<br />
médias de homicídio de mulheres/por 100 mil), as 10 primeiras posições no ranking nacional são:<br />
Barcelos/AM (1º), Alexânia/GO (2º), Sooretama/ES (3º), Conde/PB (4º), Senador Pompeu/CE (5º),<br />
Buritizeiro/MG (6º), Mata de São João/BA (7º), Pilar/AL (8º), Pojuca/BA (9º) e Itacaré/BA (10º).<br />
<br />
<b>ESTATÍSTICAS INTERNACIONAIS</b><br />
<br />
De acordo com os dados da OMS, o Brasil tem taxa de 4,8 homicídios por 100 mil mulheres, em<br />
2013, o que coloca o país na 5ª posição internacional, entre 83 países do mundo.<br />
<br />
<b>COR DAS VÍTIMAS</b><br />
<br />
As taxas das mulheres e meninas negras vítimas de homicídios cresce de 22,9% em 2003 para<br />
66,7% em 2013. Houve, nessa década, um aumento de 190,9% na vitimização de negras, índice<br />
que resulta da relação entre as taxas de mortalidade brancas e negras, expresso em percentual.<br />
<br />
<b>IDADE DAS VÍTIMAS</b><br />
<br />
Baixa ou nula incidência até os 10 anos de idade, crescimento íngreme até os 18/19 anos, e a partir<br />
dessa idade, tendência de lento declínio até a velhice. O platô que se estrutura no homicídio<br />
feminino, na faixa de 18 a 30 anos de idade, obedece à maior domesticidade da violência contra a<br />
mulher.<br />
<br />
<b>MEIOS UTILIZADOS NOS HOMICÍDIOS E LOCAL DA AGRESSÃO</b><br />
<br />
Nos homicídios masculinos prepondera largamente a utilização de arma de fogo (73,2% dos casos),<br />
nos femininos essa incidência é bem menor: 48,8%, com o concomitante aumento de<br />
estrangulamento/sufocação, cortante/penetrante e objeto contundente, indicando maior presença<br />
de crimes de ódio ou por motivos fúteis/banais.<br />
Outro indicador diferencial dos homicídios de mulheres é o local onde ocorre a agressão. Quase a<br />
metade dos homicídios masculinos acontece na rua, com pouco peso do domicílio. Já nos<br />
femininos, essa proporção é bem menor: mesmo considerando que 31,2% acontecem na rua, o<br />
domicílio da vítima é, também, um local relevante (27,1%), indicando a alta domesticidade dos<br />
homicídios de mulheres.<br />
<br />
<b>ATENDIMENTOS POR VIOLÊNCIAS</b><br />
<br />
Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan)<br />
O foco do presente estudo é a violência letal dirigida contra a mulher. Como as Declarações de<br />
Óbito utilizadas como fonte para qualificar os homicídios não fazem referência aos autores da<br />
violência, foi necessário recorrer a fontes alternativas, espécie de proxys, usando registros de<br />
violências que, tendo as mesmas características e circunstâncias daquelas letais, não<br />
necessariamente levaram à morte da mulher agredida: O Sistema de Informação de Agravos de<br />
Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde registra, de forma compulsória, os atendimentos<br />
realizados pelo Sistema Único de Saúde diante da suspeita de violência contra as mulheres que<br />
demandam atenção médica no sistema.<br />
Em um capítulo do estudo, apresenta-se uma análise sobre os atendimentos em 2014, por UF,<br />
idade da vítima, agressores, tipos de violência, local da agressão, reincidências e encaminhamentos<br />
realizados.<br />
<br />
<b>PESQUISA NACIONAL DE SAÚDE (PNS)</b><br />
<br />
A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) é uma pesquisa de base domiciliar, de âmbito nacional,<br />
resultado de uma parceria entre o Ministério da Saúde (MS) e o Instituto Brasileiro de Geografia e<br />
Estatística (IBGE). A partir dos dados fornecidos pela PNS conferimos:<br />
- um total de 3,7 milhões de pessoas, com 18 anos ou mais, sofreram agressão de alguém<br />
conhecido. Isso representa 2,5% da população nessa faixa etária. Mas o número de vítimas do sexo<br />
feminino, 2,4 milhões, quase duplica os quantitativos masculinos: 1,3 milhão. Assim, 1,8% do<br />
universo masculino do País, contra 3,1% do feminino, foram vítimas de agressão por alguém<br />
conhecido;<br />
- Amapá, Sergipe e Rio Grande do Norte destacam-se por evidenciar as maiores taxas de agressão<br />
ao sexo masculino. Rio Grande do Norte, Paraná e Pará, pelas maiores taxas do sexo feminino.<br />
<br />
<b>ESTIMATIVAS DE FEMINICÍDIO NO BRASIL</b><br />
<br />
O estudo também realiza uma estimativa dos feminicídios que aconteceram no pais no ano de 2013,<br />
nos termos da recente Lei 13.104/2015, em março de 2015, a Lei do Feminicídio:<br />
- dos 4.762 homicídios de mulheres registrados em 2013, 2.394, isso é, 50,3% do total foram<br />
perpetrados por um familiar da vítima, o que representa perto de 7 feminicídios diários nesse ano;<br />
- 1.583 dessas mulheres foram mortas pelo parceiro ou ex-parceiro, o que representa 33,2% do<br />
total de homicídios femininos nesse ano. Nesse caso, as mortes diárias foram 4.<br />
<br />
Fonte e Mapa completo: www.mapadaviolencia.org.br.<br />
<br />Mulheres em Marchahttp://www.blogger.com/profile/02732721729895699377noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1738830653498723301.post-90663375685889416512015-10-30T15:07:00.002-03:002015-10-30T15:07:57.684-03:00SOMOS AS NETAS DE TODAS AS BRUXAS QUE NÃO PUDERAM QUEIMAR<br />
<div class="MsoNormal" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-align: justify;">
<img alt="Resultado de imagem para somos as netas de todas as bruxas" src="https://encrypted-tbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTVY9pUd4yBQemU1Zn28r4xhusg3iFdk2dDCFKzsjfVkBJFc0ZT" /></div>
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">*Por Lorena Abrahão<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Permita sentir a bruxa que
existe dentro de você!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Logo nos primeiros anos
escolares, iniciamos o contato com a imposição de que bruxas são feias,
corcundas e más. De onde vem isso tudo, do folclore ou do machismo?!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Isso pode até justificar-se
pelo folclore, mas basta se aprofundar um pouco na História que logo percebemos
a relação com a cultura patriarcal, onde o gênero masculino domina o feminino.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Na sociedade celta (séc. VI
a.C. até a Baixa Idade Média) homens e mulheres viviam em condições iguais. O
sexo biológico não determinava a função de um indivíduo em seu lugar. Homens e
mulheres tinham o mesmo poder de opinião, mas no passar dos anos esta
configuração social foi se modificando. Chegado o período de transição da Idade
Média (séc. V a.C.) para a Idade Moderna (séc. XV ao XVIII d.C.), as mulheres
já não tinham direito à propriedade, ao voto, nem mesmo ao prazer sexual; mas
bem sabemos que as mulheres não ficariam por muito tempo sem questionar a sua
condição social.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Segundo a Revista Espaço
Acadêmico (n°53, de outubro/2005), entre os séculos XV e XVI o Teocentrismo –
doutrina que considera Deus como centro de tudo, decai dando lugar ao
Antropocentrismo – onde o ser humano passa a ocupar o centro. O que conduz a
uma instabilidade e descentralização do poder da Igreja. Na busca de recuperar
o poder perdido, a Igreja Católica e Protestante instaurou os Tribunais da
Inquisição, onde podemos ler “caça às bruxas”, movimento que ocorreu de
diversas formas, reforçado pela classe dominante e pelo próprio Estado; com
significado religioso, político e sexual.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Foram três séculos de
perseguição política e social às mulheres, principalmente das que viviam no
campo – por sua vez, estas eram conhecidas como “curandeiras”, mulheres com
vasto conhecimento popular sobre a natureza e suas potencialidades, muitas
vezes a única fonte de cuidado de saúde para mulheres e pessoas pobres. No
geral suas aparências não correspondiam às padronizadas pela sociedade. Estima-se
que nove milhões de pessoas foram acusadas, julgadas e mortas neste período,
onde mais de 80% eram mulheres, inclusive crianças e moças que haviam “herdado
este mal” </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">(MENSCHIK,
1977: 132)</span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Os saberes das mulheres ameaçavam
a dominação patriarcal impetrada pela Igreja Católica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Já no início do século XX,
nos Estados Unidos, inicia-se A Caça às Bruxas Comunistas, período conhecido
como Marcatismo. Neste, o foco da perseguição era cultural, especialmente aos
que ousassem manifestar-se em prol da aliança com a União Soviética ou com
práticas anti-americanas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Culturalmente tendemos a
copiar tradições ruins, ainda mais com a imposição da Cultura Imperialista. O
que percebemos, é que o Dia das Bruxas nada mais é do que a comemoração das
mortes dos milhões de mulheres sábias e a tentativa de apagar a história de
cada uma delas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Foram séculos de mulheres e
cultura feminina sendo queimadas nas fogueiras da Santa Inquisição, porém,
dentro de cada mulher há a herança de cada bruxa queimada. No livro “Todas as
Mulheres são Bruxas”, de Isabel Vasconcelos, você encontra a relação do ser
bruxa, com o que chamamos de intuição feminina. Vale a pena ler, e muito mais
vale a pena resgatar cada bruxa que existe dentro de cada mulher.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Significado de bruxa,
segundo o dicionário Priberam: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">bru·xa</span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> |ch|<br />
(origem duvidosa)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">substantivo
feminino</span></i><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">1. Mulher que faz bruxarias.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">2. [Figurado] Mulher velha e antipática.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">3. Panela de barro, crivada de buracos, que faz as vezes de braseiro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">4. [Ictiologia] Peixe da costa de Portugal, também conhecido por cascarra.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Confrontar: broxa.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Um das versões de bruxa que
o movimento de mulheres recomenda:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">https://www.youtube.com/watch?v=n4RecjyPeBc<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">*Lorena Abrahão é militante
da Marcha Mundial das Mulheres, com formação em Letras e atuação em assessoria
sindical.</span> </div>
<br />
Mulheres em Marchahttp://www.blogger.com/profile/02732721729895699377noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1738830653498723301.post-60398295009732380522015-10-30T10:02:00.001-03:002015-10-30T10:02:47.083-03:00Meu primeiro assédio<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
*Por Letícia Sabatela</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
Eu devia ter 12 anos. Voltava de ônibus da aula de Ballet, no Teatro Guaíra. Descia na rua da minha casa, umas duas grandes quadras antes, acostumada a esse caminho.<br />A rua deserta e larga , de calçadas largas, casas com jardins e portões distantes da rua, eu pela calçada, passarinhos e silêncio.<br />Um carro, um corcel vermelho, vinha pela rua ampla, reta e longa, parou à minha altura, eu na larga calçada mais próxima aos jardins das casas do que da rua, perguntou-me<br />"-Qual o<span class="text_exposed_show" style="display: inline;"> nome dessa rua?"<br />-Raphael Papa.<br />-"Hein? Não consigo ouvir."</span></div>
<div class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;">
<div style="margin-bottom: 6px;">
Eu falei mais alto e, de algum modo ele fez com que eu me aproximasse do carro para que ele conseguisse "ouvir e entender" direito .<br />Foi então que percebi seus olhos verdes avermelhados e estatelados, um "pau gigantesco" em suas mãos, o olhar doentio e pessimamente intencionado!<br />"-E aí, gostou do tamanho do pau?"</div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
A rua deserta, ainda uma longa distância até minha casa.<br />Olhando fixamente em seus olhos, dei passos precisos, sem pressa, pra trás, peguei, sem tirar os olhos dos dele, um tijolo de um montinho de construção atrás de mim e fiquei parada, pronta para o que viesse.<br />Ele ainda hesitou, antes de partir lentamente , seus olhos em mim, eu o vi descer a rua ao longe , virar o carro e ainda voltar na minha direção, passando novamente pelo ponto onde eu o ameaçava com meu olhar fixo em seus movimentos, o tijolo na mão.<br />Quando o vi desaparecer da minha vista, corri até minha casa, coração a mil, um nojo daquilo, a minha forma de medo.<br />A gratidão pelo tijolo da construção. </div>
<div style="line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
Eu devia ter 12 anos. Voltava de ônibus da aula de Ballet, no Teatro Guaíra. Descia na rua da minha casa, umas duas grandes quadras antes, acostumada a esse caminho.<br />A rua deserta e larga , de calçadas largas, casas com jardins e portões distantes da rua, eu pela calçada, passarinhos e silêncio.<br />Um carro, um corcel vermelho, vinha pela rua ampla, reta e longa, parou à minha altura, eu na larga calçada mais próxima aos jardins das casas do que da rua, perguntou-me<br />"-Qual o<span class="text_exposed_show" style="display: inline;"> nome dessa rua?"<br />-Raphael Papa.<br />-"Hein? Não consigo ouvir."</span></div>
<div class="text_exposed_show" style="display: inline; line-height: 19.32px;">
<div style="margin-bottom: 6px;">
Eu falei mais alto e, de algum modo ele fez com que eu me aproximasse do carro para que ele conseguisse "ouvir e entender" direito .<br />Foi então que percebi seus olhos verdes avermelhados e estatelados, um "pau gigantesco" em suas mãos, o olhar doentio e pessimamente intencionado!<br />"-E aí, gostou do tamanho do pau?"</div>
<div style="margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
A rua deserta, ainda uma longa distância até minha casa.<br />Olhando fixamente em seus olhos, dei passos precisos, sem pressa, pra trás, peguei, sem tirar os olhos dos dele, um tijolo de um montinho de construção atrás de mim e fiquei parada, pronta para o que viesse.<br />Ele ainda hesitou, antes de partir lentamente , seus olhos em mim, eu o vi descer a rua ao longe , virar o carro e ainda voltar na minha direção, passando novamente pelo ponto onde eu o ameaçava com meu olhar fixo em seus movimentos, o tijolo na mão.<br />Quando o vi desaparecer da minha vista, corri até minha casa, coração a mil, um nojo daquilo, a minha forma de medo.<br />A gratidão pelo tijolo da construção.<br /><a class="_58cn" data-ft="{"tn":"*N","type":104}" href="https://www.facebook.com/hashtag/meuprimeiroassedio?source=feed_text&story_id=875468275893470" style="color: #3b5998; cursor: pointer; text-decoration: none;"><span aria-label="hashtag" class="_58cl" style="color: #627aad;">#</span><span class="_58cm">meuprimeiroassedio</span></a></div>
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<div style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;">
<a class="_58cn" data-ft="{"tn":"*N","type":104}" href="https://www.facebook.com/hashtag/meuprimeiroassedio?source=feed_text&story_id=875468275893470" style="background-color: white; color: #3b5998; cursor: pointer; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; text-decoration: none;"><span aria-label="hashtag" class="_58cl" style="color: #627aad;"></span></a><img height="320" src="https://fbcdn-sphotos-c-a.akamaihd.net/hphotos-ak-xaf1/v/t1.0-9/12011215_875479789225652_8406045958139357160_n.jpg?oh=382db5291b3ab2ce67a7a0a2c86c47e3&oe=56BC3C02&__gda__=1455368115_32f61edddadbcfaffeba0729d3234ee8" width="320" /></div>
<div style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;">
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Mulheres em Marchahttp://www.blogger.com/profile/02732721729895699377noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1738830653498723301.post-89000024677261944492015-10-30T09:58:00.001-03:002015-10-30T09:58:33.574-03:00Quando a palavra da mulher não basta: o retrocesso da PL 5069/2013 e a vida das mulheres<img alt="DireitoAoNossoCorpo" src="https://marchamulheres.files.wordpress.com/2015/10/direitoaonossocorpo.jpg?w=300&h=212" /><strong style="color: #333333; font-family: 'Droid Sans', sans-serif; font-size: 13px; line-height: 22px;">* Por Clarissa Nunes</strong><br />
<div style="color: #333333; font-family: 'Droid Sans', sans-serif; font-size: 13px; line-height: 22px; padding: 0px 0px 15px;">
A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou hoje o Projeto de Lei n. 5069/2013 de autoria do Deputado Eduardo Cunha. Dentro da proposta há a criminalização com um a três anos de detenção para qualquer pessoa que instigue, induza ou auxilie um aborto – com agravamento caso o agente seja profissional de saúde. Atualmente essas condutas são tidas como contravenções penais e passíveis de pena de multa. Além disso, o texto do projeto em questão inclui a exigência de constatação em exame de corpo de delito do estupro cometido contra a mulher que queira abortar. Isto porque a legislação brasileira protege a legalidade do aborto em caso de gravidez derivada da violência sexual. Ou seja, além do constrangimento de ter o seu corpo e sua sexualidade violentada pelo estuprador e disso resultar uma gravidez, a mulher ainda deverá ser constrangida a comprovar a ocorrência da violência com um exame invasivo e obrigatório. O próprio Estado estará violentando, novamente, um corpo já vitimado pelas atrocidades do patriarcado e da cultura de estupro impregnada na sociedade brasileira.</div>
<div style="color: #333333; font-family: 'Droid Sans', sans-serif; font-size: 13px; line-height: 22px; padding: 0px 0px 15px;">
Em razão de tal cultura e das maldades ocasionadas pela sua aplicação, a palavra da mulher não basta. Seja para ser ouvida ao dizer “não” para um ato sexual, seja para ser ouvida e acreditada quando contar ter sido vítima de um estupro. Hoje a Comissão de Constituição e Justiça legitima, novamente, a violência contra a mulher. Legitima, novamente, a inexistência de poder das mulheres sobre seus próprios corpos e retira a já fragmentada escolha sobre suas próprias vidas. A justificativa usada para a necessidade do exame de corpo de delito é a “prevenção das provas e punição dos agressores”. O que, no entanto, os senhores deputados não sabem (ou sabem, mas preferem esquecer) é que o processo criminal que visa a punição do estuprador (exceto em caso da vítima ser menor de dezoito anos ou vulnerável e nos casos de resultado com lesão grave ou morte) se procede mediante ação penal pública condicionada – ou seja, é necessário que a vítima represente perante a autoridade competente a sua vontade de que o Estado persiga e puna judicialmente o seu violentador. Contudo, em razão do constrangimento desse tipo de violência – e inclusive pelo fato de o maior índice de estupradores serem homens próximos as mulheres violentadas – nem todas as vítimas decidem pela persecução penal. Nesse sentido, a justificativa além de falha, denota a falta de escrúpulos dos trinta e sete parlamentares que votaram a favor do Projeto de Lei, já que o objetivo de forçar o exame abrange apenas o interesse da manutenção do silêncio das mulheres e coação de carregarem dentro dos seus corpos uma gravidez forçada através da violência. O intuito é de dificultar o acesso ao aborto legal. Quer dizer: Dificultar ainda mais, já que muitas mulheres – por falta de informação – desconhecem o direito a interrupção da gravidez nos casos previstos em lei.</div>
<div style="color: #333333; font-family: 'Droid Sans', sans-serif; font-size: 13px; line-height: 22px; padding: 0px 0px 15px;">
O texto ainda expõe que as alterações normativas pretendem “dotar o sistema jurídica pátrio de mecanismos mais efetivos para refrear a prática do aborto, que vem sendo perpetrada sob os auspícios de artimanhas jurídicas, em desrespeito da vontade amplamente majoritária do povo brasileiro”, além disso um parágrafo do Projeto de Lei destaca que “nenhum profissional de saúde ou instituição, em nenhum caso, poderá ser obrigado a aconselhar, receitar ou administrar procedimento ou medicamento que considere abortivo”. É importante se deixar claro: caso aprovado de maneira definitiva, o texto legal não irá refrear a prática do aborto – seja pelo fato da prática existir mesmo com a penalização da conduta, seja pela já óbvia conclusão, em cenário internacional, de que a repressão não resulta em diminuição de delitos.</div>
<div style="color: #333333; font-family: 'Droid Sans', sans-serif; font-size: 13px; line-height: 22px; padding: 0px 0px 15px;">
Caso aprovado, o Projeto de Lei matará mais mulheres. Um Projeto de Lei de autoria de um homem e de relatoria de outro homem que querem legislar sobre o direito dos nossos corpos e o direito de fazermos as nossas escolhas. É nesse viés que prevalece, ainda mais, a luta por representação feminina dentro dos campos políticos. É nesse sentido que se revela, com ainda mais clareza, a necessidade de uma reforma política no nosso País. Por mais mulheres na política. Por mais mulheres vivas. Seguiremos em marcha até que todas sejamos livres!</div>
<div style="color: #333333; font-family: 'Droid Sans', sans-serif; font-size: 13px; line-height: 22px; padding: 0px 0px 15px;">
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<div style="color: #333333; font-family: 'Droid Sans', sans-serif; font-size: 13px; line-height: 22px; padding: 0px 0px 15px;">
<strong>*Clarissa é advogada e militante do Núcleo Soledad Barrett da Marcha Mundial das Mulheres de Recife</strong></div>
Mulheres em Marchahttp://www.blogger.com/profile/02732721729895699377noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1738830653498723301.post-74652983114194893562015-10-30T09:56:00.005-03:002015-10-30T09:56:56.947-03:00Sobre o PL 5069/2013 e a legalização do aborto: o corpo é meu e o Estado não manda aqui!<br />
<div style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;">
<img alt="STF/PASSAGENS AÉREAS/EDUARDO CUNHA" height="160" src="https://marchamulheres.files.wordpress.com/2015/10/o-eduardo-cunha-facebook2.jpg?w=610&h=305" width="320" /></div>
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<div style="color: #333333; font-family: 'Droid Sans', sans-serif; font-size: 13px; line-height: 22px; padding: 0px 0px 15px;">
<strong>*Por Isabela Costa</strong></div>
<div style="color: #333333; font-family: 'Droid Sans', sans-serif; font-size: 13px; line-height: 22px; padding: 0px 0px 15px;">
No último 28 de setembro, dia Latino-Americano e Caribenho de Luta pela Descriminalização e Legalização do Aborto, o Coletivo Terra Roxa, núcleo da MMM de Juiz de Fora/MG, organizou uma campanha nas redes sociais. Várias mulheres enviaram suas fotos para dar força à mobilização, usando seus corpos como instrumento de luta e resistência. O objetivo foi dar visibilidade à importância dessa luta, dizendo que as mulheres não aceitam mais que o Estado, as religiões, os homens e a sociedade em geral ditem regras sobre nossas vidas.</div>
<div style="color: #333333; font-family: 'Droid Sans', sans-serif; font-size: 13px; line-height: 22px; padding: 0px 0px 15px;">
A luta pelos direitos reprodutivos das mulheres e pela legalização do aborto são bandeiras históricas do movimento feminista. No Brasil, temos debatido esses temas com algumas dificuldades, devido ao enraizamento do patriarcado e ao conservadorismo crescente em nossa sociedade. Porém, não podemos desconsiderar alguns avanços nas políticas públicas conquistados, nesse âmbito, pelas mulheres nos últimos anos.</div>
<div style="color: #333333; font-family: 'Droid Sans', sans-serif; font-size: 13px; line-height: 22px; padding: 0px 0px 15px;">
Dentre eles, podemos destacar a promulgação da Lei de Atendimento às Vítimas de Violência Sexual (Lei 12.845/13), pela presidenta Dilma, que dispõe sobre o atendimento obrigatório e integral de pessoas em situação de violência sexual pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Dentre outros procedimentos, a lei prevê: o “amparo médico, psicológico e social imediatos”; “a profilaxia das DSTs”; “o fornecimento de informações às vítimas sobre os direitos legais e sobre todos os serviços sanitários disponíveis”; e, também, a “medicação com eficiência precoce para prevenir gravidez”, que diz respeito ao acesso à pílula do dia seguinte. Essa lei é relevante também pela regulamentação do aborto em caso de estupro, que é considerado legal pelo Código Penal.</div>
<div style="color: #333333; font-family: 'Droid Sans', sans-serif; font-size: 13px; line-height: 22px; padding: 0px 0px 15px;">
<strong>Ameaça de retrocesso à frente</strong></div>
<div style="color: #333333; font-family: 'Droid Sans', sans-serif; font-size: 13px; line-height: 22px; padding: 0px 0px 15px;">
Na contramão do reconhecimento pelo Estado brasileiro de que “violência sexual é toda atividade sexual não consentida”, o Projeto de Lei 5069/2013 – que tem como um dos autores o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) – cria diversos empecilhos para o acesso aos serviços de saúde voltados às vítimas de violência sexual. Principalmente, ao serviço de abortamento legal. O texto prevê, por exemplo, a obrigação de realização de boletim de ocorrência em delegacia e do exame de corpo de delito no IML para comprovar o estupro. Assim, a palavra da mulher é colocada em xeque.</div>
<div style="color: #333333; font-family: 'Droid Sans', sans-serif; font-size: 13px; line-height: 22px; padding: 0px 0px 15px;">
Atualmente, o testemunho da pessoa no serviço de saúde é suficiente para o procedimento, sem exigência de provas. E isso é muito importante, pois muitas mulheres, devido ao fator estressante decorrido da violência, podem demorar a procurar o sistema de saúde ou até desistir de buscar atendimento.</div>
<div style="color: #333333; font-family: 'Droid Sans', sans-serif; font-size: 13px; line-height: 22px; padding: 0px 0px 15px;">
O PL ainda prevê uma alteração do Código Penal, aumentando a pena para os profissionais da saúde que informarem às mulheres sobre procedimentos abortivos. Outra questão importante, que muitos parlamentares – contrários à medida de Cunha – têm levantado é sobre a medicação para prevenir precocemente à gravidez. Caso seja aprovado, o PL abrirá precedente para criminalizar a distribuição e uso da pílula do dia seguinte. Muitos dos apoiadores e idealizadores do projeto já consideram a pílula como abortiva.</div>
<div style="color: #333333; font-family: 'Droid Sans', sans-serif; font-size: 13px; line-height: 22px; padding: 0px 0px 15px;">
Fica nítida a intenção da bancada religiosa do Congresso em criminalizar e violentar institucionalmente mulheres e meninas, retirando seus direitos, sob o argumento de estarem “defendendo a vida”. Utilizando este mote, vários parlamentares comemoraram efusivamente a aprovação do projeto na Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania da Casa (CCJ), afrontando o caráter laico do Estado.</div>
<div style="color: #333333; font-family: 'Droid Sans', sans-serif; font-size: 13px; line-height: 22px; padding: 0px 0px 15px;">
É importante destacar que a CCJ tem apenas duas parlamentares mulheres como titulares, que ficaram desoladas com a aprovação do PL. Como sempre temos discutido, a sub-representação feminina nos espaços de poder é um grave problema.</div>
<div style="color: #333333; font-family: 'Droid Sans', sans-serif; font-size: 13px; line-height: 22px; padding: 0px 0px 15px;">
Destaco aqui a fala do relator do projeto, Evandro Gussi (PV-SP): “Surpreende-me que muitas mulheres sejam pró-aborto, até porque a maioria dos fetos é de mulheres. É estranho” (Portal IG, 22/10/2015). Diante disso, o que é “estranho” é ter que levar adiante uma gestação não desejada, fruto de um estupro. “Estranho” é ter esse tipo de pensamento obsoleto e machista, que naturaliza a violência contra as mulheres.</div>
<div style="color: #333333; font-family: 'Droid Sans', sans-serif; font-size: 13px; line-height: 22px; padding: 0px 0px 15px;">
Ele ainda completa: “Defendemos a vida e não que a mulher pratique um crime ainda pior do que aquele de bandidos nas ruas deste país” (Idem). Ou seja, a ideia moralista embutida no projeto é de que as mulheres são criminosas e mentirosas e, por isso, não devem ter acesso a um atendimento digno. Nossas vidas pouco importam para essa bancada conservadora e hipócrita.</div>
<div style="color: #333333; font-family: 'Droid Sans', sans-serif; font-size: 13px; line-height: 22px; padding: 0px 0px 15px;">
O PL 5069/2013 é um dos maiores retrocessos aos direitos conquistados pelas mulheres brasileiras. É uma afronta à nossa autonomia e liberdade. Nós não aceitaremos e não nos calaremos. A nossa luta tem o dia 28 de setembro como marco, mas ela acontece todos os dias. O aborto legal, seguro e gratuito deve ser direito de todas as mulheres. Todo dia é dia de dizer: O CORPO É MEU E O ESTADO NÃO MANDA AQUI</div>
<div style="color: #333333; font-family: 'Droid Sans', sans-serif; font-size: 13px; line-height: 22px; padding: 0px 0px 15px;">
‘O Estado é Laico,<br />não pode ser machista.<br />O corpo é nosso,<br />não da bancada moralista.<br />As mulheres estão nas ruas<br />por libertação.<br />E o PL do Cunha não vai passar,<br />não não não!!’</div>
<div style="color: #333333; font-family: 'Droid Sans', sans-serif; font-size: 13px; line-height: 22px; padding: 0px 0px 15px;">
<a href="https://marchamulheres.files.wordpress.com/2015/10/12074885_694531567344810_5954319280753642354_n.jpg" style="color: #8827c7; text-decoration: none;"><img alt="12074885_694531567344810_5954319280753642354_n" class="alignnone size-medium wp-image-3994" height="300" src="https://marchamulheres.files.wordpress.com/2015/10/12074885_694531567344810_5954319280753642354_n.jpg?w=252&h=300" style="background-color: white; border: 4px solid rgb(238, 238, 238); display: inline; height: auto; margin: 0px 0px 15px; max-width: 570px; padding: 1px;" width="252" /></a></div>
<div style="color: #333333; font-family: 'Droid Sans', sans-serif; font-size: 13px; line-height: 22px; padding: 0px 0px 15px;">
<strong>*Isabela Costa é militante da Marcha Mundial das Mulheres em Juiz de Fora</strong></div>
Mulheres em Marchahttp://www.blogger.com/profile/02732721729895699377noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1738830653498723301.post-57353812013025759212015-10-30T09:55:00.000-03:002015-10-30T09:55:10.466-03:00Avanço na Licença Paternidade no Banco da Amazônia<br />
<div style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;">
<span style="background-color: white; color: #3a4149; font-family: 'Open Sans', Arial, sans-serif; font-size: 1.0769em;">Em tempos de retrocessos nas pautas sociais, em muito devido ao atual congresso brasileiro, empregados do Banco da Amazônia conquistam relevante avanço no que se refere à licença paternidade na Campanha Nacional 2015/2016.</span></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #606569; font-family: 'Open Sans', Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 21.9464px; margin-bottom: 1.857em; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Não é de hoje que a CUT e os movimentos sociais reivindicam licença paternidade mais abrangente do que os atuais 5 dias previstos na legislação. A reivindicação se da em decorrência ao entendimento que os cuidados com o recém-nascido é tarefa e obrigação dos responsáveis pela criança, na maioria dos casos, pais e mães biológicos.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #606569; font-family: 'Open Sans', Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 21.9464px; margin-bottom: 1.857em; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Por nossa sociedade ser duramente fundamentada no sexismo e patriarcado, acaba que a tarefa desse tipo de cuidado ainda é considerada como feminina, independente de classe social, cor ou raça; justificada equivocadamente pela questão biológica. Como se a amamentação fosse a única necessidade da criança.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #606569; font-family: 'Open Sans', Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 21.9464px; margin-bottom: 1.857em; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Em alguns países a licença paternidade em período igual para homens e mulheres já é realidade, o que favorece a conciliação de trabalho e cuidados familiares. Este é o caso da Suécia, onde o pai e a mãe tem os mesmos direitos quando nasce uma criança. Atualmente trata-se de 14 meses, sendo que 2 meses obrigatoriamente ao pai, ou seja, pode ser mais que isto. E o governo pretende ampliar o benefício para 16 meses, sendo 3 obrigatoriamente ao pai.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #606569; font-family: 'Open Sans', Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 21.9464px; margin-bottom: 1.857em; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Para a CUT, movimentos sociais e para o Sindicato dos Bancários do Pará, o modelo de licença paternidade e maternidade implantado desde 1995 na Suécia, é o modelo ideal para avançar na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Onde homens e mulheres possam gozar e exercer dos mesmos direitos e deveres de responsabilidade com a criança.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #606569; font-family: 'Open Sans', Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 21.9464px; margin-bottom: 1.857em; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
No Banco da Amazônia, será garantida no Acordo Coletivo de Trabalho 2015/2016, uma Licença Paternidade Especial. No caso de falecimento da mãe e sobrevida do filho, o empregado terá direito a continuidade da licença, nos moldes da licença maternidade. Esta garantia, ainda não é o modelo ideal deste benefício, porém, é um grande avanço nas pautas de igualdade de oportunidades da categoria bancária.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #606569; font-family: 'Open Sans', Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 21.9464px; margin-bottom: 1.857em; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
“Quando esses casos acontecem, o empregado, de todas as empresas do Brasil, tem que acionar a justiça para gozar do benefício e garantir os cuidados da criança. Essa conquista no Banco da Amazônia trata-se de uma medida afirmativa rumo à consolidação da ideia que cuidados domésticos são deveres dos homens e mulheres. Continuaremos a luta pela ampliação da licença paternidade, assim como na Suécia, pois, esse é um dos caminhos para erradicarmos ou diminuirmos os impactos da Divisão Sexual do Trabalho na vida das mulheres.” Afirma a presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Rosalina Amorim. <img alt="Lincença-Paternidade-BASA" height="153" src="http://bancariospa.org.br/wp3/wp-content/uploads/2015/10/Lincen%C3%A7a-Paternidade-BASA-702x336.jpg" style="background-color: transparent;" width="320" /></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #606569; font-family: 'Open Sans', Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 21.9464px; margin-bottom: 1.857em; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #606569; font-family: 'Open Sans', Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 21.9464px; margin-bottom: 1.857em; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="border: 0px; font-family: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Fonte: Bancários PA</em></div>
Mulheres em Marchahttp://www.blogger.com/profile/02732721729895699377noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1738830653498723301.post-64072457805090281102015-10-21T09:35:00.000-03:002015-10-21T09:35:00.861-03:00Contraf-CUT denuncia propaganda sensual do Santander ao MPT<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-VJzTBqNcCg8/ViYz1sCyGZI/AAAAAAAAAaE/u_0gPDi9wGs/s1600/santander.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://4.bp.blogspot.com/-VJzTBqNcCg8/ViYz1sCyGZI/AAAAAAAAAaE/u_0gPDi9wGs/s320/santander.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<span style="background-color: white; color: #464646; font-family: Arial, Helvetica, Verdana, sans-serif; font-size: 12px;">A Contraf-CUT entrou com representação contra o Santander no Ministério Público do Trabalho (MPT) por propagandas com gerentes em poses sensuais e pediu a suspensão imediata da peça publicitária. Em um dos banners, o banco utiliza a foto de uma mulher para motivar o interesse do público em abrir uma conta bancária com a gerente e diz: "Joyce, gerente do Santander. Abra uma conta com ela". A propaganda mostra a gerente, ao que parece estar balançando numa rede, com as pernas de fora, vestido decotado, em trajes inapropriados e incondizentes com a atividade profissional. </span><br />
<br style="background-color: white; color: #464646; font-family: Arial, Helvetica, Verdana, sans-serif; font-size: 11px; font-stretch: normal; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: middle;" />
<span style="background-color: white; color: #464646; font-family: Arial, Helvetica, Verdana, sans-serif; font-size: 12px;">Outro banner traz a imagem de um gerente sem camisa, tomando banho em um chuveiro de praia. "Rafael. Gerente Santander. Abra uma conta com ele", são os dizeres que também acompanham a foto. A campanha teve início no dia 22 de setembro e além de gerar espanto e revolta entre a categoria bancária, também causou polêmica nas redes sociais. Internautas de várias partes do País classificaram a publicidade de apelo ao erotismo, incentivo ao assédio sexual, de grotesca e vergonhosa. </span><br />
<br style="background-color: white; color: #464646; font-family: Arial, Helvetica, Verdana, sans-serif; font-size: 11px; font-stretch: normal; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: middle;" />
<span style="background-color: white; color: #464646; font-family: Arial, Helvetica, Verdana, sans-serif; font-size: 12px;">Para o presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten, a atitude do banco é inadmissível. "Queremos que as peças publicitárias saiam de circulação imediatamente. O Santander passou dos limites ao explorar o corpo e a sensualidade dos próprios funcionários. Os banners também mostram gerentes felizes da vida. Estamos entrando na terceira semana de greve por responsabilidade dos bancos, que não apresentaram ainda uma nova proposta. É um desrespeito total à categoria, que não está nada feliz, mas indignada com a postura dos banqueiros de forma geral e com a falta de ética do Santander com este tipo de publicidade", afirma Roberto. </span><br />
<br style="background-color: white; color: #464646; font-family: Arial, Helvetica, Verdana, sans-serif; font-size: 11px; font-stretch: normal; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: middle;" />
<span style="background-color: white; color: #464646; font-family: Arial, Helvetica, Verdana, sans-serif; font-size: 12px;">Segundo divulgação do banco à imprensa, a campanha utiliza 200 gerentes de agências em banners distribuídos nas principais cidades brasileiras, como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife e Porto Alegre. O banco ainda informou que cada peça retrata um gerente em momento de lazer, descontraído e fora do ambiente de trabalho. Segundo o Santander, a intenção é fazer as pessoas se identificarem com o funcionário da foto.</span><br />
<br style="background-color: white; color: #464646; font-family: Arial, Helvetica, Verdana, sans-serif; font-size: 11px; font-stretch: normal; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: middle;" />
<span style="background-color: white; color: #464646; font-family: Arial, Helvetica, Verdana, sans-serif; font-size: 12px;">"Neste caso, a identificação para ser real, deveria utilizar outro tipo de foto", dispara a secretária da Mulher da Contraf-CUT, Elaine Cutis. "Os casos de adoecimento aumentam a cada dia, com metas abusivas e assédio moral. As mulheres, tão utilizadas e usadas, na campanha do banco, ainda são minoria nos cargos de direção e recebem salários mais baixos, só pelo fato de serem mulheres. Realidade? Nada é real nesta campanha, somente a exploração praticada pelos bancos mais uma vez", critica a secretária. </span><br />
<br style="background-color: white; color: #464646; font-family: Arial, Helvetica, Verdana, sans-serif; font-size: 11px; font-stretch: normal; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: middle;" />
<span style="background-color: white; color: #464646; font-family: Arial, Helvetica, Verdana, sans-serif; font-size: 12px;">O assessor jurídico da Contraf-CUT, Jefferson Martins de Olivera, explica que o banco pode ser processado por grave violação à dignidade de toda uma categoria profissional. "A denúncia ao Ministério Público do Trabalho busca o estabelecimento de uma mediação o mais breve possível com o banco, para determinar uma regra de conduta que resguarde a dignidade da categoria bancária. O banco extrapolou os limites da relação de trabalho. Tal processo pode inclusive acarretar uma multa altíssima por dano moral coletivo", informa o advogado.</span><br />
<br style="background-color: white; color: #464646; font-family: Arial, Helvetica, Verdana, sans-serif; font-size: 11px; font-stretch: normal; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: middle;" />
<span style="background-color: white; color: #464646; font-family: Arial, Helvetica, Verdana, sans-serif; font-size: 12px;">"Não vamos admitir mais esta tentativa de abuso do banco. Tenho certeza que vamos derrubar a campanha publicitária e vencer mais esta batalha", ressalta Roberto von der Osten. </span><br />
<br style="background-color: white; color: #464646; font-family: Arial, Helvetica, Verdana, sans-serif; font-size: 11px; font-stretch: normal; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: middle;" />
<span style="background-color: white; color: #464646; font-family: Arial, Helvetica, Verdana, sans-serif; font-size: 12px;">Fonte: Contraf-CUT</span><br />
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<br />Mulheres em Marchahttp://www.blogger.com/profile/02732721729895699377noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1738830653498723301.post-1826945024319434002015-10-20T09:22:00.000-03:002015-10-20T09:22:16.729-03:00Poderosas Cutistas: As mulheres querem! As mulheres podem!<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-eIBpTbpSkNE/ViYxllhdb_I/AAAAAAAAAZ4/TMgxzBO0HvM/s1600/Rosane%2BSilva.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-eIBpTbpSkNE/ViYxllhdb_I/AAAAAAAAAZ4/TMgxzBO0HvM/s1600/Rosane%2BSilva.jpg" /></a></div>
<span style="color: #666666; font-family: Arial, Helvetica Neue, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: 13px; line-height: 18.2px;"><i>Escrito por</i></span></span><br />
<span style="color: #666666; font-family: Arial, Helvetica Neue, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: 13px; line-height: 18.2px;"><i>Rosane da Silva</i></span></span><br />
<span style="color: #4d4d4d; font-family: Arial, 'Helvetica Neue', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 17px;">Secretária Nacional das Mulheres Trabalhadoras</span><br />
<span style="color: #4d4d4d; font-family: Arial, 'Helvetica Neue', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 17px;"><br /></span>
<span style="color: #4d4d4d; font-family: Arial, 'Helvetica Neue', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 17px;"><br /></span>
<div style="color: #4d4d4d; font-family: Arial, 'Helvetica Neue', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.6px; margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
Parece que foi ontem, que fui indicada para estar à frente da Secretaria Nacional da Mulher Trabalhadora da CUT, e lá se vão 8 anos de muita luta, desafios e desafios! Por isso gostaria de aproveitar esse espaço, para fazer um rápido olhar sobre esses anos em que estive a frente da SNMT quero destacar alguns momentos que marcaram nossa atuação.</div>
<div style="color: #4d4d4d; font-family: Arial, 'Helvetica Neue', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.6px; margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
<strong>As ações de auto-organização e atuação na Central</strong></div>
<div style="color: #4d4d4d; font-family: Arial, 'Helvetica Neue', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.6px; margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
Na 12ª Plenária Nacional da CUT, em 2008, a política de cotas deixou de ser apenas uma recomendação e passou a fazer parte do estatuto da CUT, como uma regra a ser cumprida e a Campanha “Igualdade de oportunidades na vida, na sociedade e no movimento sindical” foi relançada.</div>
<div style="color: #4d4d4d; font-family: Arial, 'Helvetica Neue', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.6px; margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
A campanha nos colocou o desafio de lutar por políticas públicas e ações sindicais que incidam sobre a divisão sexual do trabalho especialmente nas tarefas domésticas e de cuidados e articular diversos aspectos relacionados à vida cotidiana das mulheres com as situações que enfrentam no mundo sindical e na sociedade.</div>
<div style="color: #4d4d4d; font-family: Arial, 'Helvetica Neue', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.6px; margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
<strong>Além de serem fortemente impactadas pela terceirização, por relações de trabalho precarizadas, as mulheres enfrentam discriminação no acesso, permanência e ascensão no mercado de trabalho por serem mulheres e por serem responsáveis pelas tarefas domésticas e de cuidados. Para incentivar o debate e a luta em relação a esses aspectos f</strong>izemos uma cartilha sobre creche e uma sobre a Convenção 156 da OIT e preparamos um documento a ser encaminhado à III Conferência Nacional de Política para as Mulheres. Para nós, segue sendo um desafio a luta por políticas públicas que possibilitem o compartilhamento de tarefas domésticas e de cuidados com os homens e o Estado.</div>
<div style="color: #4d4d4d; font-family: Arial, 'Helvetica Neue', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.6px; margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
Nessa longa jornada gostaríamos de destacar a aprovação da paridade em 2012, no XI CONCUT, como uma grande conquista para as trabalhadoras no mundo sindical e um exemplo de pioneirismo que pode e deve ser levado às centrais de outros países.</div>
<div style="color: #4d4d4d; font-family: Arial, 'Helvetica Neue', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.6px; margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
A partir deste ano as direções e executivas estaduais e a direção nacional e executiva da CUT terão 50% de homens e 50% de mulheres.</div>
<div style="color: #4d4d4d; font-family: Arial, 'Helvetica Neue', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.6px; margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
A nossa sociedade é machista, patriarcal e capitalista, e as mulheres precisam criar mecanismos para superar os obstáculos que permeiam sua vida, e neste caso, em sua participação política. Por isso, para nós, a paridade não é apenas um número, mas uma política para enfrentar essa realidade desigual de participação política, e para sua implementação é necessária muita unidade das mulheres. A paridade entre homens e mulheres não é um fim em si mesmo, mas é um passo fundamental para iniciar uma mudança na concepção política e sindical da CUT.</div>
<div style="color: #4d4d4d; font-family: Arial, 'Helvetica Neue', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.6px; margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
No início de 2014 concretizamos o sonho de realizar um curso de formação feminista para o coletivo nacional de mulheres da CUT. O curso foi organizado e coordenado em parceria com o CESIT-UNICAMP.</div>
<div style="color: #4d4d4d; font-family: Arial, 'Helvetica Neue', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.6px; margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
Encerramos no último dia 03 de outubro este projeto que era só um sonho, mais com certeza foi um acerto político lutar e concretizar esse processo, pois além de ser um espaço de reflexão teórica, mais também de concilidar a unidade e solidariedade das mulheres cutistas.</div>
<div style="color: #4d4d4d; font-family: Arial, 'Helvetica Neue', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.6px; margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="color: #4d4d4d; font-family: Arial, 'Helvetica Neue', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.6px; margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
<strong>Na luta junto com as organizações parceiras</strong></div>
<div style="color: #4d4d4d; font-family: Arial, 'Helvetica Neue', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.6px; margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
Também 2008 passamos a integrar a Frente Contra a Criminalização das Mulheres e pela Legalização do Aborto. Em 2010 tivemos presença marcante na 3ª Ação da Marcha Mundial de Mulheres. Em 2011 e 2015 fomos a Central que mais levou mulheres para participar da Marcha das Margaridas.</div>
<div style="color: #4d4d4d; font-family: Arial, 'Helvetica Neue', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.6px; margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
Junto com a FENATRAD e a CONTRACS acompanhamos todo o processo de negociação pela aprovação da Convenção 189 e da Recomendação 201 na OIT que trata do trabalho decente para trabalhadoras e trabalhadores domésticos. Assim como toda a luta para igualar o direito das trabalhadoras domésticas aos dos demais trabalhadores e trabalhadoras. Ainda que não da maneira como era reivindicado por nós, em junho deste ano, a Presidenta Dilma Rousseff sancionou o Projeto de Lei nº 224/13 (PL), que regulamentou os direitos das trabalhadoras domésticas. Essa foi uma vitória muito importante para as trabalhadoras brasileiras; mais de 7 milhões de mulheres e negras deste país saíram da invisibilidade e conquistaram direitos.</div>
<div style="color: #4d4d4d; font-family: Arial, 'Helvetica Neue', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.6px; margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
<strong>O feminismo como afirmação de um projeto libertário</strong></div>
<div style="color: #4d4d4d; font-family: Arial, 'Helvetica Neue', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.6px; margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
A opressão e a exploração das mulheres seguem dando sustentação ao capitalismo e às suas contradições, portanto, não bastam ações e demandas com “recorte de gênero”: mudar a vida das mulheres significa transformar o mundo em que vivemos. E, para nós não há como transformar a vida da classe trabalhadora sem transformar a vida das mulheres.</div>
<div style="color: #4d4d4d; font-family: Arial, 'Helvetica Neue', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.6px; margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
As mulheres querem o aprofundamento da democracia, redistribuição da riqueza, a igualdade entre mulheres e homens. Por isso fazemos parte de um mesmo sonho e do mesmo ideal: queremos construir uma sociedade sem machismo, sem homofobia, sem racismo. Queremos construir uma sociedade libertária.</div>
<div style="color: #4d4d4d; font-family: Arial, 'Helvetica Neue', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.6px; margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
Eu tentei fazer um trabalho para envolver todas as companheiras. O coletivo é um espaço de construção coletiva e de fortalecimento da nossa unidade e solidariedade, e ao nos fortalecermos estamos fortalecendo a CUT.</div>
<div style="color: #4d4d4d; font-family: Arial, 'Helvetica Neue', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.6px; margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
2015 será um marco na história da nossa Central. Teremos paridade de mulheres e homens. Estão chegando muitas mulheres nos espaços de direção, militantes históricas algumas mais jovens no movimento sindical, feministas e outras valorosas lutadoras em outras frentes. Vamos olhar essas companheiras como companheiras que vieram fortalecer a luta das mulheres</div>
<div style="color: #4d4d4d; font-family: Arial, 'Helvetica Neue', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.6px; margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
A construção de uma plataforma feminista no interior do movimento sindical, assim como a presença permanente das pautas do mundo do trabalho no movimento feminista, é tarefa de todos e todas que desejam uma sociedade livre do machismo e do capitalismo. A disputa de concepção de sociedade que a CUT faz deve se pautar na certeza da necessidade de mudanças profundas na estruturação da sociedade para garantir a igualdade de direitos sociais, políticos e econômicos para mulheres e homens.</div>
<div style="color: #4d4d4d; font-family: Arial, 'Helvetica Neue', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.6px; margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
Só tenho a agradecer a minha corrente politica, as mulheres e homens da Central Única dos Trabalhadores que me daram a oportunidade neste 15 anos de representar a nossa central em vários espaços nacionais e internacional.</div>
<div style="color: #4d4d4d; font-family: Arial, 'Helvetica Neue', Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.6px; margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; padding: 0px; text-align: justify;">
Encerro meu ciclo na CUT com a certeza que as mulheres estão mais fortes, combativas, feministas e revolucionárias, e só com muita unidade e solidariedade iremos construir uma sociedade justa e igualitária, libertaria, sem ódio e intolerância, uma sociedade verdadeiramente socialista.</div>
Mulheres em Marchahttp://www.blogger.com/profile/02732721729895699377noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1738830653498723301.post-75855670791471633582015-10-14T10:06:00.000-03:002015-10-14T10:06:32.905-03:00Neste sábado (17), Culturada Feminista em Belém<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-DgDl-szoqG8/Vh5QofqN-PI/AAAAAAAAAZo/9j2Pel4GxCs/s1600/CULTURADA%2BI.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://1.bp.blogspot.com/-DgDl-szoqG8/Vh5QofqN-PI/AAAAAAAAAZo/9j2Pel4GxCs/s400/CULTURADA%2BI.jpg" width="400" /></a></div>
No próximo sábado, acontecerá a Culturada Feminista da Marcha Mundial das Mulheres e você é nossa convidada para esta tarde cheia de feminismo e cultura.<br />
<br />
A programação iniciará às 16h, na Praça do Carmo, onde rolará:<br />
<br />
> Debate sobre "A violência contra as mulheres nos espaços públicos"<br />
> Teatro feminista<br />
> Rap Feminista<br />
> Lanche coletivo (se puder, leve alguma coisa)<br />
> Intervenção cultural<br />
<br />
<br />
<div>
Obs.: podem levar uma canga ou lenço para sentar no chão.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Participe!</div>
Mulheres em Marchahttp://www.blogger.com/profile/02732721729895699377noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1738830653498723301.post-50607098580570020972015-03-24T22:39:00.000-03:002015-03-24T22:45:22.846-03:00Porque a Igualdade é uma bandeira radical<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="text-indent: 2cm;"> Nesse 08 de março em meio a tantas manifestações feministas no facebook
uma me chamou atenção. Uma mulher me diz que o feminismo tem que parar de falar
de igualdade e falar de justiça, porque as mulheres não querem e não precisam
ser iguais aos homens, que nunca homens e mulheres estarão de mãos dadas
cantando “We are the world” e que feminismo é luta e que não tem nada de errado
em odiarmos os homens, pois eles nos oprimem, e o ódio por eles alimenta a
nossa vontade de acabar com a opressão.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="text-indent: 2cm;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span lang="PT-BR">De todas as coisas que eu poderia discordar desse ponto de vista eu
escolho a visão de que a igualdade não é uma bandeira radical. Visão essa que
me perturba como ser humano por dois motivos. Primeiro porque justiça e
igualdade são coisas muito imbrincadas e lutar por justiça não me parece incompatível
com lutar por igualdade, ao contrário, me parece que seria impossível faze-lo.
Segundo porque parece que ainda perpetuamos e reproduzimos aquela velha fantasia
de que o feminismo está aqui para transformar mulheres em homens.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span lang="PT-BR">Além desses motivos, me parece que certas campanhas institucionais, tipo
<a href="http://www.heforshe.org/">HeForShe</a> ou <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/White_ribbon">Campanha do Laço Branco</a>, trazem a impressão de que a igualdade
entre homens e mulheres só é possível se houver composição, um acordo entre homens
e mulheres para um fim pacífico do patriarcado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span lang="PT-BR">O feminismo como movimento político e filosófico se formou com uma
diversidade primeiramente de classe, feministas sufragistas burguesas
questionavam o direito de cidadania exercido pelo voto dado somente a homens,
na mesma época feministas trabalhistas e comunistas questionavam também as
condições de trabalho das mulheres, sua remuneração mais baixa e a negação de assistência
às especificidades das mulheres... Vejam que o feminismo queria que todos
pudessem votar de forma igual, mas exigia que as especificidades das mulheres trabalhadoras
fossem respeitadas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span lang="PT-BR">Se alguma corrente feminista tinha o “homem” como ideal a ser alcançado,
o feminismo francês tratou de torna-la minoritária. A famosa Simone de Beauvoir
em “O Segundo Sexo” escreveu sobre como a mulher era construída como um ser
errado, transviado e que a opressão residia na visão da mulher como “o outro”,
ou seja, para que o feminismo pudesse libertar as mulheres ele não pode
compara-la aos homens, o homem não pode ser o ideal que queremos alcançar. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span lang="PT-BR">Aquela frase da Rosa Luxemburgo estampada nas nossas camisas faz todo o
sentido para entendermos porque a bandeira igualdade não está aqui para nos
transformar em homens: “por um mundo onde sejamos socialmente iguais,
humanamente diferentes e totalmente livres”. O feminismo, nas suas mais
diversas correntes, não propõe que as mulheres lutem para ser iguais ao homens,
mas sim para que homens e mulheres tenham o mesmo valor e o mesmo espaço na
sociedade, para que não haja hierarquia entre as biologias, para que
não haja privilégios herdados, nem que hajam modelos naturalizados de exercer
sua humanidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span lang="PT-BR">Se pararmos para pensar no que isso significa, percebemos que é a pauta
mais radical do feminismo, porque envolve basicamente mudar tudo no mundo,
mudar o jeito de fazer política, o jeito de produzir riqueza, o jeito de se
relacionar com o outro.... <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span lang="PT-BR">No Brasil, por exemplo, a igualdade significa, legalizar o aborto, diminuir as horas de
trabalho, mudar quase toda a legislação trabalhista, garantir livre escolha no
parto, criar mecanismos de paridade nas profissões, fim da divisão sexual do
trabalho, criar mecanismos de prevenção da violência contra a mulher, regulamentação
laica e racional do uso de drogas, agricultura livre de transgênicos, fim do latifúndio,
ampla e irrestrita reforma agrária, fim da cultura do estupro, e muitas outras
coisas ... e se der pra acabar com o capitalismo então, já ia ajudar bastante!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span lang="PT-BR">Todas as pautas mais radicais do feminismo são pautas de igualdade... A
luta pela igualdade é a luta pela transformação das relações de poder, pelo fim
dos privilégios e por esse motivo são batalhas difíceis de serem travadas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span lang="PT-BR">Nesse ponto, acho que as campanhas de correntes feministas que têm
ganhado a mídia contribuem para uma visão equivocada de como a igualdade será
conquistada. A ONU tem convocado os homens a se envolverem na luta das mulheres
pela igualdade. O slogan HeForShe (Ele Por Ela) pode ser bom se pensarmos que
estamos convidando os homens a refletir sobre seus privilégios, mas é péssimo
quando percebemos que ele criou a ideia de que o patriarcado e a opressão
feminina é algo externo as relações entre homens e mulheres, e que homens e
mulheres unidos vão combater algum tipo de “monstro do mal”, sem por em evidência
de que a desigualdade vivida pelas mulheres é o que garante os privilégios
masculinos e uma forma de produção que lucra (e muito!) com essa opressão... Ou
pior, que a igualdade é uma concessão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span lang="PT-BR">A igualdade pela qual os feminismos tem lutado não é compatível com
conciliação, não é uma concessão dos homens, é uma mudança estrutural em como a
humanidade se relaciona. Entretanto, eu não acho que o feminismo é compatível
com qualquer tipo de ódio, os privilégios são gerados dentro de um sistema, sem
que muitas vezes os indivíduos tenham escolha dentro dele. Aderir às falácias da misandria é assumir uma naturalização das relações humanas, onde homens nasceram com o machismo irreparável, o que é totalmente incompatível com o que se propõe o feminismo, que é mostrar que tudo isso é construído e pode ser mudado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span lang="PT-BR"><br /></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span lang="PT-BR">Também não concordo que exista apenas uma forma de alcançar a igualdade
ou a justiça. A organização das mulheres em torno de seus direitos e aspirações
tem formulado muitos caminhos possíveis, essas experiências fizeram avançar muitas
conquistas e em outros períodos também trouxeram retrocessos. Mas se vamos
lutar ao estilo Ghandi, ao estilo guerrilheiras do YPG, se vamos disputar as vias institucionais,
se vamos fazer tudo mesmo tempo, isso é uma resposta que só será encontrada na organização
das mulheres. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2cm;">
<span style="text-indent: 2cm;"> </span></div>
Giselehttp://www.blogger.com/profile/14987632388154278795noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1738830653498723301.post-13680583631228620962015-03-08T14:26:00.000-03:002015-03-08T15:31:40.289-03:00A origem do Dia Internacional da Mulher<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="line-height: 18.3999996185303px;">Por Lorena Abrahão*</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-IiNY02TdxkE/VPyF_vllfHI/AAAAAAAAAYA/ibbuaQOFE6I/s1600/Oficial%2BMMM%2B8%2Bmar%C3%A7o%2B2015.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-IiNY02TdxkE/VPyF_vllfHI/AAAAAAAAAYA/ibbuaQOFE6I/s1600/Oficial%2BMMM%2B8%2Bmar%C3%A7o%2B2015.jpg" height="158" width="400" /></a><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Para compreender as origens do Dia Internacional das
Mulheres, é necessário desconstruir a ideia que esta é uma data criada para
fomentar o mercado de consumo. </span><br />
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Desconstruir também o mito que se dá por um
incêndio em uma fábrica nos EUA, onde morreram mais de 100 mulheres queimadas.
Não há documento histórico </span><span style="font-size: 16px; line-height: 18.3999996185303px;">nenhum,</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"> nem mesmo que comprove que houve este
incêndio, e pelo calendário ele ainda teria sido em um domingo, pouco
provável, mas mesmo que tenha ocorrido, nada tem a ver com a origem do Dia Internacional
da Mulher.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Pela História e estudos sobre o movimento de mulheres
socialistas, chegamos nos meados do século XX. Em diversos países já existiam
movimento de mulheres em busca de conquistas básicas como direito ao divórcio,
estudar e votar. Se compreendia que o voto era o primeiro passo para as outras
conquistas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">No próprio movimento socialista ocorriam contradições e
embates a cerca do reconhecimento da igualdade entre os sexos (parece bem atual
não?!). As mulheres russas lutavam também por direito ao voto; pelo acesso ao
trabalho e espaço público; além de pelo reconhecimento como portadoras de bens
e direitos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Então o movimento sufragista “unificou” internacionalmente o
movimento de mulheres. Não significa que tenha tornado todos os movimentos em
um só, mas que em torno de um denominador comum, uniu as mulheres em torno desta
bandeira.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Em 1910, em Copenhagen, ocorre a 2ª Conferência de Mulheres
Socialistas. Onde foi aprovada a proposta de um Dia Internacional de luta pela
libertação das mulheres. Este é o marco do 8 de março, data que era considerado o
Dia das Mulheres Trabalhadoras na Rússia. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">No 8 de março de 1917, as russas saíram nas ruas de
Petrogrado na luta de conquistas trabalhistas. Para Alexandra Kollontai “as
mulheres russas ergueram a tocha da revolução proletária e incendiaram todo o
mundo”. Daí então, propagou-se pelo mundo as atividades em torno da data.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">E essa é a real origem deste dia, que é um dia de luta pela
liberdade das mulheres.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Desconstruir mitos, reafirmar o significado é reforçar o fato
das mulheres serem e poder serem protagonistas de sua própria História.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Seguiremos em Marcha, até que todas sejamos livres!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">*Lorena Abrahão é feminista, formada em Letras, assessora sindical e
militante da Marcha Mundial das Mulheres.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
Além dos olhos .http://www.blogger.com/profile/03798483114464466860noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1738830653498723301.post-75273167933940902192015-03-08T00:19:00.001-03:002015-03-08T00:19:51.625-03:0008 de Março, vamos à luta!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-oy3Xapu4KQY/VPu_kwOvuKI/AAAAAAAAAZI/kzwrmb21hSk/s1600/1911873_586215721468762_569672815_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-oy3Xapu4KQY/VPu_kwOvuKI/AAAAAAAAAZI/kzwrmb21hSk/s1600/1911873_586215721468762_569672815_n.jpg" height="320" width="223" /></a></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: right;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Por Karol Cavalcante </span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Muitos
foram os avanços conquistados pelas mulheres. Na última década, cresceu o
número de mulheres no mercado de trabalho, no parlamento, nas atividades
científicas. Este crescimento reflete a luta e organização das mulheres na
sociedade. Embora tenhamos avançado bastante, as dificuldades ainda são
latentes e se refletem no mundo do trabalho e na vida das mulheres. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Desde
2002 vivemos um novo momento na política e na vida das mulheres brasileiras.
Com a eleição de Lula e Dilma um conjunto de políticas públicas foram
implementadas com o objetivo de combater as desigualdades históricas entre
homens e mulheres. Conquistamos o primeiro órgão federal de políticas públicas,
Conferências, Plano Nacional de Políticas para as mulheres, a Lei Maria da
Penha principal mecanismo de combate a violência contra as mulheres, a
regulamentação em Lei do trabalho doméstico, entre outras conquistas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Avançamos
bastante, mas não podemos nos levar pelo discurso triunfalista de que homens e
mulheres já vivem em situação de igualdade na sociedade. Somos apenas 8,7% do
congresso nacional, mesmo representando 52% do eleitorado. Em relação ao
mercado de trabalho brasileiro, homens recebem salários 30% maiores do que as
mulheres (Fonte: Observatório de gênero no Brasil). Cumprimos uma carga horária
de trabalho exaustiva e muitas vezes somos as únicas responsáveis pelo trabalho
doméstico. Nós mulheres ainda representamos 70 % da população pobre do mundo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Embora
tenhamos avançado bastante no que concerne as políticas públicas, avançamos
pouco no que se refere aos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres. Ainda
temos uma legislação do século passado que criminaliza o aborto fazendo com que
anualmente milhares de mulheres, principalmente as mais pobres, recorram a esse
método de forma clandestina, em péssimas condições, colocando em risco suas
vidas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">É
papel de um governo progressista se propor a discutir e alterar os marcos
legais existentes no Brasil sobre a temática. É necessário compreender o legado
de opressão que impede que mulheres tenham de fato o direito de decidir sobre o
seu corpo. Devemos seguir o exemplo dos nossos irmãos Uruguaios e
descriminalizar o aborto no Brasil. No Uruguai o número de abortos passou de 33
mil por ano para apenas 4 mil. Segundo os dados oficiais do governo Uruguaio
entre dezembro de 2012 e maio de 2013 não foi registrado nenhuma morte materna
por consequência de aborto. Junto a descriminalização o governo uruguaio
implementou um conjunto de politicas públicas de planejamento familiar e
atendimento integral de saúde reprodutiva da mulher.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
ambiente conservador, liderado por parlamentares fundamentalistas e religiosos
tem tornado o tema do aborto um assunto cada vez mais difícil de ser debatido no
Brasil. Embora os conservadores não queiram debater não há como negar que o
aborto existe e é praticado por milhares de mulheres. Dados do Ministério da
saúde de 2013 estimam que ocorra mais de um milhão de abortos provocados todos
os anos. O abortamento é a quinta causa de mortalidade materna no país. Entre
2007 e 2012 um total de 963. 291 mulheres foram internadas no SUS por aborto e
suas complicações. O custo desse atendimento foi de 180 milhões aos cofres
públicos brasileiro. Sobre o perfil das mulheres que recorrem a esse método 81%
já possui filhos e 64% estão casadas, isto sugeri que o aborto é usado como
instrumento de planejamento familiar quando os métodos contraceptivos falham.
Quanto a religião 65% declaram ser católicas, 25% protestantes ou evangélicas e
5% seguem outras religiões. Os dados comprovam que apesar da proibição legal ao
aborto ele existe e vítima anualmente milhares de mulheres, em sua maioria
pobres e negras (Pesquisa nacional de aborto/ UNB). A Legalização do aborto e
sua descriminalização são pautas fundamentais para o avanço de políticas
públicas que caminhem rumo a garantia da autonomia das mulheres. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
Partido dos Trabalhadores, desde 1991, defende em seu programa politico a
legalização do aborto. Sofremos vários reveses na pauta nos últimos anos, fruto
das contradições e dos limites que se apresentam a um partido que se torna
governo. Mas nós mulheres petistas não podemos abrir mão desse enorme desafio
de debater este tema tão atual que atinge a vida cotidiana das mulheres
brasileiras e que deve ser tratado como uma questão de saúde pública. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Que
neste 08 de Março possamos mais uma vez ir as ruas lutar para que o aborto
legal seja um direito das mulheres e dever do estado. Que possamos lutar por
mais dignidade, autonomia e cidadania. Enfim, que possamos caminhar para uma
sociedade verdadeiramente igualitária, justa, solidária e libertária.</span><b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">*Karol
Cavalcante é Socióloga, Especialista em Gestão de Municípios pelo NUMA/UFPA.
Feminista e ativista digital. Atualmente é Secretária-Geral do PT do Pará. </span></b><o:p></o:p></div>
Mulheres em Marchahttp://www.blogger.com/profile/02732721729895699377noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1738830653498723301.post-1514750350699901792015-03-05T16:54:00.002-03:002015-03-05T16:59:32.555-03:00Lançamento da 4ª Ação Internacional da Marcha no Pará é neste domingo (8/3)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://encrypted-tbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRRTYg24v6eLPtMe2ujjoLv3J-HA0CkAYxACBMpXHwtjDgoo5zlAg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="238" src="https://encrypted-tbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRRTYg24v6eLPtMe2ujjoLv3J-HA0CkAYxACBMpXHwtjDgoo5zlAg" width="320" /></a></div>
<b><span style="font-size: large;">8 de março</span></b><br />
Neste domingo, 9h, esperamos vocês na Praça da República pra participar do Lançamento da 4ª Ação Internacional da Marcha Mundial das Mulheres no Pará. Vai rolar...<br />
... Ensaio da Batucada e fabricação de instrumentos (Leve sua lata ou bumbo, cabo de vassoura e retalhos, lá teremos spray's e demais materiais)<br />
... Teatro Manifesto Feminista<br />
... Pintura de faixas<br />
... conversa e lanche coletivos (mistura de pequenique e roda de conversa, hehe! Leve alguma coisa para compartilharmos, como sucos, bolo, frutas etc.)<br />
<br />
Mulheres, vocês estão convidadíssimas a se somar conosco nesta jornada!<br />
Seguiremos em Marcha até que todas sejamos LIVRES!!!<br />
<br />
<b>4ª Ação Internacional</b><br />
Em 2015, a Marcha realizará sua 4ª Ação Internacional que, nesta edição, será regionalizada. No Brasil, ocorrerá encontros e eventos em diversas datas e localidades entre os dias 8 de março (Dia Internacional das Mulheres) e 17 de outubro (data de fundação da MMM) de 2015.<br />
<br />
O Pará participará de um encontro de mulheres da Região Norte a ser realizado de 15 a 17 de abril em Palmas (TO). Estimamos a participação de 50 paraenses nesta importante atividade, cuja composição da delegação será bastante diversa, com mulheres sindicalistas, assentadas, estudantes universitárias, alunas do Projeto de Construção Civil (será alvo de um post lindo em breve!), catadoras de resíduos sólidos, mulheres de movimento de bairro, bancárias e atingidas por barragens.<br />
<br />
Para garantir a participação de todas independente da condição financeira individual, realizaremos diversas atividades financeiras como brechós e feijoada, para custear as despesas da viagem.<br />
<br />
Além disso, o Pará vai contribuir realizando oficinas e espaços lúdicos durante o encontro em Palmas, focando no tema "Controle do corpo e da vida das mulheres".<br />
<br />
<br />Tatiana Oliveirahttp://www.blogger.com/profile/13843144571866796801noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1738830653498723301.post-44292135773294071332015-03-05T16:28:00.001-03:002015-03-05T17:00:30.142-03:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://bancariospa.org.br/wp3/wp-content/uploads/2015/03/Primeira-reuniao-MMM-e-Sindicato-702x336.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://bancariospa.org.br/wp3/wp-content/uploads/2015/03/Primeira-reuniao-MMM-e-Sindicato-702x336.jpg" height="191" width="400" /></a></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #3a4149; font-family: 'Open Sans', Arial, sans-serif; font-size: 1.0769em; margin-bottom: 1.857em; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Troca de experiências no mundo do trabalho e na vida sindical. Assim pode ser resumida a primeira reunião da Marcha Mundial das Mulheres (MMM), dia 25 de fevereiro, com as bancárias de Belém. Durante o evento, todas as mulheres presentes contaram um pouco de suas vidas. Além disso, cada uma apontou de que forma a sociedade ainda precisava avançar em prol dos direitos e respeito às mulheres.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #606569; font-family: 'Open Sans', Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 26.8233318328857px; margin-bottom: 1.857em; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
“O machismo, a opressão, a violência obstétrica ainda são problemas que nós mulheres enfrentamos em pleno século XXI e uma das melhores formas de enfrentá-los e através da nossa força e união, seja denunciando, pedindo ajuda de outras mulheres, tornando público tais problemas e apontando o que defendemos ser a solução. É um trabalho árduo, mas que para se ter êxito precisa ser diário começando com um simples debate ou conversa no local de trabalho. No dia 8 de março iremos às ruas mais uma vez tornar nossa luta pública”, destaca a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #606569; font-family: 'Open Sans', Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 26.8233318328857px; margin-bottom: 1.857em; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<strong style="border: 0px; font-family: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Coletivo Estadual de Mulheres Bancárias –</strong> A reunião também abordou a importância da organização das mulheres no movimento sindical, em especial a categoria bancária, e a partir desse debate surgiu a ideia de criação de um coletivo de mulheres bancárias para o fortalecimento da luta das trabalhadoras que representam praticamente metade da categoria.<br />
“O 11º Congresso Nacional da CUT aprovou a paridade entre homens e mulheres na direção da maior central sindical do país e o desafio foi lançado também aos sindicatos cutistas. Nós assumimos e queremos ampliar a participação das mulheres no movimento sindical e na construção das nossas pautas”, ressalta Rosalina Amorim.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #606569; font-family: 'Open Sans', Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 26.8233318328857px; margin-bottom: 1.857em; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Além do coletivo, os sindicatos cutistas têm a tarefa de construir as secretarias de mulheres dentro de suas entidades.<br />
“Essa reunião é a primeira de muitas que teremos com as mulheres bancárias do nosso Estado, em busca de fortalecer ainda mais a nossa luta específica de forma que elas sejam reforçadas e façam parte da pauta na Campanha Nacional. A Marcha Mundial das Mulheres, aqui em Belém, tem atividades pelo menos uma vez por mês e para quem estiver interessada o convite está feito para juntos somarmos e avançarmos”, convida a diretora de Comunicação do Sindicato e militante da MMM, Tatiana Oliveira.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #606569; font-family: 'Open Sans', Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 26.8233318328857px; margin-bottom: 1.857em; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<strong style="border: 0px; font-family: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">4ª Ação Internacional da MMM –</strong> Em 2015, militantes da Marcha Mundial das Mulheres de todos os continentes do planeta, levantarão mais uma vez as vozes entre 8 de março e 17 de outubro para afirmar: “Seguiremos em Marcha até que todas as mulheres sejamos livres”!</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #606569; font-family: 'Open Sans', Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 26.8233318328857px; margin-bottom: 1.857em; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
A Marcha Mundial das Mulheres já realizou três ações internacionais, nos anos 2000, 2005 e 2010. A primeira contou com a participação de mais de 5000 grupos de 159 países e territórios. Seu encerramento mobilizou milhares de mulheres em todo o mundo. Nesta ocasião, foi entregue à Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, um documento com dezessete pontos de reivindicação, apoiado por cinco milhões de assinaturas. Essa ação foi caracterizada como um primeiro chamado de largo alcance, um passo no sentido da consolidação da MMM como movimento internacional.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #606569; font-family: 'Open Sans', Arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 26.8233318328857px; margin-bottom: 1.857em; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Fonte: SEEB PA</div>
Tatiana Oliveirahttp://www.blogger.com/profile/13843144571866796801noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1738830653498723301.post-34528766963662729062014-10-20T09:50:00.002-03:002014-10-20T09:53:36.803-03:00Brechó Pró Lili - MMM<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-7mWTndesBvU/VEUEwIEEDTI/AAAAAAAAXWk/XZNCk2BtWbA/s1600/10733674_894152057275406_1442339916_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-align: justify;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-7mWTndesBvU/VEUEwIEEDTI/AAAAAAAAXWk/XZNCk2BtWbA/s1600/10733674_894152057275406_1442339916_n.jpg" height="400" width="243" /></a></div>
<div class="p1">
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span class="s1"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span class="s1"><br /></span></div>
<span class="s1">
<div style="text-align: justify;">
No final do mês de outubro a companheira Lili (MMM Pará) será submetida a uma operação para retirar o útero, por conta de um mioma. A cirurgia chama-se histerectomia.</div>
</span></div>
<div class="p2">
<div style="text-align: justify;">
<span class="s1"></span><br /></div>
</div>
<div class="p1">
<div style="text-align: justify;">
<span class="s1">A Lili descobriu esse Mioma há 5 anos e desde então tem buscado métodos de tratamento para que não fosse necessário realizar a cirurgia. Mas os métodos infelizmente não foram eficazes e com o tempo as dores, o sangramento intenso e a anemia têm se intensificado.</span></div>
</div>
<div class="p2">
<div style="text-align: justify;">
<span class="s1"></span><br /></div>
</div>
<div class="p1">
<div style="text-align: justify;">
<span class="s1">O útero da Lili já mede mais de 500 cm³ de volume (o máximos normal é 90 cm³). O que aponta para uma cirurgia em caráter necessário e urgente.</span></div>
</div>
<div class="p2">
<div style="text-align: justify;">
<span class="s1"></span><br /></div>
</div>
<div class="p1">
<div style="text-align: justify;">
<span class="s1">Ela está esperando há um ano para realizar essa cirurgia pelo SUS. E em decorrência do seu quadro clínico já não é possível esperar mais.</span></div>
</div>
<div class="p2">
<div style="text-align: justify;">
<span class="s1"></span><br /></div>
</div>
<div class="p1">
<div style="text-align: justify;">
<span class="s1">A Histerectomia custa R$ 3.000,00 (Três mil reais). Mas a companheira Lili não tem condições de arcar com as despesas totais pré, peri e pós cirúrgicas. E por isso decidimos ajudá-la e achamos que mais pessoas também gostariam de fazer o mesmo. Por tanto, resolvemos fazer uma campanha financeira pró Lili. :)</span></div>
</div>
<div class="p2">
<div style="text-align: justify;">
<span class="s1"></span><br /></div>
</div>
<div class="p1">
<div style="text-align: justify;">
<span class="s1">Como você pode ajudar?</span></div>
</div>
<div class="p2">
<div style="text-align: justify;">
<span class="s1"></span><br /></div>
</div>
<div class="p1">
<div style="text-align: justify;">
<span class="s1">- Se você não mora em Belém, ou mora mas não pode ir pro Brechó, ou se quer ajudar de todas as formas, você pode participar da Vakinha virtual que a Lili criou. <a href="http://l.facebook.com/l.php?u=http%3A%2F%2Fwww10.vakinha.com.br%2FVaquinhaE.aspx%3Fe%3D308404&h=eAQFaV5gf&enc=AZNP27NYbDkpq4YgSNOdzbgdtqF2oYuVdDOoc3yzzJhdAb8GxJh1aLDnD4xBWj429a8&s=1"><span class="s2">http://www10.vakinha.com.br/VaquinhaE.aspx?e=308404</span></a></span></div>
</div>
<div class="p1">
<div style="text-align: justify;">
<span class="s1">Convida todo mundo pra participar dessa vakinha solidária.</span></div>
</div>
<div class="p2">
<div style="text-align: justify;">
<span class="s1"></span><br /></div>
</div>
<div class="p1">
<div style="text-align: justify;">
<span class="s1">- Se você tem aquelas roupas, sapatos, livros, vinis, bolsas, bijus, vasos,redes, etc. que você não usa mais, doa pra gente, que vamos reciclar e vender no brechó.</span></div>
</div>
<div class="p2">
<div style="text-align: justify;">
<span class="s1"></span><br /></div>
</div>
<div class="p1">
<div style="text-align: justify;">
<span class="s1">Quem pode doar e comprar?</span></div>
</div>
<div class="p2">
<div style="text-align: justify;">
<span class="s1"></span><br /></div>
</div>
<div class="p1">
<div style="text-align: justify;">
<span class="s1">Todo mundo. Amigas/os, parentes e vizinhas/os podem contribuir. Cá entre nós, todo mundo compra/ganha/guarda mais coisas do que realmente usa.</span></div>
</div>
<div class="p2">
<div style="text-align: justify;">
<span class="s1"></span><br /></div>
</div>
<div class="p1">
<div style="text-align: justify;">
<span class="s1">- o que não for vendido será doado para pessoas que necessitam.</span></div>
</div>
<div class="p2">
<div style="text-align: justify;">
<span class="s1"></span><br /></div>
</div>
<div class="p1">
<div style="text-align: justify;">
<span class="s1">Onde entregar as doações?</span></div>
</div>
<div class="p1">
<div style="text-align: justify;">
<span class="s1">Sindicato dos Bancários: Rua 28 de setembro, 1210, próximo à Doca (procurar Lorena)</span></div>
</div>
<div class="p2">
<div style="text-align: justify;">
<span class="s1"></span><br /></div>
</div>
<div class="p1">
<div style="text-align: justify;">
<span class="s1">Caso você não possa entregar no sindicato, entre em contato que vamos pegar (contatos no final).</span></div>
</div>
<div class="p2">
<div style="text-align: justify;">
<span class="s1"></span><br /></div>
</div>
<div class="p1">
<div style="text-align: justify;">
<span class="s1">Quando será o Brachó?</span></div>
</div>
<div class="p1">
<div style="text-align: justify;">
<span class="s1">O Brechó será no dia 29 de outubro, a partir das 16h, no Sindicato dos Bancários e só terminará 20h.</span></div>
</div>
<div class="p2">
<div style="text-align: justify;">
<span class="s1"></span><br /></div>
</div>
<div class="p1">
<div style="text-align: justify;">
<span class="s1">Vai ter opção pra pagamento em cartão de crédito, hein!</span></div>
</div>
<div class="p2">
<div style="text-align: justify;">
<span class="s1"></span><br /></div>
</div>
<div class="p1">
<div style="text-align: justify;">
<span class="s1">Convida todo mundo pra esse Brechó. Aguardaremos vocês com tudo arrumadinho.</span></div>
</div>
<div class="p2">
<div style="text-align: justify;">
<span class="s1"></span><br /></div>
</div>
<div class="p1">
<div style="text-align: justify;">
<span class="s1">....Ufa! Qualquer dúvida, pergunte pra alguma das marchantes abaixo.</span></div>
</div>
<div class="p2">
<div style="text-align: justify;">
<span class="s1"></span><br /></div>
</div>
<div class="p3">
<div style="text-align: justify;">
<span class="s1"><a href="https://www.facebook.com/raizarocha6">Raíza Guimarães da Rocha<span class="s2"></span></a></span></div>
</div>
<div class="p1">
<div style="text-align: justify;">
<span class="s1">raizarocha6@gmail.com</span></div>
</div>
<div class="p1">
<div style="text-align: justify;">
<span class="s1">(91) 99224165 - vivo</span></div>
</div>
<div class="p2">
<div style="text-align: justify;">
<span class="s1"></span><br /></div>
</div>
<div class="p3">
<div style="text-align: justify;">
<span class="s1"><a href="https://www.facebook.com/lorena.abrahao">Lorena Abrahão</a></span></div>
</div>
<div class="p1">
<div style="text-align: justify;">
<span class="s1">lorena.mmm.pa@gmail.com</span></div>
</div>
Raizahttp://www.blogger.com/profile/06968630238807783338noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1738830653498723301.post-33215542090086453472014-10-15T19:05:00.001-03:002014-10-15T19:05:22.191-03:00Ciclo de oficinas de teatro-manifesto<div class="MsoNormal" style="line-height: 24px; text-align: justify;">
<div>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Com muita alegria anunciamos que estão abertas as inscrições para o <b>I Ciclo de oficinas de teatro-manifesto da Marcha Mundial das Mulheres - Pará</b>.</span></div>
<div>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">As oficinas serão abertas, ou seja, poderão participar mulheres que militam na Marcha Mundial das Mulheres e as que não o fazem. Porém, infelizmente, por ser um projeto piloto, nossas vagas neste ciclo serão limitadas a apenas 25 inscrições. As inscrições excedentes serão alocadas em uma fila de espera.</span></div>
<div>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Para efetuar a inscrição no Ciclo de oficinas será necessário pagar uma *taxa única de R$5 (no início da oficina) e preencher a ficha de inscrição.</span></div>
<div>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A <b>Érica Rapinadasbacantes</b>, <b><span style="color: purple;">instrutora</span></b> do Ciclo de oficinas, diz que quando o teatro é servido, exclusivamente, por interesses gerais, comerciais, econômicos, o limite entre o pessoal e o político fixa-se, e o teatro tende a tornar-se uma alienação pelo valor de mercadoria, pela lógica da massificação. Mas o teatro quando perspectivado no contexto de manifesto feminista, adquire outro estatuto de realização. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Por isso, propõem-se uma oficina de teatro que detém características temáticas e uma organização muito próxima das que caracterizam um grupo feminista: teatro alternativo de estímulo ao empoderamento da mulher, teatro-manifesto de dignação da mulher, perspectiva crítica horizontal, que contraria a perspectiva dominante vertical, dinâmica de informação, cooperação, divulgação, espaço pessoalmente marcante.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 18.399999618530273px;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 18.399999618530273px;">Teatro-manifesto porque implica um legado e uma posteridade, teatro do opressor/oprimido, teatro-manifesto feminista...</span></div>
<div>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 18.399999618530273px;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif; line-height: 18.399999618530273px;">E então, mulheres, vamos vivenciar juntas tudo isso? </span></div>
<div>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Nosso encontro será aos sábados, tendo início no dia 18 de outubro, das 15h às 19h, no sindicato dos bancários.</span></div>
<div>
<div>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">O Sindicato dos Bancários fica na Rua 28 de Setembro, n 1210, próx à doca. Para ver o mapa <a href="http://goo.gl/WPTG8N" target="_blank">Clique aqui</a>.</span><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span>
<iframe frameborder="0" height="400" marginheight="0" marginwidth="0" src="https://docs.google.com/forms/d/1tvejgcODTQfl9vioq1lWaujhQRb0_ZiitTUvJFrSQBo/viewform?embedded=true" width="660">Carregando...</iframe><br />
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div>
<div style="line-height: normal; text-align: start;">
</div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
</div>
</div>
</div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 24px; text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><i>* Cobraremos R$5 pelas inscrições, porque estamos fazendo uma campanha para arrecadarmos dinheiro, a fim de ajudar uma das nossas companheiras a conseguir dinheiro para pagar uma cirurgia.</i></span></div>
Mulheres em Marchahttp://www.blogger.com/profile/02732721729895699377noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1738830653498723301.post-53410696155724021982014-06-09T15:27:00.000-03:002014-06-09T15:27:53.042-03:00URGENTE – DOE SANGUE (QUALQUER TIPAGEM) PARA FABÍOLA BRITO, MAIS UMA VÍTIMA DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-tckM8uP0ebo/U5X8NooChcI/AAAAAAAAAXs/1qjKF5liECg/s1600/FABIOLA+BRITO.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-tckM8uP0ebo/U5X8NooChcI/AAAAAAAAAXs/1qjKF5liECg/s1600/FABIOLA+BRITO.jpg" height="320" width="305" /></a><span style="font-family: Arial;">No
dia 8 de junho de 2014, por volta das 23h, a jovem <b>Fabíola Cristiane Borges de Brito</b>, 22 anos, foi surpreendida com um
tiro no peito, disparado pelo seu ex-namorado o qual não aceitou o término do
relacionamento e decidiu por tirar a vida de Fabíola. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;">A
jovem mulher que está sob o risco de vir ao óbito, está no CTI do Pronto
Socorro Municipal de Belém (14 de março) e precisa de <b>DOAÇÃO DE QUALQUER TIPAGEM SANGUINEA COM URGÊNCIA PARA QUE SEJA
SUBMETIDA À CIRURGIA</b>. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;">Que
a violência contra as mulheres existe nós sabemos, porém, sempre que um novo
caso acontece, mais consistente torna-se o entendimento que devemos seguir em
Marcha até que todas nós sejamos livres de todas as formas de opressão e violência.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;">A
família da vítima registrou ocorrência na Delegacia de Amparo à Mulher, mas o
agressor continua foragido. Para a Marcha Mundial das Mulheres é fundamental
que este e todos os outros casos sejam devidamente encaminhados para que os
agressores sejam sim punidos e educados a não mais cometerem atrocidades como
estas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;">É
necessário também que o Estado garanta a efetivação das leis e políticas públicas
que possam alterar a realidade das mulheres que diariamente tem suas vidas
ceifadas pela violência sexista, violência gerada pelo machismo que faz o homem
ter o corpo da mulher como propriedade sua.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;">Estamos
solidárias à Fabíola Brito e sua família.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;"><b>Seguiremos
em Marcha até que todas sejamos livres!!!<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial;"><b>Obs.:
Para a doação de sangue, dirija-se ao HEMOPA PARÁ e forneça o nome completo e
hospital que a paciente está internada.<o:p></o:p></b></span></div>
<br />Mulheres em Marchahttp://www.blogger.com/profile/02732721729895699377noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1738830653498723301.post-14400816079232603042014-04-16T07:00:00.000-03:002014-04-16T07:00:02.203-03:00Sobre as palavras que nunca saíram<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Só
hoje tive coragem de ler alguns textos sobre a cultura do estupro e fiquei com
um nó na garganta, chorando silenciosamente, com muita dor no coração, tremendo
e lembrando um dos motivos que me levam a permanecer na luta feminista...<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[endif]--><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Quando
eu tinha uns 5 anos ou 6, não lembro bem, morava em Marituba (município do
Pará), com meus pais e meu irmão. Meu pai e minha mãe trabalhavam bastante e
passavam a maior parte do dia fora de casa, mas nos deixavam aos cuidados de uma
babá até que chegassem do trabalho.<br />
<br />
Um dia, eu fui brincar na casa do meu amigo, que morava ao lado de casa e o
irmão mais velho dele, que na época deveria ter uns 17 ou 18 anos, me chamou
para um quarto, abaixou a minha calcinha, botou a mão na minha boca tentando
impedir que eu gritasse (nem precisava, as palavras não saiam) e começou a
penetrar em mim, dizia que ele estava só brincando comigo, que se eu contasse
aos meus pais ele iria machuca-los e ficou por bastante tempo fazendo aquilo e
eu só queria chorar, porque doía muito e nem estava entendendo o que estava
acontecendo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Lembro
que quando cheguei em casa, minha babá foi me dá banho, e quando viu minha
vagina, perguntou porque ela estava toda vermelha, assada, perguntou se eu
havia lavado com sabão de manhã e eu disse que sim (mentindo). Então ela me
ensinou que nunca deveria lavar com aquele tipo de sabão e que ia passar pomada
em mim. Mesmo depois dela ter me dado banho, ainda me sentia suja e com medo.<br />
<br />
Houveram dias em que a minha babá precisava ir embora mais cedo e me deixava na
casa desse vizinho. E o mesmo se repetia.<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Não entendo como ninguém naquela casa não percebia.<br />
<br />
Passei tardes triste, lembro muito bem, sentia vontade de chorar, tinha uns
momentos agressivos, vontade de fugir, de morrer, mas nunca sequer mencionei
algo para os meus pais.<br />
<br />
Um dia disse pra minha babá que não era mais amiga daquele menino e que
preferia ficar na casa da coleguinha da frente, então, depois de eu ter
insistido muito, um dia ela conversou com a mãe da garotinha e passou a me
deixar lá. Mas não tinha um só dia em que eu não lembrasse daquilo. Sentia
muita vontade de falar pro meu pai, principalmente nos dias em que ele deitava
ao meu lado e perguntava como tinha sido o meu dia e eu tinha que sufocar as partes
ruins e só falar sobre as boas. O medo de que algo ruim pudesse acontecer com
meus pais ou comigo, me ajudava a sufocar qualquer palavra que denunciasse
aquele homem.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Meu
pai faleceu. Nos mudamos. E com isso, mesmo triste, a possibilidade de uma vida
nova, em outro lugar, plantava uma sementinha nova de felicidade no meu
coração.<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[endif]--><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Alguns
anos após a morte do meu pai, minha mãe conversou comigo e com meu irmão
falando sobre ter um novo namorado. E nós aceitamos. Vimos como foi difícil
superar a perda do nosso pai. Eis que após alguns meses de namoro, o namorado
da minha mãe passou a ter mais espaço dentro de casa, já podia dormir e fazer
alguns passeios conosco.<br />
<br />
Um dia, a noite, minha mãe foi tomar banho, enquanto eu estava no quarto dela
assistindo TV, junto com o namorado dela, então, em algum momento que não
lembro perfeitamente, ele meteu a mão dentro da minha calcinha e disse pra eu
ficar calada e não dizer nada pra minha mãe. Eu sabia o que aquilo significava.
O mesmo pesadelo, com endereço e rosto diferente.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O medo voltou. E permaneceu sufocando
qualquer palavra de dor.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Um
dia estava dormindo e senti alguém puxando a minha calcinha, então fingi que
estava acordando e a pessoa saiu correndo pro outro cômodo da casa... esse era um
outro namorado que minha mãe arranjou alguns anos depois.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
E
também teve uma vez em que eu estava no aniversário da minha tia, e o marido
bêbado dela acariciou meus seios, tocou na minha vagina, mandou eu sentar no
colo dele e ficou excitado.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Todos
esses homens me silenciaram. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Eu
podia ter falado alguma coisa, já que eu era um pouco maior e já tinha
consciência de que aquilo era errado, mas eu me sentia nojenta, culpada e o
medo de que as pessoas se machucassem ou brigassem por minha causa, me calou.<br />
<br />
Desde então, minha relação com meu corpo não é boa. Lembro que um dia minha
pediatra perguntou pra minha mãe porque eu não usava sutiã, que nas consultas
eu sempre estava com umas blusas largas e uma blusinha colada por baixo ou top.
Então minha mãe disse “(...) acho que ela tem vergonha dos seios, Dra”. E tinha
mesmo. Mas, mais do que ter vergonha dos meus seios, eu não queria chamar
atenção. Não queria ser uma mulher atraente. Talvez, o fato de ter sido
estuprada somado ao de ter passado a maior parte da minha vida estudando o catolicismo
e sendo orgânica dentro da igreja, tenha colaborado para essa relação com o meu
corpo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Eu
era o tipo de pessoa que humilhava os garotos da minha escola, que batia em
qualquer um que fizesse qualquer piada comigo. Lembro que nenhum namoro meu durava,
porque em algum momento do namoro, eu tratava aqueles homens como seres
descartáveis. Foi grande o susto das minhas amigas e família quando meu namoro
durou mais de um ano.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Foi
nesse namoro que comecei a refletir sobre a raiva que sentia (já estava na
universidade). E consegui conversar mais, ser mais compreensiva e consegui ter
minha primeira relação sexual, acho que isso ocorreu quando eu tinha uns 21
anos. E lembro que chorei, na primeira tentativa. Porque isso me remetia à
lembranças ruins e aquele sentimento de nojo voltava.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Eu
já militava no movimento estudantil desde os 18 e no movimento feminista desde
os 19, mas foi demorado o processo para que eu percebesse que não havia nada de
errado comigo, que eu não era a culpada, que os culpados eram outros. Aqueles
homens que sentiram-se no direito de usufruir do meu corpo sem meu
consentimento. Aqueles homens que me violentaram psicologicamente. Aqueles
homens que se acharam donos do meu corpo. Eles sim, eram os culpados. Mas ainda
assim, mesmo depois de tanto tempo militando, aquelas ordens sobre meu silêncio
ainda ecoam e ainda são obedecidas. Porque há uma sociedade que também me quer
calada.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Enquanto
escrevo esse texto, outras meninas devem estar sendo estupradas, ou mulheres, e
elas, de certo, ficarão caladas, chorando, ou com muita raiva, porque aqui fora
há uma sociedade que não quer ouvi-las e que quando ouvem,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>as culpam. Aqui fora há uma sociedade que
ensina as mulheres a como não ser estupráveis e que, consequentemente, se
formos, é porque não seguimos essas “regras”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Pra
você, que faz parte das pessoas que culpam a vítima, seja pela roupa, pelo
corpo “sedutor”, pelo horário em que estava na rua, porque ela é uma
“piriguete”, ou qualquer outro argumento para justificar, você também estava
colocando a mão na minha boca e me ameaçando na hora em que eu estava sendo
estuprada. Você também é um estuprador e está contribuindo para a perpetuação
da cultura do estupro.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Estou
escrevendo esse texto, como uma primeira tentativa de cura, porque guardar isso
por tantos anos ainda dói e porque escrevendo a minha história, posso estar
incentivando mais vítimas a contarem as suas e isso talvez, contribua para a
sua cura.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Essa
história ainda é aquela lágrima que nunca seca. A vergonha que demorou pra
passar. E a raiva que machuca. Poderia ter postado ela no meu blog, mas preferi
que fosse em um blog feminista, não só pelo maior número de pessoas que poderão
ter acesso a ela, mas porque eu me sinto confortável pra escrever a minha
história em um espaço onde serei acolhida pelas minhas companheiras de luta e
porque é o feminismo que tem me ajudado nesse processo de libertação e que me
motiva a ajudar mais pessoas a se libertarem das correntes patriarcais que as
prendem.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
</div>
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É
preciso combater e denunciar. E, por isso, continuarei em marcha, até que todas
sejamos livres.</div>
<o:p></o:p>Mulheres em Marchahttp://www.blogger.com/profile/02732721729895699377noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1738830653498723301.post-42411219553780600322014-02-18T10:08:00.001-03:002014-02-18T10:08:16.209-03:00Economia Feminista e Soberania Alimentar - Avanços e desafios<section id="body_content_left" style="background-color: white; border: none; float: left; font-family: Arial, Helvetica; font-size: 15px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline; width: 630px;"><div class="download" style="background-color: #def4b2; border: 1px dotted rgb(131, 155, 83); color: #777777; float: left; list-style: none; margin: 30px 0px 0px 50px; padding: 10px 20px 20px; vertical-align: baseline; width: 360px;">
<label style="border: none; color: #839b53; display: block; font-size: 9pt; font-weight: bold; list-style: none; margin: 12px 0px 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Descrição</label><div style="border: none; color: #555555; font-size: 10pt; line-height: 16pt; list-style: none; margin: 1em auto; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
No Brasil, mulheres têm um papel estratégico na produção de alimentos na agricultura familiar, que abastece 70% do consumo de alimentos dos brasileiros. Também aqui poucas informações de produção estão desagregadas por gênero – o trabalho cotidiano da mulher é chamado de ajuda, às vezes por elas mesmas. O dinheiro resultante da venda de seus produtos não é visto como fundamental ou mesmo contabilizado na renda familiar. O que produzem para a alimentação da família, apesar de estar na mesa todos os dias, não entra na contabilidade como renda da propriedade, e nem mesmo como renda da família. A publicação desta pesquisa, resultado de uma parceria entre a campanha “Cresça”, da OXFAM e a Sempreviva Organização Feminista (SOF), pretende contribuir para questionar, repensar e, finalmente, mudar os mudar os desequilíbrios nas relações de poder que impedem as mulheres de se realizarem como seres humanos, em especial naquelas relações que se manifestam em torno à produção e ao acesso aos alimentos.</div>
<label style="border: none; color: #839b53; display: block; font-size: 9pt; font-weight: bold; list-style: none; margin: 12px 0px 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Arquivo</label><h3 style="border: none; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<a href="http://www.sof.org.br/system/resources/BAhbBlsHOgZmSSJJMjAxNC8wMi8wNi8xNV80N180NF81OTBfRUNPTk9NSUFfRkVNSU5JU1RBX0VfU09CRVJBTklBX0FMSU1FTlRBUi5wZGYGOgZFVA/ECONOMIA_FEMINISTA_E_SOBERANIA_ALIMENTAR.pdf" style="border: none; color: #777777; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;">Economia Feminista E Soberania Alimentar (3,1 MB)</a></h3>
<label style="border: none; color: #839b53; display: block; font-size: 9pt; font-weight: bold; list-style: none; margin: 12px 0px 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Categoria</label>Livros<label style="border: none; color: #839b53; display: block; font-size: 9pt; font-weight: bold; list-style: none; margin: 12px 0px 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Data de publicação</label>06/02/2014</div>
</section>Mulheres em Marchahttp://www.blogger.com/profile/02732721729895699377noreply@blogger.com0