sábado, 29 de maio de 2010

28 DE MAIO, DIA DE LUTO: O ESTATUTO DO NASCITURO ATENTA CONTRA A SAÚDE E A DIGNIDADE DAS MULHERES

O Estatuto do Nascituro, em tramitação na Câmara dos Deputados, é uma violação dos Direitos Humanos das mulheres. A sociedade brasileira precisa repudiar veementemente esta proposta absurda!

No Brasil, cerca de 70 mães morrem a cada 100 mil nascidos. Para se ter uma idéia do que esse número significa, a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera como elevados os índices que ultrapassem 20 óbitos maternos por 100 mil nascidos. Outro dado assustador: estima-se que ocorram mais de 3 mil óbitos de gestantes e puérperas anualmente.

As principais causas de morte materna no Brasil são: hipertensão, hemorragia, infecção puerperal, aborto e doenças do aparelho circulatório, de acordo com informações do Ministério da Saúde. Ou seja, os números nos mostram que as mulheres continuam morrendo por causas que são previsíveis e perfeitamente evitáveis.

O aborto clandestino é o quarto maior responsável por morte materna no Brasil. A prática contribui com a elevada taxa de mortalidade materna porque é realizado de forma insegura, sem as mínimas condições técnicas e de higiene. De acordo com estimativas governamentais, mais de 1 milhão de mulheres se submetem anualmente ao procedimento de abortos inseguros no Brasil, dos quais perto de 400 mil terminam em internação, algumas com seqüelas irreversíveis, e um número não estimado acaba em morte. O agravante é que são as mulheres já excluídas ou estigmatizadas socialmente que morrem por aborto inseguro: pobres, negras, jovens.

No dia 28 de maio - Dia Internacional de Ação pela Saúde da Mulher e Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna -, as mulheres do nosso país estão de luto. Alguns parlamentares apresentaram um projeto de lei que, se for aprovado, só vai piorar essa realidade precária e indigna, que afeta a saúde e a vida das mulheres brasileiras. Trata-se do Estatuto do Nascituro, que pretende garantir direitos aos não nascidos desde o momento da concepção.

Esse estatuto, que já está tramitando na Câmara dos Deputados, foi aprovado pela Comissão de Seguridade Social e Família no dia 19 de maio último. Sendo aprovado por mais duas comissões, irá à votação em plenário, o que representa um grande risco para a dignidade das mulheres brasileiras, além de lhes violar direitos humanos básicos.

Ao determinar que a vida começa na concepção e considerar o nascituro como sujeito de direitos, contrariando o que diz a Constituição Brasileira, o Estatuto do Nascituro só reforça o estigma e a criminalização das mulheres que abortam, mesmo ressalvando os dois casos de aborto permitidos pela lei (gravidez com risco de morte para a gestante ou resultado de estupro).

O início da vida e o fim dela não são definidos cientificamente, mas por convenções sociais. Ao tentar impor para toda a sociedade um princípio que vem de crenças religiosas - que a vida começa desde a concepção -, o Estatuto do Nascituro viola o princípio do Estado laico, determinando arbitrariamente algo que ainda está em debate na sociedade.

Esse projeto de lei cria uma mordaça que criminalizará qualquer manifestação a favor da legalização do aborto por considerá-la apologia ao crime, violando também o princípio constitucional da liberdade de expressão. Ou seja, se aprovado, o Estatuto do Nascituro impedirá - de forma irremediável, autoritária e antidemocrática - a mobilização da sociedade civil em favor da mudança da legislação vigente, que ainda é uma das mais restritivas do mundo.

Por fim, um toque de absurdo: o Estatuto do Nascituro, visando estimular que mulheres que foram estupradas não abortem, cria o que as feministas denominaram "bolsa estupro", que obrigaria o estuprador a pagar pensão alimentícia para a criança gerada pelo seu crime até que ela complete 18 anos. Considerando que o estuprador possa ser desconhecido ou esteja preso, sem condições de arcar com essa pensão, o Estado brasileiro seria o responsável por assumir esse ônus. Ou seja, além de criar um vínculo tenebroso entre estuprador e mulher estuprada, ainda onera toda a sociedade, que pagará a "bolsa-estupro" com seus impostos.

Chega de criminalização das mulheres! Para implementar ações efetivas para uma real melhora nas condições de vida das mulheres, precisamos repudiar veementemente iniciativas como essa. E, neste ano de eleições, vamos votar em quem efetivamente se importa com a dignidade e a saúde de todas nós. Vamos impedir que candidatos/as que atentam contra a diginidade das mulheres brasileiras sejam (re)eleitos/ as.

Lembramos ainda que, para que possamos alcançar um outro patamar de saúde das mulheres brasileiras, é necessário e urgente:
  • que as mulheres tenham a garantido os seus direitos individuais;
  • que as mulheres tenham garantidos e respeitados os seus direitos reprodutivos;
  • que aconteça a implementação de políticas públicas visando à saúde integral das mulheres.
Sem essas condições, sem a legalização do aborto, sem o respeito à dignidade e à vida das mulheres, seguiremos impassíveis vendo milhares de mulheres morrendo de causas facilmente evitáveis.
Estamos de luto.

Católicas pelo Direito de Decidir
Fonte: www.catolicas online.org. br

sexta-feira, 28 de maio de 2010

INSCRIÇÕES PARA A OFICINA DE DEFESA PESSOAL

Com já haviamos dito, as inscrições para a Oficina de Defesa Pessoal Para Mulheres inicia-se hoje aqui no Blog.

Nós só vamos aceitar as inscrições que forem preenchidas corretamente no formulário abaixo. É super rapidinho.

Pedimos às mulheres que enviaram inscrições para o e-mail da MMM-PA que preencham o formulário abaixo para podermos confirmar as inscrições.

O objetivo da atividade é fortalecer o auto-controle das mulheres, através de noções básicas de Wen-Do (arte marcial feminista) e de Karatê (nesta parte contaremos com a militante da Marcha Rosalina Amorim, que é faixa preta).

A oficina será gratuita, dias 8 e 9 de junho, das 18h às 20h, no Sindicato dos Bancários (Rua de 28 de Setembro, 1210 - próximo à Doca). Você deve aguardar nossa confirmação de sua inscrição por e-mail, ser pontual e usar uma roupa confortável no dia.

As vagas são limitadas, por isso, inscreva-se logo.

Saudações Feministas!

Quem não estiver visualizando o formulário clique aqui

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Reunião da MMM é hoje!

Na pauta da reunião da Marcha Mundial das Mulheres - Pará de logo mais, está o Seminário Nacional de Avaliação da 3ª Ação Internacional da Marcha, a se realizar dias 2, 3 e 4/07/2010, em São Paulo.

REUNIÃO DA MARCHA - PARÁ
Dia 27/05, às 17h, na UFPA (o ponto de encontro é o CADEL - Bloco Jp - Profissional).
Pauta: avaliação da Ação 2010 da MMM, indicação para o Seminário, Oficina de Defesa Pessoal etc.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Munic 2009: passos lentos em direção a igualdade

Percentagem de prefeitas não chega a 10% e aumenta pouco entre 2005 e 2009

Em 2005, as prefeitas eram 8,1% do total; em 2009, passaram a 9,2%. Esse aumento ocorreu principalmente no Nordeste, que concentra o maior percentual de prefeitas (51,2% do total), seguida pelo Sudeste (24,0%). A concentração de prefeitas é maior em municípios com até 100 mil habitantes.

Entre 2005 e 2009, cresceu a proporção de prefeitos com nível superior, de 43,8% para 47,5%, enquanto diminuiu a de prefeitos com ensino fundamental incompleto, de 8,9% para 6,3%. Ainda com relação à escolaridade, das prefeitas, 62,7% tinham curso superior completo, contra menos da metade (45,9%) dos prefeitos.

Apenas 18,7% dos municípios do País tinham organismos voltados à temática de gênero

Em 2009, existiam no país 1.043 municípios com algum tipo de estrutura direcionada para a temática de gênero, apenas 18,7% do total de cidades brasileiras. Entre os municípios com até 5 mil habitantes, 10,3% possuíam alguma estrutura para o tema. Já entre aqueles com mais de 500 mil habitantes, o percentual era de 90,0%.

Em 36,0% dos municípios os órgãos para mulheres tinham orçamento próprio. Em 77,0% dos municípios esses órgãos atendiam também idosos (86%), crianças e adolescentes (87%) e pessoas com deficiência (67,6%).

Em 126 municípios há políticas específicas para lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais

Lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBTT) são parte de uma das populações mais vulneráveis a violações de direitos humanos e buscam o reconhecimento de seus direitos civis, sociais e políticos. Em 126 municípios (2,3%) havia algum tipo de política para esta população, e em 4 (São Paulo –SP; Amandaí – MS; Pelotas – RS e Diadema – SP) havia conselho municipal específico para o tema.
Fonte: IBGE, 2009.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Cinema gratuito na orla da Estação das Docas

A programação é do Projeto Oi Cine Estação. Uma parceria Organização Social Pará 2000, Associação de Críticos de Cinema do Pará (ACCP) e patrocínio da Oi.

As exibições serão às 19 horas com entrada franca. Confira a programação até Agosto de 2010:

MAIO
26/05
Curta: O menino urubu, de Fernando Alves
Longa: Fantasia, de Walt Disney

JUNHO
02/06
Curta: Belém - cidade das Águas, de Jorane Castro
Longa: O Invasor, de Beto Brandt

09/06
Curta: Matinta, de Jorge Vidal
Longa: Tempos Modernos, de Charles Chaplin

JULHO
21/07
Curta: Visagem, de Roger Ellarrat
Longa: Jogo de Cena, de Eduardo Coutinho

28/07
Curta: O Rapto do Peixe-Boi, de Cássio Tavernard
Longa: Sete homens e um destino, de John Sturges

AGOSTO
04/08
Curta: Muragens – crônicas de um muro, de Andrei Miralha
Longa: Bye, Bye Brasil, de Carlos Diegues

25/08
Curta: A origem dos nomes, de Marta Nassar
Longa: O Fantasma do Paraíso, de Brian De Palma


Local: Orla da Estação das Docas – Boulevard Castilho França, s/n. Campina, Belém-PA.

Contato: Assessoria de Comunicação da OS Pará 2000 – (91) 3212-5660/ 8802-3489

Marco Antônio Moreira, presidente da ACCPA – (91) 9116-4675
--
Organização Social Pará 2000
Assessoria de Comunicação
55(91) 3212-5660/5615 (ramal 23)/ 8802-3489
www.estacaodasdocas.com.br
www.mangaldasgarcas.com.br

domingo, 23 de maio de 2010

A Mulher Moderna

É impressionante como tentam nos convencer que somos emancipadas, que podemos fazer tudo o que quisermos, que podemos escolher ser donas-de-casa ou mulher de negócios, pois tudo tem o mesmo peso, é como escolher o sabor do sorvete... Mas como somos super-poderosas, o melhor mesmo é escolher ser os dois, e ainda ser insaciável para os nossos maridos e namorados!

Pesquisando quinquilharias na internet, achei muitos blogs de como ser uma mulher moderna, que te ensina dicas de como deixar a casa impecável no intervalo do almoço, e as técnicas supremas de como cuidar das crianças sem ficar desarrumada.

Olhem o exemplo deste blog...
“O JEITO MULHERZINHA DE SER: Gostar de cozinhar e de se maquiar. Cozinhar maquiada! Viver de dieta mas não resistir a uma barra de chocolate. Gostar de malhar e também de dormir uma tarde inteira. Querer uma máquina de costura e um scarpin. Ser mãe e esposa bem vestida e cheirosa. Ser mulher de negócios, mas amar retalhos e tecidos fofos. Gostar de cuidar da casa, decorar, pintar. Deixar a novela de lado para fazer artesanato.”
Agora as imagens do Blog....

....SUPERMODERNO....

sábado, 22 de maio de 2010

Uma reflexão pelo Dia Internacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes


No décimo aniversário da escolha do dia 18 de maio para marcar o "Dia Internacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes" , queremos assinalar em evento ocorrido em 2009, envolvendo uma seqüência de abusos impostos a uma menina de nove anos naquela época. Consideramos esse episódio como um possível indício do potencial surgimento de sensibilidade da Igreja católica para as questões relativas à saúde física e mental das mulheres.

O mais intrigante é que este sinal - de compaixão e de respeito para com o sofrimento das mulheres - veio de representantes da mais alta hierarquia institucional, no Vaticano.
Com o propósito de expressar nosso entendimento a respeito da violência simbólica exercida pela Igreja católica como um dos alicerces que sustentam a violência contra as mulheres, trazemos para o centro da análise este caso emblemático que recentemente comoveu o Brasil e o mundo.

Em fevereiro de 2009, jornais regionais noticiaram o fato ocorrido na cidade de Alagoinha, interior de Pernambuco, envolvendo uma menina de 9 anos, grávida após ter sido estuprada pelo padrasto durante vários anos. A mãe dizia nunca haver desconfiado dos abusos cometidos por seu companheiro contra as filhas. A menina, que não tinha consciência de estar grávida, relatou nunca haver contado nada à mãe porque o agressor a ameaçava de morte dizendo que a mataria caso revelasse o "segredo" para a mãe. "Ele dizia que ia cortar meu pescoço com a foice". Uma ultrassonografia revelou a gravidez de gêmeos, entre 15 ou 16 semanas. O padrasto, de 23 anos, depois de preso confessou o crime. Orientada pelos profissionais de saúde - a respeito dos riscos de morte caso mantivesse a gravidez e do direito de recorrer ao aborto legal - a mãe conduziu a menina para uma maternidade de Recife.

Após três dias de espera, sem que o procedimento fosse realizado, a mãe pede alta para a criança e a conduz, com auxilio de militantes feminista para outro hospital onde o aborto é prontamente realizado. O Arcebispo local - que passara vários dias em busca de procedimentos jurídicos e recrutando autoridades que se alinhassem a ele, posicionando- se contrariamente à interrupção da gravidez - ao saber que suas manobras foram contornadas, tomou a decisão de comunicar publicamente a excomunhão da mãe, das militantes e dos profissionais de saúde envolvidos.

O Arcebispo, recriminado por ter pronunciado a excomunhão destas pessoas enquanto não pronunciava qualquer palavra de censura ao padrasto estuprador, saiu-se com a seguinte frase: "Eu não estou dizendo que o estupro e a pedofilia são coisas boas. Mas o aborto é muito mais grave e, por isso, a Igreja estipulou essa penalidade automática de excomunhão".

A repercussão da excomunhão e da comparação entre estupro e aborto provocou uma avalanche de protestos por parte de leigos, formadores de opinião e autoridades, como o Presidente da República e de Ministros de Estado, artistas, cientistas e médicos, inclusive os próprios "excomungados" .

A forte manifestação pública emitida por atores com capacidade de disputar, na mídia nacional e internacional, com setores católicos ultraconservadores o poder outrora hegemônico da Igreja católica para falar sobre esse tema pode ter sido o motivo da nova posição do Vaticano a respeito do caso. Apesar da ambigüidade de uma nota oficial da CNBB, bispos e religiosos católicos europeus e brasileiros foram taxativos na condenação do Arcebispo Dom José Dias Sobrinho.

Por fim, e esse é fato intrigante referido no início deste editorial, o presidente da Academia Pontifícia para a Vida, Monsenhor Rino Fisichella - um dos mais próximos colaboradores do Papa - afirmou que a credibilidade do ensinamento da Igreja foi atingida. Esta "aparece aos olhos de tantos marcada por insensibilidade, incompreensão e falta de misericórdia" . Acrescenta, ainda, que o juízo expresso na excomunhão pesa como uma guilhotina (...) "há outros que merecem a excomunhão e o perdão, não aqueles que salvaram sua vida e a ajudaram a recuperar a esperança e a fé."

Pela primeira vez, nestes tempos de fundamentalismo exacerbado, se manifesta de maneira tão nítida uma discordância tão séria no âmbito da alta hierarquia católica, um discurso compassivo em relação à prática do aborto.

Pode-se tomar esse episódio como um sinal de novos rumos da instituição em relação ao aborto? Nossa resposta é: talvez.

Finalizamos com uma pergunta que embasa nossas dúvidas. Quase todas as manifestações contrárias à excomunhão enfatizavam o abuso cometido contra uma criança, franzina, trinta quilos, onze anos de idade, inocente, exposta à violência do padrasto, pobre, residente numa cidadezinha do interior nordestino, filha de pais analfabetos.

Enquanto comemoramos a aparente mudança de atitude de representantes da Igreja, mostrando-se sensibilizados para o abuso sofrido pela menina, restam-nos incertezas:

Caso a vítima de abuso fosse uma mulher adulta, o estupro e o aborto teriam provocado indignação no país e fora dele?

Não fosse a pressão pública internacional, teria o representante do Vaticano, D. Rino Fisichella, tornado pública a reprimenda ao Arcebispo de Recife?

Católicas pelo Direito de Decidir
www.catolicasonline.org.br

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Estatuto do Nascituro?!?!!!

Não bastassem todos os ataques cotidianos à dignidade das mulheres, neste 19 de maio, tivemos mais uma lamentável notícia. Os deputados da bancada fundamentalista conseguiram que passasse pela Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados uma aberração nomeada “Estatuto do Nascituro”, que visa, entre outras coisas, a revogar direitos conquistados pelas mulheres e aprofundar a realidade de dominação que as submete, inclusive, a risco de morte e de sequelas todos os anos.

O tal projeto de lei elimina os casos de aborto previstos atualmente em lei: quando há risco de morte para a mãe e quando a gestação é decorrente de estupro. Sem contar que o texto abre brecha para a proibição, inclusive, de algumas medidas contraceptivas.

Leia a íntegra do artigo de Alessandra Terribili, ex-diretora de Mulheres da UNE (2003-2005) e integrante da Secretaria Nacional de Mulheres do PT. Basta clicar no título!

1ª Marcha de Luta contra a Homofobia

Clique no título deste post e veja outras fotos bacanas da 1ª Marcha realizada dia 19 de maio, em Brasília.

Saiu um busão aqui do Pará, cheio de gente que participou desta atividade.

É isso aí: fora o machismo e a homofobia!

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Munic 2009: apenas 7,1% dos municípios têm delegacia da mulher

Dez anos depois de sua primeira edição, a Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic) coletou, novamente, informações a partir de questionários respondidos por 5.565 prefeituras.

Além da Administração, Habitação, Esporte, Cultura, Segurança, Transporte, Meio Ambiente, foram investigados, pela primeira vez, três novos temas: Direitos Humanos, Saúde e Políticas de Gênero dos municípios brasileiros.

Apenas 18,7% dos municípios do País tinham estruturas organizacionais voltadas à temática de gênero, e somente 7,1% dos municípios dispunham de Delegacias Especializadas para atendimento às mulheres. Um em cada quatro municípios tinha estrutura específica para gestão de direitos humanos. Em 126 municípios havia políticas específicas para lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais. Em quase 60,0% dos municípios haviam ações destinadas aos idosos. Em 2009, 98,3% dos municípios tinham conselhos tutelares e 91,4%, de direitos da criança e do adolescente. Dez anos antes, os percentuais eram de 55,0% e 71,9%, respectivamente. Além disso, para subsidiar políticas capazes de promover a inclusão sociocultural das comunidades ciganas, 290 municípios reconheceram a existência de acampamentos ciganos em seu território.

A Munic também constatou que 95,1% dos municípios dispunham de equipes profissionais voltadas para a saúde da família. No entanto, 33,8% dos titulares dos órgãos gestores municipais de Saúde ainda não tinham curso superior completo, e em 195 municípios do País, os Conselhos de Saúde não eram paritários como determina a lei.

Atendimento às mulheres em situação de violência estava concentrado no Sudeste

Em 2009, existiam no país 262 municípios com casas-abrigo, 559 com centros de referência de atendimento às mulheres, 397 com Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher, 469 com núcleos especializados de atendimento às mulheres nas defensorias públicas e 274 com juizados especiais de violência doméstica e familiar.

Os serviços municipais especializados estavam concentrados no Sudeste, onde 35% dos municípios tinham casas-abrigo e 32,0%, centros de referência. As regiões Norte e Centro-Oeste tinham os menores percentuais. Os municípios em São Paulo (50) e Rio Grande do Sul (33) eram os que mais contavam com casas-abrigo. Já os da Paraíba (0), Roraima, Amapá e Rio Grande do Norte (1) eram os que menos dispunham de tais serviços.

Fonte: IBGE, 2009.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Dia 27: próxima reunião da Marcha - Pará

Pois é, na ressaca da Ação e da nossa Confraternização, precisamos reunir a Marcha Mundial das Mulheres - Pará. Na pauta da nossa próxima reunião, está o Seminário Nacional de Avaliação da 3ª Ação Internacional da Marcha, a se realizar dias 2, 3 e 4/07/2010, em São Paulo.

Os estados devem indicar, até o dia 16/06, uma companheira que participou de todo processo de construção (preparação, os dias da Ação e avaliação estadual) como representante para o referido Seminário.

REUNIÃO DA MARCHA - PARÁ
Dia 27/05, às 17h, local a definir.
Pauta: avaliação da Ação 2010 da MMM, indicação para o Seminário, Curso de Defesa Pessoal etc.

domingo, 16 de maio de 2010

Ninguém mete a colher. Que atraso!

Uma mulher foi assaltada dentro de uma delegacia em São Paulo, bem na frente de policiais armados. Levaram 13,5 mil reais que estavam em sua bolsa, fruto da herança que recebeu do marido, sacados num banco minutos antes de ir à delegacia registrar Boletim de Ocorrência em virtude do furto de seu celular. Mas, segundo o escrivão, não fizeram nada porque achavam que era briga de casal... Coisa mais atrasada: a velha máxima de que em briga de marido e mulher, não se mete a colher.

Confira trechos da matéria publicada no G1.

"Segundo ela, os dois homens entraram na delegacia e foram direto em sua direção. “O rapaz entrou e não viu mais nada, nem ninguém, foi direto para minha bolsa”, diz.
Ela conta que agarrou a bolsa e foi sendo arrastada por um dos assaltantes, enquanto o outro homem gritava para que o colega atirasse nela. Ela acabou tendo o braço ferido e precisou receber atendimento médico. “Acho que ele não atirou porque não tinha bala ou por medo de atingir o outro homem que estava me puxando”, afirma.

Ninguém tentou impedir o roubo dentro da delegacia. Estavam no local, um escrivão, uma carcereira e uma funcionária da prefeitura. Os dois primeiros estariam armados. “O escrivão falou na minha frente que achou que era uma briga de casal”, conta a comerciante."

Parece coisa de filme de quinta categoria, né?

sábado, 15 de maio de 2010

A Duquesa

Título original: The Duchess
Lançamento: 2008 (França/Itália/Inglaterra)
Direção: Saul Dibb
Elenco: Ralph Fiennes, Charlotte Rampling, Dominic Cooper, Hayley Atwell, Simon McBurney
Duração: 110 min
Gênero: Drama
Estúdio: Paramount Vantage, Pathé, BBC Films, BIM Distribuzione, Qwerty Films, Magnolia Mae Films, Pathé Renn Productions
Distribuidora: Paramount Vantage
Roteiro: Jeffrey Hatcher, Anders Thomas Jensen e Saul Dibb, baseado em livro de Amanda Foreman
Produção: Michael Kuhn e Gabrielle Tana
Música: Rachel Portman
Fotografia: Gyula Pados
Direção de arte: Karen Wakefield
Figurino: Michael O'Connor
Edição: Masahiro Hirakubo
Efeitos especiais: Rainmaker

Sinopse:
Georgiana Spencer casou-se aos 18 anos com o Duque de Devonshire, que queria a todo custo ter um filho. Possuindo o título de Duquesa de Devonshire, logo Georgiana demonstrou sua inteligência e perspicácia perante a corte inglesa. Entretanto ela não conseguia dar ao duque um filho, com todas as suas tentativas de ficar grávida resultando em abortos ou em filhas. Isto faz com que o relacionamento entre eles se deteriore, pouco a pouco.
Fonte: adorocinema.com

Um pouco mais sobre ela:
Seu matrimônio foi infeliz. A incapacidade temporária de Georgiana de gerar filhos foi outro problema, pois esposas aristocratas eram valorizadas tanto por sua fertilidade como por seus dotes e conexões. Foi a própria Georgiana quem apresentou o Duque de Devonshire à sua amante (que era a melhor sua amiga). Contudo, a Duquesa também cometeu adultério, que resultou no nascimento de uma filha.

Georgiana Cavendish também era famosa por sua beleza e estilo, sua campanha política e sua paixão por jogos de azar. Ela congregou à sua volta um grande círculo de figuras literárias e políticas. Participou ativamente de campanhas políticas numa época em que o o direito de voto ainda levaria um século para ser concedido às mulheres. Houve rumores de que, durante a eleição geral de 1784, a Duquesa de Devonshire trocava beijos por votos a favor de Fox.

Fonte: pt.wikipedia.org / com edição do Blog

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Fique de olho no blog

Em breve divulgaremos, aqui no blog, as informações do Curso de Defesa Pessoal para Mulheres, promovido pela Marcha Mundial das Mulheres - Pará. O curso estava previsto para todos os domingos de maio, mas, por conta de vários atropelos da vida (tipo: esquecer o dia das mães...), não pôde ocorrer ainda.

Logo, logo, também teremos nossa próxima reunião da Marcha, com local, dia e horário divulgados aqui no Mulheres em Marcha.

Por isso, fique de olho no blog!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

CMS realizou plenária em Belém

A Coordenação dos Movimentos Sociais* realizou ontem (12) sua Plenária Estadual no Pará, no Sindicato dos Urbanitários. O objetivo foi debater os temas da Assembléia Nacional dos Movimentos Sociais, que acontecerá dia 31 de maio, em São Paulo. O Governo do Estado já cedeu dois ônibus para a viagem dos paraenses à SP.

A militante da Marcha Mundial das Mulheres, Lorena Abrahão, participou da Plenária, que contou com representação de diversos movimentos e sindicatos.

A próxima reunião estadual será no dia 17/05, segunda-feira, às 15h, com a seguinte pauta: a) elaborar relação dos movimentos sociais participantes; b) aprofundar os debates dos temas nacionais; c) Listar os nomes e dados dos viajantes.

* A CMS é uma articulação de grandes movimentos sociais brasileiros, como a CUT e demais centrais sindicais, MST, UNE e MMM. O objetivo é construir pautas e ações comuns por mudanças no país, no sentido de construir a igualdade e a democracia, além de avançar na luta por direitos.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Resultado do Sorteio

Hoje é dia de revelar a ganhadora do Caderno da Marcha Mundial das Mulheres!!!!

Para garantir a lisura do processo, haha, utilizei o Programa "Sorteio Virtual Mais!"

E o número sorteado foi o número 5!!!

A ganhadora éééé......

....
....
....

Marcicléiaaaa!!!!!!


PARABÉÉÉÉNS!!!


Até o próximo sorteio!

terça-feira, 11 de maio de 2010

Rebeca Reichmann Tavares
Doutora em educação pela Universidade de Harvard e representante do Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (Unifem) no Brasil e no Cone Sul

O trabalho doméstico é uma atividade produtiva fundamental para a geração de riquezas, pois representa cerca de 4% a 10% da força de trabalho dos países em desenvolvimento. Possibilita a administração de residências e famílias, a dedicação e a permanência, especialmente das mulheres, no mundo competitivo do mercado de trabalho. A categoria é composta majoritariamente por mulheres, reunindo 93,6% de profissionais. São 15,8% da força produtiva feminina total do mercado de trabalho brasileiro, perfazendo 6,2 milhões de trabalhadoras.

A origem do trabalho doméstico na América Latina decorre do período da escravização indígena e negra, quando o trabalho braçal ganhou valoração negativa em decorrência do processo de colonização racista. No Brasil, o fim da escravização negra não significou inclusão nos postos de trabalho assalariado, reservados aos imigrantes europeus e asiáticos. Foi a atuação das mulheres negras no trabalho doméstico que assegurou o sustento das famílias negras no pós-abolição, enfrentando condições precárias de trabalho marcadas pela herança escravista e patriarcal, baixa remuneração, violação de direitos sociais e assédios sexual e moral.

A luta pela valorização da profissão do trabalho doméstico e a conquista de direitos dessas trabalhadoras é antiga no Brasil. Começou em 1936, sob a liderança de Laudelina dos Campos Melo, trabalhadora doméstica e ativista do movimento negro, com a fundação da primeira Associação de Trabalhadores Domésticos do país. De lá para cá, a organização política das trabalhadoras domésticas se consolidou por meio da criação de entidades representativas e sindicatos.

Com a Constituição Federal de 1988, a categoria assegurou importantes direitos trabalhistas, tais como férias, licença-maternidade, salário-mínimo e aposentadoria. Entretanto, os direitos trabalhistas constitucionais são parciais, devido à não obrigatoriedade do pagamento de horas extraordinárias à jornada de trabalho mínima diária, do salário família e do seguro-desemprego, além de conferir caráter facultativo ao recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. Condicionam, portanto, o atendimento às necessidades vitais básicas das trabalhadoras domésticas, grande parte responsável pela chefia de suas famílias.

Conforme dados do IBGE, em 2008, o trabalho doméstico concentra 20,1% da força de trabalho das mulheres negras e 12% de mulheres brancas, amarelas e indígenas. Já o estudo Retrato das desigualdades de gênero e raça, produzido em 2007 pela Secretaria de Políticas para as Mulheres, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada e Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (Unifem Brasil e Cone Sul), 30,5% das mulheres brancas ocupadas no trabalho doméstico tinham carteira assinada, realidade semelhante para menos de um quarto das mulheres negras.

Partindo desse quadro, a Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad) centra energia na mobilização da categoria, de setores da sociedade civil e do governo brasileiro para a formulação de proposta de emenda constitucional para isonomia de direitos trabalhistas. Ao lado da Confederação Latino-americana e Caribenha das Trabalhadoras Domésticas, a Fenatrad tem participado ativamente das articulações políticas para incidência no processo da 99ª Conferência Internacional do Trabalho, que acontecerá em julho deste ano, em Genebra.

Nesse contexto, o Unifem, por meio do Programa de Incorporação das Dimensões de Gênero, Raça e Etnia nos programas de combate à pobreza desenvolvido na Bolívia, Brasil, Guatemala e Paraguai, considera estratégico o fortalecimento da organização política das trabalhadoras domésticas, visando a sua autonomia e o exercício dos seus direitos econômicos. Prestamos assessoria técnica e financeira para incidência política da categoria em fóruns nacionais e internacionais, análise de indicadores socioeconômicos, produção de informação e campanhas em prol da regulamentação do trabalho doméstico, a exemplo da recém-lançada Respeito e dignidade para as trabalhadoras domésticas — Uma profissão como todas as outras.

Convidamos toda a população brasileira a somar esforços para que o trabalho doméstico seja elevado à condição do trabalho decente, por meio da igualdade de direitos e valorização da categoria no exercício cotidiano de suas funções, tão importantes para o desenvolvimento socioeconômico do país.

* a foto é da presidente da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad), Creuza Maria de Oliveira, no Seminário dos Trabalhadores Domésticos

Fonte: Universidade Livre Feminista

domingo, 9 de maio de 2010

Menina de Ouro

Título original: Million Dollar Baby
Gênero: Drama
Lançamento: 2004 (Estados Unidos)
Distribuidora: Europa Filmes
Duração: 137 min.
Classificação: 12 anos
Diretor: Clint Eastwood
Elenco: Clint Eastwood, Hilary Swank, Morgan Freeman

Sinopse:
Frankie Dunn é um treinador de boxe que já conquistou vários títulos. É quando aparece em sua academia Maggie Fitzgerald. O problema é que Frankie nunca aceitou ser o treinador de mulher alguma. O relacionamento de ambos vai crescendo, enquanto Maggie trabalha duro para se sustentar e ajudar sua família. Após muito esforço ela consegue com que Frankie seja seu treinador. Os dois juntos conseguem muitas vitórias, Maggie se torna uma ótima lutadora, até que um acontecimento muda definitivamente o destino dessas duas pessoas. Vencedor de 4 Oscar: Melhor Ator Coadjuvante (Morgan Freeman), Melhor Atriz (Hilary Swank), Melhor Diretor (Clint Eastwood) e Melhor Filme.
Fonte: cineplayers.com

sábado, 8 de maio de 2010

E a Rosa vence, apesar dos espinhos

Com a apuração dos votos praticamente finalizada, a nova diretoria do Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá, gestão 2010/2013, já está definida. A presidenta da CHAPA 1 – A Chapa da Unidade –, Rosalina Amorim, agradece aos bancários e bancárias que participaram da eleição. Rosalina Amorim (presidenta) e toda a Chapa 1 enfrentaram uma eleição bastante espinhosa, pois não faltaram mentiras por parte da chapa oponente. Abaixo, trecho em que ressalta a importância da luta das mulheres.

Qual a importância do Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá ter uma mulher à frente das lutas?

Rosa - Ainda que a categoria bancária seja formada por um grande número de mulheres, ainda é pequena a parcela de mulheres que chegam aos cargos de direção nos bancos. Além disso, as mulheres são as que mais sofrem com o assédio moral e sexual. Por isso, ser eleita presidenta do Sindicato, não é uma vitória pessoal, mas uma conquista de todas as mulheres bancárias. Meu compromisso é ampliar o trabalho do GT de Mulheres, que atua junto à Marcha Mundial das Mulheres, com o objetivo de envolver cada vez mais as mulheres bancárias nas discussões de gênero e, também, lutar pelo respeito às diferenças e pela igualdade de direitos e oportunidades para os homens e mulheres do Pará e Amapá.

Leia a entrevista completa.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

O prazo tá acabando...

Amanhã (dia 8) é o último dia para se inscrever no sorteio do Caderno da Marcha.


O resultado sai na segunda. O que você está esperando mesmo?

Maria Amélia Buarque de Holanda. Presente!

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Maria Amélia Buarque de Holanda, 100 anos completos, faleceu de causas naturais, 4ª feira última, no Rio de Janeiro.

Fundadora do PT e amiga do presidente Lula, Amélia era viúva do escritor e historiador Sérgio Buarque de Holanda, com ele teve sete filhos (dentre eles, Chico), 13 netos e 12 bisnetos.

Uma grande mulher, sem dúvida.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Brasil e Venezuela assinam acordo para enfrentar a violência contra as mulheres migrantes


Serão implantados dois centros de acolhimento às migrantes vítimas de violência, um em Pacaraim (RO) e o  outro em Gran Sabana, na Venezuela.

A ministra Nilcéa Freire, da Secretaria de Políticas para as Mulheres  (SPM) ,  e a vice-ministra do  Ministério do Poder Popular para a Mulher e da Igualdade de Gênero da Venezuela, Norma Romero,  assinaram,  em Brasília, um memorando de entendimento com o objetivo de constituir uma rede binacional integrada para atender às mulheres em situação de violência. O propósito do acordo é criar dois centros de acolhimento às mulheres migrantes que se encontrem em situação de violência, um em território brasileiro  na cidade de Pacaraima, em Roraima, e outro em território venezuelano, no município de Gran Sabana.

As ações dos centros  visam atender de forma humanizada as migrantes vítimas de violência. As vítimas vão passar por  quatro  etapas quando procurarem os serviços: acolhimento, identificação dos casos, orientação, acompanhamento e encaminhamento para serviços especializados. Cada país será responsável pelos investimentos necessários para implantação efetivação do centro em seu território.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Mulheres pobres são as que mais sofrem com criminalização do aborto

Tornar público um tema que para muitos ainda é um tabu foi o objetivo da CUT-PR e da Marcha Mundial das Mulheres (MMM), no evento realizado no dia 30, no Espaço Cultural dos Bancários, em Curitiba. Com o tema “Legalização do aborto: essa luta também é nossa”, militantes expuseram a questão apontando alguns números significativos para argumentos favoráveis.

De acordo com dados do Sistema Único de Saúde (SUS), por ano são realizados cerca de 1 milhão de abortos clandestinos no Brasil. Parte disso se deve ao fato de que esta ainda é uma atividade considerada crime que impede a realização do procedimento de forma segura. Em função disso, cerca de 250 mil mulheres são internadas em hospitais públicos em consequência de hemorragias e sequelas de abortos inseguros no país. Por este motivo, a questão está relacionada, antes de tudo, ao direito à saúde das mulheres brasileiras.

Uma pesquisa da Universidade de Brasília (UnB) aponta outros dados que derrubam alguns mitos. Um deles é o fato de que a maioria dos abortos ocorre com mulheres na faixa etária de 20 a 29 anos, as quais têm união estável, são católicas e já têm um filho. Ou seja, o aborto não está restrito às prostitutas ou adolescentes, por exemplo. Além do risco de vida, as mulheres que se sujeitam ao aborto clandestino ainda têm que conviver com o risco de serem presas, como ocorre em vários casos.

A secretária da Mulher Trabalhadora da CUT nacional, Rosane Silva, lembra que este sistema de criminalização penaliza ainda mais as mulheres mais pobres. Isto se deve à clandestinidade do aborto, que acaba sendo realizado em clínicas inseguras. Diferente dos casos em que se pode pagar para fazer o procedimento em locais mais bem preparados.

Para a diretora executiva da MMM Sonia Coelho “esse é um tema ainda pouco discutido pela sociedade e quando há alguma abordagem da mídia, as mulheres não são ouvidas sobre isto”.

Durante o debate, do qual também participou a vereadora professora Josete (PT), de Curitiba, e a vereadora Lirani Franco (PT), de Fazenda Rio Grande, uma das questões levantas é a ausência de homens no debate. Algumas das presentes no evento destacaram a dificuldade de conversar com o tema com seus parceiros, amigos e colegas. As diretoras do Sismuc Alessandra Claudia de Oliveira e Marcela Alves Bomfim também estiveram presentes.

Atualmente, no Brasil, o aborto é legalizado apenas para casos de estupro ou de risco para a vida da mãe. A campanha da CUT e da MMM tem por objetivo a aprovação de uma lei federal que permita o atendimento em hospitais públicos, com condições devidas, e a regulamentação do procedimento.

Fonte: CUT

terça-feira, 4 de maio de 2010

A realidade do aborto inseguro no Rio de Janeiro

Jovens com idade entre 15 e 29 anos constituem a maior parcela das mulheres que realizam o aborto inseguro no Rio de Janeiro. Este foi um dos dados revelados no dossiê: "A realidade do aborto inseguro: O impacto da ilegalidade do abortamento na saúde das mulheres e nos serviços de saúde do estado do Rio de Janeiro".

O estudo mostrou também que o aborto é a terceira causa de morte materna no estado e no país. Já nas regiões Norte e Nordeste o aborto chega a ser a primeira causa de morte materna em alguns estados.

E é para discutir as conseqüências do aborto inseguro na vida das mulheres que, nesta segunda-feira (3/5), ocorre audiência pública na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, que tratará sobre a "Saúde Reprodutiva das mulheres do Estado do Rio de Janeiro: Uma questão de Direitos Humanos". Na ocasião, o dossiê será lançado e seus resultados apresentados ao público.

"O momento é de mobilização", disse a médica sanitarista e pesquisadora do dossiê, Tizuko Shiraiwa. Segundo ela, a ideia é chamar atenção para o problema do aborto em âmbito estadual, trabalhar em favor da legalização e garantir que essa pauta continue em discussão, já que há indícios de que o assunto seja retirado do Plano Nacional de Direitos Humanos. "Entendemos que o aborto é uma decisão livre e não pode ficar atrelado à decisão da Igreja", ressaltou. "A legislação precisa avançar", opinou.

O dossiê foi elaborado pelo Grupo Curumim e pelo Ipas Brasil e integra as ações de um conjunto de estratégias, articuladas em nível nacional, através da coalizão Jornadas pelo Aborto Legal e Seguro e da Frente Nacional Contra a Criminalização das Mulheres pela Legalização do Aborto. Já foram realizadas pesquisas sobre a realidade do aborto inseguro nos estados da Bahia, Pernambuco, Mato Grosso do Sul e Paraíba.

De acordo com Tizuko, o estudo pretende contribuir para a legalização do aborto no Brasil e assim evitar óbitos de muitas mulheres. "A não legalização do aborto representa o óbito de muitas mulheres", afirmou. "A ilegalidade não promove a redução do aborto, pelo contrário. É importante ter essa discussão porque quem morre são as mulheres pobres", ressaltou.

Ela comentou que as jovens na faixa etária de 20 a 29 anos, por estarem em idade reprodutiva acabam sendo as grandes vítimas do aborto ilegal e inseguro. "Quanto mais jovem, maior a vulnerabilidade econômica e a falta de condições de criar um filho", disse. Mas ela ressaltou que, "a decisão de ter ou não um filho não é banal e envolve sempre muito sofrimento".

Um estudo realizado pelo Ipas Brasil e o Instituto de Medicina Social da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, com apoio do Ministério da Saúde, revelou que o número de abortos realizados no Brasil passa de 1 milhão por ano. Mais de 220 mil deles têm como conseqüência, entre várias complicações, infecções graves e perfurações no útero.

Fonte: Adital

Correria

Gente, o blog está com dificuldade de ser atualizado esses dias pela correria que está a vida de suas colaboradoras nesta semana. Mas, tem nada não, isso não dura mais que alguns poucos dias.

Não vamos esquecer do Show de Lia Sophia amanhã. Dê uma chegada no post abaixo que tem todas as informações.

domingo, 2 de maio de 2010

As Virgens suicidas

Titulo original: The Virgin Suicides
Lançamento:
2000 (EUA)
Direção: Sofia Coppola
Elenco: James Woods, Kathleen Turner, Kirsten Dunst, Hanna R. Hall, Chelse Swain
Duração: 97 min
Gênero: Drama
Estúdio: American Zoetrope e Muse Productions
Roteiro: Sofia Coppola, baseado em livro de Jeffrey Eugenides
Produção: Francis Ford Coppola, Julie Costanzo, Dan Halsted e Chris Hanley
Fotografia: Edward Lachman
Direção de arte: Jon P. Goulding
Figurino: Nancy Steiner
Edição: Melissa Kent e James Lyons

Sinopse:
Durante a década de 70, o filme enfoca os Lisbon, uma família saudável e próspera que vive num bairro de classe média de Michigan. O sr. Lisbon, um professor de matemática, e sua esposa, uma rigorosa religiosa, mãe de cinco atraentes adolescentes, que atraem a atenção dos rapazes da região. Porém, quando Cecília, de apenas 13 anos, comete suicídio, as relações familiares se decompõem rumo a um crescente isolamento e superproteção das demais filhas, que não podem mais ter qualquer tipo de interação social com rapazes. Mas a proibição apenas atiça ainda mais as garotas a arranjarem meios de burlar as rígidas regras de sua mãe.

Fonte: adorocinema.com

sábado, 1 de maio de 2010

Confraternização é amanhã!

Então, é amanhã. Vai ser legal rever todo mundo, ver as fotos, lembrar dos momentos marcantes da Marcha.
Todas lá!
Informações de última hora: Rafaela - 81488111 (OI) / Tati: 81196110 (TIM)