terça-feira, 28 de setembro de 2010

Novo layout do Blog!!


O blog tá ficando meio desatualizado é verdade, mas já já vamos dar um jeito nisso, e o blog voltará a sua atualização diária normal!

Enquanto isso mudamos nosso layout, queremos sempre melhorar para vocês leitores!!

Então digam para gente, vocês gostaram do novo layout do blog???

Em defesa da vida das mulheres! Pela legalização do aborto!

Dia 28 de setembro, diversos movimentos feministas reunidos na Frente Nacional contra a criminalização das mulheres e pela legalização do aborto realizarão atos públicos para marcar o Dia Latinoamericano e Caribenho de Luta Pela Legalização do Aborto. A data foi proposta em 1990 e desde 1993 são realizadas ações em toda a região. Em homenagem a esse dia postamos um texto da companheira Tica Moreno da MMM.

Os “anti-direitos” ou “pró-morte das mulheres” tem várias frentes de atuação para impedir a legalização do aborto, fazer retroceder os direitos já conquistados pelas mulheres e aumentar a criminalização daquelas que praticaram aborto. Uma delas é a atuação parlamentar coordenada. Eles criam Frentes Parlamentares anti-direitos em nível nacional, nos estados e municípios. No Congresso Nacional, articularam a proposição da CPI do aborto, o Estatuto do Nascituro e mais cerca de 50 projetos de lei orientados para cercear os direitos das mulheres.

Eles se auto-intitulam pró-vida. Nessas eleições, assinaram um termo de compromisso com a defesa da vida desde a concepção. Para eles, importa mais uma vida abstrata que a vida concreta de milhares de mulheres que recorrem ao aborto em situações de insegurança. Até agora tem 55 candidatos/as a deputado/a federal nesta lista, vários/as para estadual, um candidato a governador (o Bassuma, do PV da Bahia), e um candidato a vice-presidente, que não por acaso é o Índio da Costa, do DEM, candidato a vice do Serra – que não vai ganhar de jeito nenhum!

Não vote neles!…


E venha pras ruas com a gente!

O nosso lado, que defende a vida e autonomia das mulheres, também se articula. Desde 2008 existe uma Frente Nacional contra a Criminalização das Mulheres e pela Legalização do Aborto. Participam desta frente mulheres e homens, parlamentares, movimentos de mulheres e movimentos sociais em geral, partidos políticos e quem mais quiser se somar. Neste dia 28 de setembro, a Frente apresenta a Plataforma para a legalização do aborto no Brasil.

Nas ruas, blogs e redes sociais, estamos em luta em defesa da vida e da autonomia das mulheres e pela legalização do aborto. 

Por Tica Moreno, militante da MMM-SP  

*Post retirado do Blog Ofensiva contra a Mercantilização

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Mulheres no espaço de poder e decisão – Suíça


O Parlamento da Suíça elegeu nesta quarta-feira a social-democrata Simonetta Sommaruga para o cargo de ministra no Conselho Federal, dando às mulheres a maioria no maior órgão executivo do país pela primeira vez na história.
A escolha de Sommaruga, que toma posse em outubro, é um marco histórico em um país no qual as mulheres somente ganharam direito a voto no nível federal em 1971.
As mulheres adquiriram direito a voto na Suíça em 1959, mas somente em nível regional. Apenas em 1971 elas puderam votar no âmbito federal. O último cantão (equivalente suíço aos Estados) a adotar o voto feminino foi Appenzell Innerrhoden, em 1990. 

Mas e a DESIGUALDADE?

A correspondente da BBC na Suíça Imogen Foulkes afirma que o país ainda tem  muitos caminhos a percorrer em termos de igualdade entre os sexos.
A primeira ministra de governo foi eleita em 1984, mas desde então apenas seis mulheres chegaram a postos ministeriais.
Segundo a correspondente, as suíças têm uma média salarial muito inferior aos homens, o governo gasta menos de um terço do recomendado pela Unicef com auxílio-creche e, em termos de licença-maternidade, a Suíça é um dos países europeus com menos benefícios.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

A Globo Precisa ouvir Pagu




Há quem (ainda) pense que este mundo é igualitário, e que também não existe desigualdade nas relações entre homens e mulheres. Este modo de enxergar a sociedade contribui para que a opressão sofrida pelas mulheres fique invisível, que não saibamos que as mulheres ainda ganham cerca de 30% menos que os homens, que a cada 15 segundos uma mulher sofre violência no Brasil e que o aborto inseguro está entre as principais causas de morte materna no país.

A mídia (Golpista!) é um dos principais agentes a mascarar a desigualdade, mostrando que hoje em dia as mulheres são “livres” e o machismo é algo antiquado e tende a desaparecer, como se as mulheres não tivessem que seguir um padrão de beleza imposto, aliás, pela própria mídia que afirma não haver machismo; como se o trabalho doméstico não fosse realizado majoritariamente pelas mulheres além da jornada de trabalho, entre tantas outras situações que, ao exigir que sejamos verdadeiras “mulheres maravilhas”, oprimem e confirmam a atualidade e necessidade da luta feminista por igualdade.

Para não perder o costume, no ultimo domingo, na emissora de televisão Rede Globo, exibiu no programa do Faustão um quadro chamado “Maratoma”. A disputa deste domingo foi entre os homens CDFs e as mulheres BBGs (Boas, Bonitas e Gostosas), para conferir acessem: http://tvglobo.domingaodofaustao.globo.com/maratoma/. Incrível! As mulheres gostosas, bonitas e boas, nunca poderiam ser CDFs que como os homens!? Não parece ser esta a mensagem? Mais uma vez esta sociedade machista mostra sua face rotulando a mulher como apenas um corpo bonito e supostamente sem capacidade, como se as mulheres não pudessem fazer o que os homens fazem, como se não existissem mulheres bonitas e inteligentes...

Afora este rótulo, as cenas não dão o enfoque na disputa por si só e sim em closes nas bundas e peitos das mulheres, como se fôssemos mercadorias a sermos prontamente vendidas em horário comercial pela televisão! Há quem possa retrucar: “Mas elas são livres! Escolheram mostrar o corpo na televisão, fazem isso porque querem ou gostam...” Aos adeptos desse (falacioso) discurso, saibam que às mulheres são reservados apenas alguns papéis na sociedade, temos somente poucas perspectivas: ou somos “freiras”, e aceitamos a maternidade, o casamento e tantas outras coisas como nossa obrigação, ou somos “putas”, devendo ser sempre gostosas, bonitas para satisfazer a virilidade masculina...
Esse programa foi e é mais um exemplo de como a sociedade, (e a mídia golpista, porque é também machista) mercantilizam o corpo e a vida das mulheres, usando peitos e bundas para aumentar o ibope, reforçado os estereótipos.

“Porque nem toda feiticeira é corcunda
Nem toda brasileira é bunda
Meu peito não é de silicone
Sou mais macho que muito homem!”


Por Caroline Bernardo e Mariah Aleixo, militantes da Marcha Mundial das Mulheres /PA
http://carolinebernardo.blogspot.com/

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Machismo em propaganda eleitoral - Eleições 2010.

          Como se já não bastasse o machismo “oculto” nos processos eleitorais brasileiro. Recentemente o candidato a governador do Pará, Simão Jatene (PSDB), manifestou publicamente em seu programa de rádio preconceito à classe trabalhadora doméstica do estado. Atitude em prol de atingir a imagem da candidata a reeleição Ana Júlia Carepa (PT), o programa eleitoral segue na integra no final da matéria.
A presidenta da Federação dos Trabalhadores Domésticos, Creuza Oliveira, veio a público se manifestar: “Eu considero que isso é um grande desrespeito. As trabalhadoras domésticas no Brasil são 8 milhões. São votantes que elegem presidente, deputados, senadores, governadores, todas essas categorias de políticos que tão aí, para defender direitos do cidadão e da cidadã. Então não pode haver nenhum candidato discriminando essa categoria. Ao contrário, ele teria é que apresentar um programa de governo para a categoria”.

Segundo a Pesquisa Nacional por amostra de Domicílios – PNAD(2009), entre os sete milhões e meio de habitantes do PA, 220 mil são trabalhadoras domésticas, essas representam 8% das pessoas ocupadas e remuneradas no estado. Não sabemos como um candidato a governador pretende construir uma visão de mundo, de vida e de política desconhecendo o lugar das atividades e do trabalho atribuído às mulheres na sustentação da vida.
 Além do candidato não promover o debate de políticas públicas  de inserção das mulheres no mercado para alterar a tradicional divisão sexual do trabalho. O candidato ainda desqualifica a capacidade da mulher de ser um sujeito político protagonista no governo do estado, como ainda inunda de preconceito e descriminalização  de gênero um debate que deveria ser político. Promovendo o Estado como sujeito impulsionador da dinâmica que mudará o paradigma entre as relações de trabalho entre homens e mulheres, a exemplo da implementação das creches como  política pública para a família que, significantemente, contribui para a autonomia da mulher.
Dessa forma fica o repúdio da Marcha Mundial das Mulheres ao candidato Simão Jatene por atitude machista em sua propaganda eleitoreira. Fica a solidariedade a todas as trabalhadoras domésticas do Brasil e fica a reflexão do quanto nós, feministas, ainda temos que incentivar a organização de mulheres em movimentos sociais para disputar a própria concepção do modelo político e econômico para a alteração desses paradigmas.

http://www.youtube.com/watch?v=78I4isg6OYU&feature=player_embedded

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Dilma amanhã em Belém

Com mais de 50% das intenções de voto em quase todas as pesquisas de intenção de voto, tudo indica que Dilma será eleita presidenta do Brasil. A primeira mulher a ocupar o mais alto posto de comando do país.

No Pará, Ana Júlia é candidata à reeleição e também é a primeira mulher a governar nosso Estado.

Dilma e Ana Júlia realizarão comício em Belém amanhã, às 19h, na Av. Pedro Miranda próx. à Dr. Freitas. A presença de Lula também está confirmada. Quem quiser, vá lá!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Porque a República Democrática do Congo? Rumo ao encerramento da 3ª Ação Internacional!

Mulheres ocupam estacionamento do estádio do Pacaembu, na praça Charles Miller. Encerramento da Ação de 2010. (Foto: Daia Oliver/R7)

Entre 13 e 17 de outubro de 2010, iremos realizar as atividades de encerramento da nossa terceira Ação Internacional, na cidade de Bukavu, província do Sul do Kivu, na República Democrática do Congo (RDC).

Esperamos a participação de 1.000 mulheres durante a semana de atividades - provenientes, sobretudo da região da Grande Lagos Africano - e mais de 1500 pessoas para a grande marcha pela paz em 17 de outubro.

A ideia de fazer o encerramento da ação internacional em um país em conflito foi o centro da discussão no Encontro Internacional de Vigo, na Galicia, em outubro de 2008, em que participaram 148 delegados de 48 países. O principal objetivo da ação é chamar a atenção particular às relações entre a violência contra a mulher, o conflito e a militarização. As razões para esta decisão são muitas, incluindo:

• A utilização de estupro sistemático de mulheres emeninas para humilhar, envergonhar e desmoralizar, porque são consideradas como espólio de guerra;

• A existência de grupos de mulheres organizadas local e nacionalmente, proporcionando a oportunidade de expressar a nossa solidariedade internacional através do fortalecimento desses grupos;

• A utilização de tensões étnicas para justificar o conflito armado e, assim, disfarçar as causas econômicas: o controle dos recursos minerais e biodiversidade da região, além de os lucros das indústrias de armas e empresas segurança privada.

• A presença da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no DRC (MONUSCO) - que foi a Missão da ONU na RDC (MONUC) - que, em 2010, comemora 10 anos de presença na região, os impactos são vistos como mínimos pela população.

A MONUSCO representa um custo per capita para os soldados que são mais do que 400 vezes o PIB per capita na RDC.

Neste cenário, a ação de encerramento visa fortalecer a autonomia sócio-econômica e o estatus político das mulheres congolesas e exigir que os responsáveis pela violência sexual e o uso do corpo das mulheres como arma de guerra sejam punidos. Também visa denunciar os interesses econômicos que mantêm o conflito no país, especialmente a cumplicidade das milícias; lutar para que os recursos naturais beneficiem prioritariamente o povo congolês e que a República Democrática do Congo conheça a paz duradoura e que comece pela desmilitarização do país e da retirada gradual e negociada da MONUSCO.

Texto extraído do boletim da MMM