sábado, 30 de janeiro de 2010

Legalização do aborto será retirada do PNDH 3

Essa noticia é um absurdo completo! A Marcha Mundial das Mulheres -Pará não irá se calar diante deste retrocesso:
O ministro da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Paulo Vannuchi, disse hoje que o projeto que descriminaliza o aborto deve ser abandonado pelo governo e não fará mais parte do Programa Nacional de Direitos Humanos.

O ministro reconheceu que a causa é uma bandeira histórica do movimento feminista, mas disse que a legislação só pode ser alterada por meio de decreto presidencial.

"Definitivamente ficou claro que o presidente Lula não concorda com essa formulação e o assunto se encerra já por aí, pois só pode ser alterado por decreto presidencial", afirmou o ministro, que visitou a Campus Party, encontro mundial de comunidades e redes sociais da internet realizado em São Paulo.

Vannuchi afirmou que o governo deve fazer um debate sobre o assunto nas próximas semanas com a participação de representantes da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e integrantes de outras entidades civis

"Precisamos de um consenso maior", declarou. "Essa formulação não teve consenso e será corrigida." O ministro não revelou de que forma essa alteração será feita. "Pode ser que se altere apenas uma linha", disse, referindo-se ao texto do Programa Nacional de Direitos Humanos.

Preconceito
O ministro afirmou que existe atualmente "o melhor e o pior momento" dentro do governo. Segundo ele, a divulgação do conteúdo do programa ampliou o debate sobre os direitos humanos no País, o que ele considera um ponto positivo. Por outro lado, suscitou um "pensamento antidireitos humanos preconceituoso que apareceu muito fortemente".

Vannuchi disse que não reagirá no mesmo tom às críticas que recebeu nas últimas semanas, entre as quais de que seria um "psicopata ideológico, terrorista e maluco". Ele refutou ainda a tese de que o governo recuou no tema dos direitos humanos, com receio de que a polêmica atrapalhe a campanha da provável candidata petista à Presidência da República, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.

"É uma incompreensão", afirmou. "Não há nada que atrapalhe Dilma, pelo contrário. Debate sobre combate à tortura e democratização dos meios de comunicação só fortalece o processo eleitoral e os candidatos do PT."

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Mobilização garante regulamentação do Programa Empresa Cidadã

Por Rosane Silva*

As mulheres organizadas na CUT, e nos demais movimentos de mulheres, desde há muito lutam para que a maternidade seja reconhecida socialmente. Por isso reivindicam garantia e ampliação de direitos na legislação e que sejam colocadas em prática políticas públicas, tais como creche, para mulheres e homens que optam pela maternidade e a paternidade e para que, especialmente as trabalhadoras, não arquem sozinhas com as responsabilidades da reprodução do viver.

Nesse sentido, avaliamos que qualquer iniciativa que vise à ampliação da licença maternidade é uma conquista da sociedade e não apenas das mulheres, uma vez que o cuidado com os filhos e filhas deve ser responsabilidade de todos.

Por isso, são importantes iniciativas como a do presidente Lula de no dia 23 de dezembro de 2009 assinar o Decreto nº 7.052, regulamentando a Lei nº 11.770, de 9 de setembro de 2008, que criou o Programa Empresa Cidadã.

A norma regulamentando a adesão foi publicada pela Receita Federal no dia 22 de janeiro de 2010 e a partir do dia 26 de janeiro as empresar que quiserem, uma vez que é optativo, poderão fazer a adesão.

O que é a Lei nº 11.770?

É a Lei que criou o Programa Empresa Cidadã, destinado à prorrogação da licença-maternidade, por sessenta dias, no tocante a empregadas de pessoas jurídicas.

Serão beneficiadas pelo Programa Empresa Cidadã as empregadas da pessoa jurídica que aderir ao Programa, desde que requeira a prorrogação do salário-maternidade até o final do primeiro mês após o parto.

A lei aplica-se também a trabalhadoras que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança, porém por períodos diferentes: mais 60 dias, quando a criança tiver até um ano de idade; mais 30 dias, quando a criança tiver entre um e quatro anos de idade; mais 15 dias, quando a criança tiver entre quatro e oito anos de idade.

No período de licença-maternidade a criança não poderá ser mantida em creche ou organização similar.

A pessoa jurídica tributada com base no lucro real poderá deduzir do imposto devido, em cada período de apuração, o total da remuneração da empregada pago no período de prorrogação de sua licença-maternidade, isto é, o pagamento feito à trabalhadora nos dois meses extras de licença-maternidade será abatido pela empresa do imposto de renda devido.

Antes de a lei ser regulamentada diversas categorias se mobilizaram, se organizaram para garantir as conquistas estabelecidas no projeto. Entre essas categorias podemos mencionar os Bancários em nível nacional, os Petroquímicos da Bahia e os Químicos do ABC, categorias que conquistaram em Convenção Coletiva de Trabalho, acordos coletivos ou por empresa, a adesão ao Programa Empresa Cidadã, para ampliação da licença maternidade para 180 dias.

Em alguns desses acordos com empresas, trabalhadores e trabalhadoras do ramo químico (Petroquímico da Bahia e do ABC Paulista), mesmo antes de sair a regulamentação, conseguiram que as empresas aderissem ao projeto, o que convenhamos, poderia ter sido uma prática adotada também pelos banqueiros que é o setor que mais tem lucrado ao longo dos últimos anos! Sem dúvida eles não ficariam mais pobres com isso! Na verdade estariam assumindo uma responsabilidade que deveria ser assumida por todo o setor empresarial, independentemente de qualquer iniciativa ou incentivo governamental federal, estadual ou municipal.

O decreto nº 7.052 garantiu adesão ao projeto, mas foi necessário normatizar

Com esse decreto, as pessoas jurídicas podem aderir ao Programa Empresa Cidadã, a fim de assegurar a opção de ampliar a licença-maternidade. No entanto, na prática isso não ocorreu de imediato. A Receita Federal ainda não disponibilizou formulário com as normas previstas no referido Programa.

Objetivando pressionar para que essa situação fosse resolvida o mais rapidamente possível, várias iniciativas foram tomadas. De um lado, a Central Única dos Trabalhadores, por meio da Secretaria Nacional da Mulher Trabalhadora, encaminhou carta assinada conjuntamente com o Presidente da Central solicitando audiência com a Chefa da Casa Civil, Ministra Dilma Rousseff para tratar do assunto.

Também solicitou a intermediação da Gerente de Projetos Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República para apoiar nessa iniciativa.

Por outro lado, a Contraf-CUT se reuniu com o coordenador-geral de tributação da Receita Federal, Fernando Mombelli, para buscar solução para os entraves burocráticos.

Portanto, o Projeto, a Regulamentação e a Normatização foram etapas que demandaram diferentes estratégias de mobilização e organização para transformar direitos conquistados em direitos usufruídos.

É uma conquista, mas tem limites

Uma das criticas que se faz ao projeto Empresa Cidadã é que a concessão do benefício não é obrigatória. Se a empresa entender que não é vantajoso para ela, poderá se negar a prorrogar a licença por mais dois meses. É uma decisão interna da empresa. Outro aspecto é que ele é restritivo.

Das empresas que fazem parte do simples nacional, que são as beneficiárias do projeto, 70% não podem oferecer a ampliação da licença-maternidade para seis meses. Isso significa que as mulheres que realmente necessitam dessa ampliação para o bem-estar de seus filhos não serão contempladas.

Além disso, ficam de fora as trabalhadoras do setor informal, as trabalhadoras domésticas, e as trabalhadoras rurais, as quais, em muitos casos, sequer têm os direitos trabalhistas e previdenciários assegurados. De qualquer maneira foi fruto de luta e era necessário garantir

É necessário ampliar as conquistas

As servidoras públicas federais têm direito a licença-maternidade de 180 dias. Também na maioria dos estados os governos estaduais garantem esse direito às servidoras públicas, já nos municípios o acesso é reduzido. Para as funcionárias de companhias privadas, as empresas são obrigadas, constitucionalmente, a conceder a licença-maternidade por 120 dias. Nesse período, o salário é pago pelas empresas que são ressarcidas pelo INSS.

Atualmente está em debate na Câmara Federal a Proposta de Emenda a Constituição nº 30, de 2007, da Deputada Ângela Portela, que dá nova redação ao inciso XVII do art. 7º da Constituição Federal, ampliando para 180 dias a licença à gestante. É fundamental que essa PEC seja aprovada para universalizar o direito a todas as mulheres brasileiras de terem ampliada a licença maternidade para seis meses.

Mas é necessário também entrar no debate sobre a ampliação da licença paternidade. Hoje, no Brasil, temos uma licença-paternidade de 5 dias. A CUT tem sido protagonista no debate sobre a ampliação da licença-maternidade e paternidade para 1 ano, usando os mesmos critérios da licença-maternidade, como compromisso do Estado garantir o salário-paternidade 6 meses, o que é fundamental para a vida da criança. Dessa forma a criança contaria em seu primeiro ano de vida com a presença da mãe nos 6 primeiros meses pela questão da amamentação e nos outros 6 meses do pai.

Para a CUT é importante aproveitar os debates sobre a PEC-30 para avançar no debate sobre as responsabilidades compartilhadas, uma vez que para nós esse debate sobre a ampliação da licença-maternidade é parte de um conjunto de outras ações.

O Brasil é o único país da América Latina ou o único país do MERCOSUL que ainda não ratificou a Convenção nº156, da OIT.

A licença maternidade não é o único direito, nem a única luta que as mulheres organizadas em sindicatos, ramos, federação e confederações travam, mas é sem dúvida uma luta importante, e cada conquista deve ser considerada uma conquista de todos os trabalhadores, afinal, o filho não é só da mãe, e nem tampouco encargo apenas dos pais, é necessário haver responsabilidade social dos patrões e compromisso dos governos de colocar em prática de políticas públicas que apóiem as tarefas da reprodução.

Por isso, após a conquista e efetivação da Lei que cria o Programa em Empresa Cidadã é necessário manter a organização e a mobilização para que o Brasil ratifique a Convenção 156 e altere a Constituição Federal ampliando a licença maternidade/paternidade para 1 ano.

É importante reconhecer que a divisão sexual do trabalho é um dos elementos centrais para a manutenção e perpetuação da opressão das mulheres. E esse reconhecimento acontece quando são apresentadas ações e propostas concretas que visem romper com a desigualdade ente mulheres e homens.

* Rosane Silva é secretária nacional da mulher trabalhadora da CUT.
Fonte: CUT Nacional

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Olga

Titulo original: Olga
Lançamento: 2004 (Brasil)
Direção: Jayme Monjardim
Elenco: Camila Morgado, Caco Ciocler, Fernanda Montenegro, Luís Mello, Osmar Prado, Eliane Giardini, Renata Jesion, Floriano Peixoto, Milena Toscano, Anderson Müller, Murilo Rosa, Werner Schünemann, Guilherme Weber, Mariana Lima, Jandira Martini e Klaus Couto.
Duração: 141 min
Gênero: Drama
Estúdio: Globo Filmes, Nexus Cinema e Vídeo, Europa Filmes e Lumière
Distribuidora: Lumière
Roteiro e produção: Rita Buzzar, baseado em livro de Fernando Morais
Música: Marcus Vianna
Fotografia: Ricardo della Rosa
Figurino: Paulo Lois
Edição: Pedro Amorim

Sinopse
O filme conta a história de Olga Benário Prestes. Nascida em Munique, na Alemanha, em 1908, filha de pais judeus, Olga tornou-se uma ativista do comunismo. Após libertar seu namorado Otto Braun da cadeia, eles são forçados a fugir para a União Soviética, onde recebem treinamento de guerrilha. Olga logo se destaca no Partido Comunista, onde conhece Luís Carlos Prestes, que viria a se tornar um dos principais líderes comunistas do Brasil. Em 1934, quando Prestes volta ao Brasil, designado pela Internacional Comunista para liderar uma revolução armada, Olga é designada para escoltá-lo. Passam a viver na clandestinidade enquanto planejam a derrubada do governo de Getúlio Vargas. Durante este período, a relação amorosa entre Prestes e Olga amadurece e ela fica grávida em 1935.
Quando o movimento revolucionário é derrotado pelas forças de Vargas, Olga e Prestes são presos pelo duro chefe de polícia Filinto Müller. Diante de rumores de que seria deportada, Olga divulga sua gravidez e solicita asilo político por ser casada e estar grávida de Prestes. O governo Vargas, que neste momento simpatizava com a ditadura de Adolf Hitler, deporta Olga, mesmo grávida de sete meses. Na prisão alemã, dá à luz uma filha que batiza de Anita Leocádia, em homenagem a D. Leocádia, mãe de Prestes. Após o período de amamentação, a menina foi retirada de Olga e entregue à D. Leocádia. Após anos de prisão em campos de concentração, durante os quais a opinião pública internacional fez inúmeras tentativas de libertá-la, Olga é morta na câmara de gás. Somente anos depois, Prestes e sua filha leriam a última carta de Olga, onde faz uma comovente despedida.
Fontes: adorocinema.com.br / olgaofilme.com.br

Amazônia Jornal divulga nossas ações

Vítima de PM terá ajuda do governo

Amazônia Jornal, Edição de 28/01/2010

Depois do caso da jovem Renata Modesto Ferreira, 23, espancada e baleada por um cabo da cavalaria da PM e que continua internada - paraplégica - no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), o movimento Marcha Mundial das Mulheres - Comitê Pará vai prestar assistência material e jurídica à vítima.

Ontem, integrantes do movimento visitaram a jovem no Hospital Metropolitano. Ainda na tarde de ontem, o grupo foi até a Defensoria Pública do Estado. O objetivo da visita foi acompanhar o processo jurídico e a nomeação do defensor público que atuará no caso de Renata.

A titular da Sedes, Eutália Barbosa Rodrigues, em reunião realizada com integrantes da Marcha das Mulheres, garantiu que a secretaria vai oferecer assistência a Renata Modesto assim que ela receber alta, informa Tatiana Oliveira, integrante do movimento.

A secretária também se comprometeu a oficiar à Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) um pedido de proteção à moça. 'Ela se sente ameaçada, porque o PM rondava o Hospital Metropolitano', justifica Tatiana.

Novidades contra a violência

Como falamos no post anterior, tivemos uma audiência dia 27/01, com a Secretária de Estado de Assistência e Desenvolvimento Social, Eutália Barbosa Rodrigues, sobre o Caso Renata. Na oportunidade, a Marcha Mundial das Mulheres -Pará foi representada pela jovem Carol Bernardo.

A intenção desta agenda era garantir que Renata tivesse toda a assistência médica e psicológica necessária, solicitar a inclusão de Renata em algum programa de proteção à vitima/testemunha, além de saber que órgão do Governo faria o monitoramento da questão. As respostas foram as seguintes:

- A própria Governadora havia telefonado à Secretária pedindo que acompanhasse o caso de perto, envolvendo as secretarias e órgãos governamentais necessários;
- A partir disso, a SEDES foi ao Hospital Metropolitano para acompanhar o caso e observou que os cuidados devidos estavam sendo oferecidos;
- Caberá a SEDES oferecer retaguarda assistencial após a saída de Renata do Hospital, sobretudo considerando o quadro de suas capacidades de locomoção;
- A Secretária, durante a audiência, entrou em contato telefônico com o Sr. Fábio de Melo Figueiras, Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos - SEJUDH, que se comprometeu um grupo para acompanhar o Caso.

Defensoria - no mesmo dia, entramos em contato com a Defensoria Pública para saber se algum defensor iria acompanhar o caso. A informação que tivemos é de que a Defensoria só intervirá na questão caso o Ministério Público Estadual se omita, pois a titularidade da Ação seria do MPE.

Novos passos - por limitações nas visitas hospitalares à Renata, estamos tendo dificuldade em entrar em contato com a mesma. Mas vamos conseguir e reapassar novas informações pelo Blog. Vamos tentar uma audiência com a SEJUDH também.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Audiência sobre Caso Renata

A Marcha Mundial das Mulheres - Pará teve uma audiência hoje (27), às 15h, com a Secretária de Estado de Assistência e Desenvolvimento Social - SEDES, Eutália Barbosa Rodrigues, sobre o caso da jovem Renata Modesto.

Pela avaliação de Carol Bernardo, integrante da MMM que participou da reunião, o resultado foi positivo.

Em breve, publicamos tudo aqui, tim-tim, por tim-tim.

Jefferson é preso

A Justiça decretou, ontem (26), a prisão preventiva do cabo PM Jefferson Lobato Santos, que assediou, agrediu e atirou pelas costas a jovem de 23 anos, Renata Modesto Ferreira. A vítima corre o risco de ficar paraplégica. A decisão é do juiz Pedro Sotero, 1ª vara de inquéritos policiais.

Atingida por dois tiros, está internada no Hospital Metropolitano. A jovem já fez duas cirurgias, sendo uma no rosto, porque o PM também a atingiu com um soco.

O PM confessou ter atirado na jovem e responderá por tentativa de homicídio, cuja pena é de 6 a 20 anos de reclusão, diminuída de um a dois terços já que não foi consumado, e, por ter confessado o crime, ainda pode ter mais um atenuante.

A Marcha Mundial das Mulheres denuncia a violência contra as mulheres, não como evento provocado pela bebedeira ou um momento de loucura, mas como expressão do controle sobre o corpo e a vida das mulheres, sempre forçando as mulheres a atos que elas não querem. O machismo na sua expressão mais brutal.

Leia aqui a Nota de Repúdio que divulgamos sobre o Caso Renata.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Bancários solidários

O Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá publicou em seu Portal nossa Nota de Repúdio.
bancariospa.org.br

Aproveitamos para fazer três registros:
  • As bancárias se organizam no GT de Mulheres, ligado à MMM e já organizaram diversos debates na categoria;
  • O Sindicato é um super parceiro, pois sempre realizamos nossas reuniões e atividades em sua sede;
  • Acabamos de corrigir uma falha e incluimos sua página no "Notícias Amigas".

Reunião proveitosa

Foto: Érica Fabíola

Nossa reunião de sexta foi muito proveitosa. Tiramos a "Nota de Repúdio à Violência Sexista" e outras ações para o Caso Renata, debatemos nossas atividades políticas e financeiras para a Ação de 2010 da MMM, além de decidir por realizar um Curso de Defesa Pessoal para Mulheres. Tudo amarradinho, com data e comissões para cada tarefa.

Olhe a sessão "Agende-se" na lateral e verifique um pouco da nossa megalomania feminista.

Castelo de Luz

Atualizado às 18:35h

Ainda falta incluir colaboradores, mas este é o Flyer do Show "Castelo de Luz" de Lia Sophia, que será dia 11/02, numa quinta-feira. Clique na imagem para ver melhor!

Já contamos com o apoio da Secult - Governo do Estado e da Ná Figueredo (onde haverá ingressos a venda, muito em breve).

O objetivo da atividade é viabilizar nossa delegação à Campinas, para marchar 10 dias até chegarmos em São Paulo. Motivos não faltam às mulheres para protestar, não é mesmo?

Em breve divulgaremos versão definitiva do Flyer, mas vai logo espalhando a notícia!

União pelo fim da violência

Encontramos mais uma demonstração de apoio na Web. O Blog da União Nacional por Moradia Popular - Pará, publicou nossa Nota de Repúdio à violência praticada pelo PM Jeferson. Veja aí.

uniaopa.blogspot.com

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Brechó 4. Novas participantes!

O Brechó 4 atraiu novas adeptas! Participaram pela primeira vez: Lorena, Mariah, Rosalina e Stefanie. Além delas, bateram o cartão (com pontualidade admirável): Bebel, Carol, Rafa e Tati.

As vendas no domingo foram prejudicadas pela chuva que caiu lá pelas 10:30h, maaaas, graças a Bebel e Romana, rolou um pré-Brechó 4 na casa delas no sábado, o que fez com que a arrecadação se mantivesse na média. Ah, elas também providenciaram uma faixa. Que boa idéia, não?

Comentário: olha o sorriso da turma! Só com auto-gestão, companheirismo e muito feminismo dá pra encarar de bom humor uma tarefa dessas, em nubladas 7h da manhã de domingo!

Registrando: Ricardo deu uma mão no transporte dos objetos. Valeu!

Como uma onda

Seguem as manifestações contra a violência sofrida por Renata. Desta vez, postaram a Nota de Repúdio da MMM, o Vice-presidente da União Nacional dos Estudantes, Tiago Ventura, e o advogado Ricardo Melo. Confira nos seus repectivos Blogs.
tiagoventura.wordpress.com
direitospratodos.blogspot.com

Governadora se posiciona sobre o Caso Renata

Sob o Título "Toda violência será combatida", a Governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, afirma no seu Blog:

"É determinação do meu governo que se apure tudo e ele seja responsabilizado por seus atos. Inclusive, já foi solicitada à justiça a prisão preventiva do cabo Jeferson Souza." Confira a íntegra da postagem aqui.

Da nossa parte, vamos seguir fiscalizando este caso. Acompanhe nossas ações pelo Blog.

Repercussão continua

A Nota da Marcha Mundial das Mulheres - Pará sobre o caso Renata Modesto Ferreira segue repercutindo na Web, além do Blog Portal Troppos, veja a lista solidária que publicou nossa indignação:
wirna.wordpress.com
carolinebernardo.blogspot.com
paraense.com

Recebemos também, por e-mail, a manisfestação do Reverendo Fernando Ponçadilha em concordância com nossa causa. Obrigada!

Mulheres cutistas constroem Ação de 2010 da Marcha

A Secretaria Estadual de Mulheres Trabalhadoras da CUT/PA - que tem a sua frente a companheira Ray Barreto - e a presidência da entidade, convocaram representantes sindicais a participarem de reunião, no dia 26/01 (terça-feira), a partir das 17h, no Auditório do SINTRITUR-PA (Rua Cipriano Santos, nº 139 – Altos São Braz – entre: Trav. Nina Ribeiro e 1ª de Queluz).

Na pauta:
  1. Marcha Mundial de Mulheres
  2. 08 de março – Dia Internacional das Mulheres
  3. Ações 2010
Hoje de manhã tivemos um bate papo com a Vice-presidente da Fetragri no Pará, Elci, que expressou o compromisso nacional da Contag na construção da 3ª Ação Internacional da MMM, na qual militantes do país inteiro participarão, marchando por 10 dias.

Solidariedade à Renata

A Nota de Repúdio da Marcha Mundial das Mulheres - Pará repercute por aí através de e-mail, mas também nos blogs. Veja aqui.

Além disso, recebemos duas manifestações de solidariedade por e-mail, de grandes companheiros de luta. A primeira é do Wladimir, militante do combate ao racismo; a segunda mensagem foi enviada por Jim Marcelo, militante sindical dos Correios. Fazemos questão de publicar.

"Minhas amigas,

Acredito que um documento público deve ser entregue ao comandante da Polícia Militar, para que este tome providências de expulsar de forma sumária este bandido fardado e, tenham certeza que este não é o único crime deste monstro contra mulheres, mais casos aparecerão.

O TJE, MP, OAB e outras instituições devem se manifestar com o rigor necessário, pois, mesmo que esta moça fosse uma ladra, uma prostituta, uma assassina, uma usuária de drogas, qualquer coisa que nossa sociedade proibisse ou negasse, este policial não tinha o direito de torturá-la, maltratá-la, abusá-la. Tinha somente que imobilizá-la e entregar a prisioneira à polícia judiciária (civil).

Não se enganem! Este tipo de policial tem a costa quente, pois, são eles que fazem os serviços sujos dentro da PM para alguns oficiais da mesma linha. Não fiquem impressionadas se ele for aposentado como louco, é uma das saídas clássicas da PM brasileira.

Do amigo Wladi."

"Nós do MRL - Movimento de Resistencia e Luta, organização de trabalhadores que militam no movimento sindical nos Correios em todo território nacional, nos solidarizamos com a dor e o sofrimento da jovem Renata Modesto Ferreira, de sua família, amigos e todas as mulheres que diariamente sofrem esse tipo de situação no Brasil e no mundo. Esperamos que a impunidade não premie o agressor desta vez e em nenhum caso dessa natureza.

Estaremos todos em corrente positiva pelo restabelecimento da saúde dessa jovem.

Solidariamente,
MRL Nacional"

domingo, 24 de janeiro de 2010

Amanhã compensamos

Domingão quase sem postagens (somente esta...), mas amanhã a gente compensa, não sei que horas, mas vamos postar:
  • Foto e encaminhamentos da reunião de sexta (já dá pra saber um pouco pela sessão "agende-se");
  • Foto e relato do Brechó 4;
  • Flyer virtual do Show da Lia Sophia, dia 11/02 (ingressos disponíveis a partir de terça, a R$ 15, com direito a meia-entrada);
  • Novidades sobre o caso Renata (já entramos em contato com o Hospital e com a Defensoria Pública).
  • Ufa!

Parecia pelo Blog que estavamos paradas, né? Nunca! Somos mulheres em marcha!

sábado, 23 de janeiro de 2010

A Marcha no Fórum Social Mundial, Porto Alegre 10 anos

A Marcha Mundial das Mulheres (MMM) está presente no Fórum Social Mundial (FSM) desde o início de seu processo de organização. Neste espaço, estabelecemos alianças com outros movimentos sociais em torno de temas comuns.

Nas diferentes edições do Fórum, a MMM tem organizado debates e ações, assim como assembleias de mulheres, Acampamentos da Juventude e a Assembleia dos Movimentos Sociais. Assim, ampliamos nossa visibilidade e nossa presença em muitos países e regiões do mundo.

Confira a programação da MMM no FSM 2010:

Santa Maria
22, 23 e 24/o1, 1º Fórum Social e 1ª Feira Mundial de Economia Solidária
24/01, às 10:30h, Oficina “Financiamento direto aos EES na consolidação da economia solidária: da experiênciada Agricultura Familiar aos empreendimentos solidários rurais e urbanos”. Debatedores: Elvino Bohn Gass - Dep. Est. PT/RS, Neneide Viana – Coord. Oeste de Trab. Rurais/RN, Rede Xique-Xique/RN e MMM.

Bento Gonçalves
22, 23 e 24/01, 1º Forum Social da Serra e 1ª Feira Regional de Economia Solidária da Serra Gaúcha.
23/01, às 13:30h, Cláudia Prates falará sobre a Ação Internacional de 2010 da MMM.

Gravataí
27/01, 15h, Plenária da MMM. Com a presença de Wilhelmina Troutdo (África do Sul), pelo Comitê Internacional da Marcha, além de 4 companheiras de Moçambique.
27/01, 22h, Festa Feminista.

Grande Porto Alegre
25/01, 13h, Marcha de Abertura do FSM
26/01, Seminário Dez anos depois: Desafios e propostas para um outro mundo. Participação de Nalu Farias, da MMM.
28/01, 14h, Forum Social Mulher
29/01, 9h, Assembléia dos Movimentos Sociais e encerramento do FSM.
29/01, 9h, Debate: Visibilizando e fortalecendo a conexão entre as iniciativas de resistência e Reforma Urbana. Participação: Amigos da Terra, Fórum Social de Arquitetura, Quilombo do Sopapo, MMM, Mov. Nac. pela Reforma Urbana e outros.
29/01, 19h, Assembléia Popular: Outra Campanha, na busca por caminhos alternativos ao delírio desenvolvimentista e à reprodução do capitalismo.

ACAMPAMENTO DA JUVENTUDE - AIJ
As jovens feministas estão organizando várias atividades, dentre elas uma sobre mercantilização e sexualidade, mulheres e revolução, e mulheres e trabalho.
Atenção: 26/01, 11:30h, Oficina "A Marcha Mundial das Mulheres e a Ação 2010". Ao final, ensaio da Batucada da MMM.

A Batucada Feminista estará presente na abertura, no AIJ, em Gravataí e no encerramento do FSM.

Em Nome de Deus

Titulo original: The Magdalene Sisters
Lançamento: 2002 (Inglaterra)
Elenco: Geraldine McEwan, Anne-Marie Duff, Dorothy Duffy, Nora-Jane Noone e EileenWalsh.
Direção e roteiro: Peter Mullan
Duração: 119 min
Gênero: Drama
Distribuidora: Europa Filmes
Produção: Frances Higson
Música: Craig Armstrong
Fotografia: Nigel Willoughby
Direção de arte: Caroline Grebbell e Jean Kerr
Figurino: Trisha Biggar
Edição: Colin Monie
Efeitos especiais: Emergency House Special Effects

Sinopse:
Para os Lares Madalena, da Igreja Católica, na Irlanda, jovens mulheres eram mandadas por suas famílias para o confinamento e o trabalho na lavagem de roupa, onde poderiam pagar pelos seus pecados. Os pecados variavam entre ser mãe solteira, ser bonita ou feia demais, retardada mentalmente, ignorantes ou inteligentes, ou vítimas de estupro. Elas trabalhavam 365 dias por ano, sem remuneração. Eram mal alimentadas, surradas, humilhadas, estupradas, e seus filhos levados à força. Milhares de mulheres viveram e morreram nesses Lares. O último Asilo Madalena na Irlanda foi fechado em 1996.

Nos anos 60, tidos como uma época de incontestada liberação feminina, essas jovens mulheres encontram-se em um pesadelo quase medieval, enquanto o mundo exterior, silenciosamente, apoia o estado teocrático. O filme se desenvolve um ambiente controlado e dominado por mulheres celibatárias, servas de Deus, noivas de Cristo. Como as meninas podem alcançar a liberdade?

Fontes: adorocinema.com.br / cinepop.com.br / com edição do Blog Mulheres em Marcha

Nota de Repúdio ao caso da jovem baleada por PM


Nota de Repúdio

A Marcha Mundial das Mulheres – Pará vem a público manifestar seu total repúdio à violência sexista contra Renata Modesto Ferreira, de 23 anos, que foi agredida com um soco no rosto e baleada pelas costas pelo Policial Militar Jeferson Lobato Santos, após ter sido assediada pelo policial.

A jovem Renata hoje corre sérios riscos de ficar paraplégica, pelo simples motivo de que não gostou da atitude do policial, que “mexeu com ela na rua” e respondeu a ele. O Policial está respondendo o processo em liberdade.

Praticamente todos os dias são noticiados nos veículos de mídia crimes cometidos contra as mulheres. O que não se diz nos jornais é o real motivo desses crimes.

Não é novidade que a violência contra mulher está presente em nosso cotidiano. Atualmente, segundo dados da Fundação Perseu Abramo, a cada 15 segundos uma mulher é agredida no Brasil. A violência sexista é usada como uma ferramenta de controle da vida, corpo e sexualidade das mulheres por homens, grupos de homens, instituições patriarcais e Estados.

Apesar de ser mais comum na esfera privada, como violência doméstica - seja esta sexual, física, psicológica ou abuso sexual – a violência contra as mulheres e meninas ocorre também na esfera pública, que entre outros inclui: feminicidio, assédio sexual e físico no lugar de trabalho.

O machismo estruturado na sociedade nos oprime e nos acorrenta. O silêncio, a discriminação, a impunidade, a dependência das mulheres em relação aos homens e as justificações teóricas e psicológicas toleram e agravam a violência para as mulheres.

Nós da Marcha Mundial das Mulheres organizadas pelo fim do machismo na sociedade, não toleramos nenhum tipo de violência contra a mulher e denunciamos a violência sexista praticada pelo Policial Militar Jéferson Lobato Santos.

Nos solidarizamos com a jovem Renata Ferreira e com todas as mulheres que sofrem com a violência sexista. Não calaremos até que todos os culpados sejam punidos!

Comitê Estadual da
Marcha Mundial das Mulheres - Pará

Para saber mais clique aqui !

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Violência não!

Na imprensa paraense, temos visto muitos casos de violência contra as mulheres nos últimos dias. Não podemos e não ficaremos caladas. Vamos nos posicionar firmemente.

Isso é pauta da reunião da Marcha logo mais.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Mudança de planos

Em virtude da proximidade do Show de Lia Sophia e da própria Ação de 2010 (março tá chegando...), faremos uma reunião da Marcha Mundial das Mulheres amanhã, sexta (22/01), às 17h, no Sindicato dos Bancários (Rua 28 de setembro, 1210). Na pauta, estão nossas atividades políticas e financeiras no Pará, além da adesão às comissões nacionais (segurança, alimentação, formação, etc.)

Além disso, o Brechó 4 será dia 23 ou 24/01, neste sábado ou domingo, provavelmente na Feira do Tapanã, às 7h (vamos decidir tudinho na reunião, tá?). O dia 31/01 acabou ficando inviável por conta de outras agendas.

Estão todas convidadas a participar e ajudar na mobilização!

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Aborto e direitos humanos

Artigo de Débora Diniz* publicado no Jornal Correio Brasiliense.

A descriminalização do aborto é questão na agenda política da Secretaria de Direitos Humanos no Brasil. A recomendação do recém-lançado 3º Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH) é de que o Legislativo descriminalize o aborto modificando o Código Penal. Há muito tempo o Ministério da Saúde e a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres defendem a tese de que a descriminalização do aborto é uma necessidade de saúde e de proteção aos direitos das mulheres. Sendo assim, o que há de novo nesse reconhecimento de que a descriminalização do aborto deve ser uma ação prioritária de direitos humanos pelo Estado brasileiro? Certamente a recomendação do PNDH não é um simples ato retórico, em particular pelos riscos políticos que o tema provoca em um ano de eleições.

Os direitos humanos fazem parte de um acordo entre as nações. Como resultado de um ato racional de escolha, optamos por viver em sociedades que os respeitam em detrimento dos regimes totalitários ou ditatoriais. Ações básicas de nossa vida social, como o direito de ir e vir e a liberdade de expressão ou de pensamento, traduzidos em atos coloquiais, como ter o direito de frequentar uma comunidade religiosa, estão sob a proteção da cultura dos direitos humanos. Uma nação que assume o marco dos direitos humanos como ponto de partida para o funcionamento de suas instituições básicas é aquela que reconhece nas liberdades fundamentais, em particular no direito à vida, na liberdade e na dignidade, os princípios éticos para o gerenciamento de seus atos e políticas.

Descriminalizar o aborto é uma ação de direitos humanos exatamente por proteger as liberdades fundamentais das mulheres: direito à vida, em razão dos riscos envolvidos no aborto realizado em condições inseguras; direito à liberdade por reconhecer o caráter soberano das escolhas individuais em matéria de ética privada; direito à dignidade, pois somente uma vida com liberdade e segurança pode ser qualificada como digna. No entanto, se afirmar positivamente a descriminalização do aborto como uma medida de direitos humanos pode ainda soar estranho para aqueles que o entendem como uma ameaça religiosa ou como uma violação de direitos potenciais do feto, talvez seja mais simples demonstrar o quanto a criminalização do aborto é um ato de tratamento cruel e inumano do Estado contra as mulheres.

Um Estado que se sustenta na cultura dos direitos humanos não age cruelmente contra metade de sua população, caso se considere que o aborto é um tema exclusivamente das mulheres, o que seria tão absurdo quanto sustentar que o racismo diz respeito apenas às minorias raciais. A crueldade está em punir as mulheres pelos corpos que habitam, em proibi-las de ter acesso às medidas sanitárias que protegem suas necessidades de saúde, em ignorar suas preferências individuais sobre como conduzir suas vidas. Um ato é cruel quando impõe sofrimentos físicos ou mentais, com o objetivo de castigar por algum ato cometido. No caso da criminalização do aborto, o castigo é ao sexo, expresso no corpo da mulher pela gravidez não planejada, mas que deve ser alvo permanente do controle por valores patriarcais.

Mas é possível analisar ainda mais delicadamente o tema da criminalização do aborto como uma violação de um dos direitos mais básicos da vida digna o direito a estar livre de tortura. O Supremo Tribunal Federal irá decidir em breve se as mulheres grávidas de fetos com anencefalia podem ou não antecipar o parto. A anencefalia é uma má-formação fetal incompatível com a sobrevida do feto fora do útero. A ação de anencefalia foi proposta em 2004 e é um pedido de proteção das mulheres ao Estado: elas querem o direito de abreviar o luto pelo feto que não sobreviverá ao parto. No entanto, as mulheres ainda são obrigadas a se manter grávidas, mesmo sabendo que em breve enterrarão o filho. Não tenho dúvidas de que o dever da gestação nestes casos deve ser classificado como um ato de tortura do Estado contra as mulheres.

É nesse marco político que deve ser entendida a recomendação do PNDH. A descriminalização do aborto não é um ato de afronta religiosa, mas de proteção às liberdades individuais. É um reconhecimento público de que o Estado brasileiro não age cruelmente face às necessidades de saúde das mulheres. É uma afirmação de que vida digna para as mulheres em idade reprodutiva significa conceder-lhes a soberania do direito de escolha. Não deve haver punição nem castigo para as mulheres que abortam. Assim como milhões de outras mulheres, as mulheres brasileiras querem viver em um país que reconhece a descriminalização do aborto como uma medida de proteção aos direitos fundamentais.

*Professora da UnB e pesquisadora do Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero (Anis)

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Show com Lia Sophia confirmado!

Está confirmadíssimo o Show com a cantora Lia Sophia, dia 11 de fevereiro, no Teatro Marguarida Schivasappa (Centur). A renda dos ingressos será revertida para a delegação de mulheres paraenses que vai participar da 3ª Ação Internacional Marcha Mundial das Mulheres, de 8 a 18 de março de 2010, numa caminhada de Campinas à São Paulo.

O repertório do Show será do CD Castelo de Luz, lançado em 2008. Trabalho moderno, ousado, onde a artista revela todas as suas facetas artísticas, cantando, compondo, tocando, arranjando e co-produzindo. Com 13 faixas autorais inéditas, Castelo de Luz consolida a vertente compositora da artista. “Em um universo de trinta músicas compostas por mim para este novo trabalho, o difícil foi definir as músicas que comporiam o CD”.

Saiba mais sobre Lia Sophia! Visite liasophia.com.br

Em defesa do PNDH 3

Nós, entidades de Direitos Humanos do Estado do Pará, abaixo assinadas, vimos através desta manifestar irrefutável apoio ao Programa Nacional de Direitos Humanos 3 (PNDH 3) por refletir aspirações profundas da sociedade brasileira.

A construção desta agenda está fundamentada na Convenção de Direitos Humanos de Viena das Nações Unidas de 1993, que implementa a concepção contemporânea de direitos humanos como indivisibilidade, interdependência e universalidade, bem como recomenda aos Estados Nacionais que adotem planos e programas de direitos humanos.

O PNDH 3 é resultado de um amplo processo de discussão em todos os estados, com a participação da sociedade civil e poder público. Temas como os direitos sexuais e reprodutivos da mulher, direitos dos homossexuais, da memória e da verdade, meio ambiente e reforma agrária são reflexos de reivindicações históricas da sociedade brasileira e fundamentais para a consolidação da nossa jovem democracia.

As manifestações contrárias ao PNDH 3 reafirmam velhos preconceitos e procuram desinformar para confundir a consciência nacional. Conservadores de todas as estirpes, do latifúndio aos oligarcas da mídia, dos torturadores da ditadura militar até a ala mais atrasada da Igreja repudiam a legitimidade de várias conquistas e avanços presentes no PNDH 3. O conteúdo de tais manifestações está ligada aos interesses dos beneficiários da grande exclusão social brasileira e dos legítimos representantes de nosso passado escravocrata.

A defesa do PNDH 3 e a sua efetivação é uma necessidade histórica para livrar o Brasil de suas grandes deformações e desigualdades e assegurar a elevação da construção democrática, aspecto decisivo para o progresso social do povo brasileiro.

Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos - SDDH
Movimento Nacional de Direitos Humanos – MNDH
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra - MST
Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil- Seção Pará – CDH-OAB/PA
Instituto Paulo Fonteles
Movimento de Mulheres Campo e Cidade – MMCC
Igreja Evangélica de Confissão Luterana
Comitê Inter-religioso
SóDireitos

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Disque Denúncia

Este é o número nacional para denúncias de violência contra as mulheres. As ligações podem ser feitas de qualquer lugar, a qualquer hora.

Num país em que a cada 15 segundos uma mulher é agredida*, vale a pena divulgar, né?

*Dados da Fundação Perseu Abramo (2001)

Tráfico Humano

Titulo Original: Human Trafficking
Gênero: drama
Duração: 176 min
Lançamento: EUA/Canadá (2005)
Elenco: Mira Sorvino, Donald Sutherland, Rémy Girard, Isabelle Blais, Laurence Leboeuf e Vlasta Vrana
Direção: Christian Duguay
Distribuição: Alpha Filmes

Sinopse:
Centenas de milhares de jovens mulheres desapareceram, forçadas pela violência a uma vida infernal na indústria moderna da escravidão: o submundo do tráfico humano. Enquanto uma jovem de 16 anos da Ucrânia, uma mãe solteira da Rússia, uma orfã de 17 anos da Romênia e uma turista adolescente de 12 anos se tornam vítimas de traficantes internacionais, um time especializado de agentes federais luta para expor a rede mundial que as escravisou. A agente Kate Morozov conhece os horrores da exploração sexual de perto e dedicada a desmantelar a rede e trazer os culpados para a Justiça. Tráfico Humano é ao mesmo tempo um thriller envolvente, um aviso e uma das mais importantes histórias do nosso tempo.

Comentário nosso: o filme possui cenas muito fortes, exige estômago. Ótimo pra quem quer entender as diversas formas utilizadas para arregimentar mulheres para exploração sexual, cujo maior mercado é os Estados Unidos.

Fontes: cineminha.uol.com.br / interfilmes.com / com edição do Blog Mulheres em Marcha

domingo, 17 de janeiro de 2010

Jornal da Ação de 2010

São muitas coisas para nos lembrarmos de disponiblizar no blog para vocês! Agora é a vez do Jornal da Ação de 2010.

O jornal traz no seu conteúdo tudo sobre a Ação de 2010, além dos eixos que já postamos aqui para vocês. Dá um conferida, é muito legal e muito bonito tambem!

O Jornal vai ficar na nossa barra lateral, então assim que voce tiver um tempinho pode abrir ele e ler tudinho!

Sem photoshop

A mulher da foto é Lizzie Miller. Tem 20 anos e é modelo profissional. Essa foi a foto enviada por ela para uma reportagem sobre auto imagem na última edição da revista americana Glamour. Sua barriga saliente, fora do padrão de beleza (embora ela ainda seja loira, alta e branca...), provocou milhares de cartas e e-mails das leitoras à revista, aliviadas pelo reconhecimento de um corpo real.

Atualmente, milhares de mulheres (sobretudo as jovens) no mundo todo sofrem de distúrbios alimentares - como anorexia e bulimia -, causados pela busca de uma padrão que seja considerado belo, perfeito. Na verdade, elas só querem ser aceitas pela sociedade. Muitas morrem, outras são internadas por desenvolverem sérios problemas de saúde (como medir 1,80m e pesar um pouco mais do que 48 quilos?!).

As propagandas de cosméticos, carros, refrigerantes, cervejas, etc. etc. etc. que nos bombardeiam diariamente são instrumentos poderosos de estímulo ao consumo, pois o mercado vende a ideia de que comprando o produto X você vai ficar parecido ou viver como fulana. E isso vende... Vende de tudo e vende muito. E é por isso que o seguimento midiático resiste tanto a qualquer tentativa de regulamentação.

Quanto a Lizzie, obrigada por abrir mão do photoshop!

O Sorriso de Mona Lisa

Título original: Mona Lisa Smile
Lançamento: 2003 (EUA)
Direção: Mike Newell
Elenco: Julia Roberts, Kirsten Dunst, Julia Stiles, Maggie Gyllenhaal,
Marcia Gay Harden, John Slattery, Juliet Stevenson, Dominic West, Ginnifer Goodwin.
Duração: 125 min
Gênero: Drama
Estúdio: Columbia Pictures Corporation, Revolution Studios e Red Om Films
Distribuidora: Columbia Pictures e Sony Pictures Entertainment
Roteiro: Lawrence Konner e Mark Rosenthal
Produção: Elaine Goldsmith-Thomas, Paul Schiff e Deborah Schindler
Música: Rachel Portman
Fotografia: Anastas N. Michos
Direção de arte: Patricia Woodbridge
Figurino: Michael Dennison, Carmen Hawk e Milla Jovovich
Edição: Mick Audsley

Sinopse:
Katharine Watson é uma recém-graduada professora que consegue emprego no conceituado colégio Wellesley, para lecionar aulas de História da Arte. Incomodada com o conservadorismo da sociedade e do próprio colégio em que trabalha, Katharine decide lutar contra estas normas e acaba inspirando suas alunas a enfrentarem os desafios da vida.
Fonte: adorocinema.com.br
Mais infos:
Alguns especialistas chegaram a comparar “O Sorriso de Mona Lisa” ao vibrante e inspirador “Sociedade dos Poetas Mortos”, pela atmosfera dos anos 1950 e pelo ambiente fechado de uma faculdade para moças (“Sociedade” tem como pano de fundo uma escola de Ensino Médio, exclusiva para garotos).

A jovem professora de história da arte vivida por Roberts é, entretanto, muito mais que uma profissional em busca de renovação em seu trabalho pedagógico, ela é o protótipo de mulher moderna, livre, desimpedida e que quer quebrar as barreiras do mundo machista em que vive.

Julia encarna um feminismo antecipado em alguns anos. É uma mulher que está além de seu tempo e que não se conforma com o fato de suas alunas irem a faculdade para estudar somente para se tornarem futuras esposas dedicadas a transformar a vida de seus maridos numa existência confortável.

Resumo nosso do artigo "O Sorriso de Mona Lisa, Pela emancipação feminina", de João Luís de Almeida Machado, editor do Portal Planeta Educação, Doutor em Educação pela PUC-SP. Veja na íntegra aqui.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Música da Marcha!!!

Caramba! Como não pensamos nisso antes?!

Abaixo a letra da Música da MMM, de autoria de Karem Young e Janet Lumb. A versão brasileira é Grupo de Teatro "Loucas de Pedra Lilás" (http://www.loucas.org.br/) e o arranjo é de Virginia Cavalcanti.

A letra vai ficar disponível, desde já, do lado direito do Blog e estamos batalhando uma forma de colocar o som pra galera saber como canta.

Música da Marcha Mundial das Mulheres

Kapire, mosamam, mam, Kapire,
El ham mosamam el ham
Kapire, mosamam, mam, Kapire,
El ham mosamam el ham (bis)

Mulheres querem um mundo mais justo
Prós filhotes crescer sem susto.
Mulheres querem um mundo de paz
Sem elite e sem capataz.

Amigas, vamos marchar
Chega de fome, pobreza e violência
Amigas, vamos marchar
Cantando pro mundo a nossa irreverência
É terra, para gozar
Maternidade e aborto seguros
É vida pra navegar
E saber eleger
Quem respeite a quem aqui está
Vamos!!!

Kapire = Compreender em Italiano
Mosamam = Determinação em Persa
El Ham = Inspiração em Árabe

Nota de apoio da ABGLT ao PNDH 3

A Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – é uma entidade de abrangência nacional que congrega 220 organizações congêneres e tem como objetivo a defesa e promoção da cidadania desses segmentos da população. A ABGLT também é atuante internacionalmente e tem status consultivo junto ao Conselho Econômico e Social da Organização das Nações Unidas.

Neste sentido a ABGLT vem a público manifestar o seu apoio às resoluções presentes no Programa Nacional de Direitos Humanos 3 (PNDH 3), recém-lançado pelo Governo Federal.

Compreendemos que os direitos sexuais de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) são direitos humanos e por isso direitos fundamentais a serem respeitados em uma sociedade democrática.

Sabemos que, porém, o alcance da consolidação dessa democracia não se dará sem que exista o reconhecimento da importância que têm os espaços de construção de políticas públicas em conjunto com a sociedade civil.

O Programa não foi feito apenas pelo governo, mas democraticamente por milhões de brasileiros e brasileiras. Nós, LGBT, participamos de em torno de 10 conferências – das mais de 50 que houve durante o governo atual – para contribuir para a elaboração do Programa Nacional de Direitos Humanos 3, incluindo a Conferência de Direitos Humanos, a Conferência LGBT, a Conferência da Igualdade Racial, a Conferência da Criança e do Adolescente, a Conferência de Saúde, a Conferência de Segurança Pública, a Conferência de Comunicação, a Conferência da Pessoa Idosa, entre outras.

Os processos das Conferências nos demonstram como é possível garantir, a partir da reunião dos mais diversos setores da sociedade civil em conjunto o poder público, a construção de políticas públicas para nosso país. Hoje vemos todo este trabalho e dedicação concretizados no PNDH 3.

Queremos referendar o apoio à busca da verdade sobre a ditadura militar. No mínimo precisamos saber a verdade, mas sem revanchismo. Devemos conhecer o passado para não repetir os mesmos erros.

Precisamos respeitar a autonomia das mulheres.

O Brasil ainda é um dos países que mais concentra renda e terra. Precisamos fazer uma reforma agrária democrática, com a participação das comunidades envolvidas.

Os meios de comunicação em nosso país precisam sim da participação cidadã da sociedade, para garantir que todos os meios de comunicação, sem distinção, respeitem os direitos humanos.

O Brasil está sendo um exemplo de democracia. Nossa nação cresceu e está ganhando reconhecimento mundialmente. Aumentaram nossos índices de desenvolvimento humano em todos os institutos e a promoção dos direitos humanos nesse contexto é fundamental.

Convocamos a sociedade para que apoie o PNDH 3, porém sabemos que projetos, planos e programas sempre podem ser dialogados e aprimorados. Isto é democracia.

No final das contas, o Programa não deve ser deste ou daquele governo, desde ou daquele partido político e deste ou daquele grupo. Deve ser de todo/as, e todos/as devem participar democraticamente para aprimorá-lo, implementá-lo, monitorá-lo e avaliá-lo.

O Programa também deve ser assumido pelo Estado, afinal os planos, projetos e programas não devem ser só do governo, e sim do Estado Brasileiro.

Desta forma, unimos as nossas vozes às diversas da sociedade que hoje estão em defesa das resoluções presentes no PNDH 3 democraticamente construídas no conjunto da sociedade civil brasileira.

A ABGLT luta e continuará lutando para garantir que as vozes de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, assim como de todos seus defensores(as), sejam sempre ouvidas e respeitadas, pois acreditamos que só assim poderemos garantir uma sociedade democrática como um direito de todas e todos.

Toni Reis
Presidente da ABGLT - Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais

Historinha feminista: "Mãe, porquê?"

Por Carol Bernardo*

Era uma vez uma menina que sabia muito bem o que queria.

Então, certa vez essa menininha se perguntou o porque tudo que sua mãe comprava para ela era rosa. Porque ela não tinha tudo azul, verde ou de outras cores? Ela era super interessada em descobrir as razões das coisas e foi perguntar para sua mamãe...

- Mãe, porque eu nunca uso azul?
- Minha filha - disse a mãe num tom calmo e meio óbvio -, porque azul é uma cor de meninos.
- Mas, mãe, eu gosto tanto de azul... Porque eu não posso usar?
- Ai! Porque não!
- Mãe, mas porque não?
- Não é não, filha. - diante da minha insistência, o tom da minha querida mamãe mudou, ficou, digamos, um pouco áspero.
- Ara mãe!

E assim a menina - muito intrigada e com raiva-, ficou se perguntando porque ela só usava rosa?! Porque ela só podia brincar de casinha? Porque ela só tinha vestidos?

Um dia, essa menina se tornou mulher e começou a perceber que todas aquelas perguntas que ela se fazia quando era criança permaneciam. Na verdade, se tornavam cada vez mais fortes, ao ponto de não se sentir apenas aflita, mas sufocada, reprimida mesmo. Que injusto! Somente pelo fato de ser mulher ela sofria preconceitos enormes.

A menina-mulher cansou disso tudo. Queria entender melhor os absurdos que vivia e decidiu militar no movimento feminista. Depois de estudar um pouco, ela achou a resposta para todas as perguntas que ela sempre se fez e sentiu uma venda caindo de seus olhos, revelando quão preconceituosa era a sociedade, e quão ridiculamente machista era tudo aquilo.

Essa é a primeira história do porque militar no movimento feminista e do que sofremos sem perceber!

* Tem 19 anos e estuda direito na UFPA. É militante da Coletivo de Mulheres Estudantes, núcleo da MMM. É autora do Blog carolinebernardo.blogspot.com

Nunca Mais

Título original: Enough
Lançamento: 2002 (EUA)
Direção: Michael Apted
Elenco: Jennifer Lopez, Russell Milton, Bill Campbell, Tessa Allen, Juliette Lewis, Dan Futterman, Chris Maher, Noah Wyle.
Duração: 111 min
Gênero: Drama
Estúdio: Columbia Pictures Corporation e Winkler Films
Distribuidora: Columbia Pictures e Sony Pictures Entertainment
Roteiro: Nicholas Kazan
Produção: Rob Cowan e Irwin Winkler
Música: David Arnold
Fotografia: Rogier Stoffers
Direção de arte: Andrew Menzies
Edição: Rick Shaine

Sinopse:
Uma Dona de casa que apanha do marido acaba se separando dele. Depois de mudar de nome e de visual e se esconder em uma pequena cidade com sua filha o passado volta a aterrorizá-la. Agora ela começa a treinar artes marciais e vai fazer de tudo para que seu marido a deixe em paz, e vai acabar tento que lutar com suas próprias mãos.
Fontes: adorocinema.com.br / cinepop.com.br

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Nota Pública de apoio ao III Plano Nacional de Direitos Humanos

A Frente Nacional pelo fim da Criminalização das Mulheres e pela Legalização do Aborto* vem a público manifestar o seu apoio ao III PNDH.

Na luta pela efetivação da democracia, dos direitos humanos e da construção de um país em que não se tolera mais as desigualdades o III PNDH cumpre um papel fundamental no sentido de nortear as Políticas Públicas. E sem dúvida representa avanços aos dois planos anteriores, no que tange a democratização do processo de construção do mesmo e nas próprias resoluções tomadas.

O Plano não se furta a tocar em questões essenciais para a construção de uma sociedade com justiça, igualdade e soberania ao recomendar: a descriminalizaçã o e a legalização do aborto, o apoio a uma legislação que garante igualdade jurídica para lésbicas, gays, travestis e outros, como a lei que reconhece a união civil entre pessoas do mesmo sexo, recomenda que se assegure um marco jurídico na questão dos conflitos agrários e, por fim, recomenda a instituição de uma comissão para investigar os crimes de tortura perpetrados pelo exército durante a ditadura militar.

A apuração e o esclarecimento público da tortura praticada contra homens e mulheres que lutaram contra a ditadura militar são fundamentais para garantir o direito à memória e à verdade histórica. Por isso, apoiamos a iniciativa do 3ª PNDH de, finalmente, instituir a comissão de verdade e apurar estes crimes, assim como foi feito na Argentina e Chile, por exemplo. A resistência dos militares sobre este assunto se soma com outras ações que faz em conjunto com o poder econômico, pretendendo manter-se no controle do país, impedindo a real democratização da sociedade brasileira.

No tema do aborto, entendemos que esta será uma grande oportunidade de realizarmos um debate honesto capaz de acumular contribuições que apontem para superação do arcaísmo e patriarcalismo que rege as idéias sobre o tema. É urgente que a legislação que criminaliza a prática do aborto e viola os direitos reprodutivos seja revista e alterada. E a hipocrisia com que se trata o tema seja definitivamente enterrada.

No Brasil, são realizados a cada ano aproximadamente 1 milhão de aborto s de forma clandestina, colocando em risco a saúde e a vida das mulheres pobres, especialmente as mulheres negras.

A frente nacional pelo fim da criminalização das mulheres e pela legalização do aborto em sua declaração nacional de dezembro 2009 já chamava atenção: “Recrudesce no Brasil um processo de criminalização dos movimentos sociais, de organizações e militantes. Tal criminalização tem como objetivo bloquear o avanço das lutas por direitos e transformação social.”

No caso da luta das mulheres não é diferente. Forças patriarcais tradicionais - constituídas pelas oligarquias, a ultra-direita fascista e setores fundamentalistas das igrejas cristãs - nos últimos anos tem sido protagonistas de um processo de perseguição e criminalização da luta das mulheres por autonomia e autodeterminação reprodutiva.

Numa perversa aliança entre neoliberais e conservadores, vivemos uma conjuntura de cerceamento do direito ao debate democrático sobre a problemática do aborto, ao mesmo tempo em que cresce no Estado o poder e influência destas forças, que ocupam o parlamento, os espaços de controle social e avançam no controle da gestão da rede pública de educação e de saúde.

Hoje, no Brasil, parte dos algozes da inquisição com suas vestes e capuzes tem uma nova face: o paletó, o jaleco branco, a toga, que no legislativo, nos tribunais, serviços de saúde, delegacias se arvoram a prender, julgar, punir e condenar as mulheres que, em situação limites de sua vida, optaram pela prática do aborto como último recurso diante de uma gravidez indesejada. Neste sentido o III PNDH será um importante instrumento de luta.

Nós integrantes da Frente Nacional pelo Fim da Criminalização das Mulheres e pela Legalização do Aborto reafirmamos:
  • Nosso compromisso com a defesa radical das mulheres e movimentos sociais engajados nas lutas sociais;
  • Nosso compromisso com a construção de um Brasil justo e democrático apontado no 3º PNDH;
  • Nosso apoio ao Ministro Paulo Vannuchi em sua iniciativa de romper o silêncio para apurar os crimes de tortura cometidos durante a ditadura e sua decisão de não comparar lutadoras(os) da resistência aos torturadores;
  • Nosso apoio a toda iniciativa que faça avançar o direito a terra e a reforma agrária;
  • Nosso apoio a construção de uma sociedade sem preconceitos e com direitos para as lésbicas gays, travestis e outros;
  • Nosso apoio a todas as iniciativas para a democratização dos meios de comunicação.
E convocamos todas as mulheres e suas organizações a mobilizarem sua inquietude, rebeldia e indignação na luta feminista pela defesa do direito das mulheres de tomarem decisões sobre suas vidas de forma soberana.

Exigimos dos poderes da República que mantenha o III PNDH em sua integralidade, a observância dos Tratados Internacionais, dos quais o Brasil é signatário, e a observância das resoluções das Conferências Nacionais de Políticas para Mulheres que colocam a legalização do aborto como um direito a ser assegurado para as mulheres.

Pela autonomia e cidadania de todas as mulheres!
Pelo fim da criminalização das mulheres!
Pela legalização do aborto!

Frente Nacional pelo Fim da Criminalização das Mulheres e pela Legalização do Aborto*

*É composta por organizações feministas e gerais (CUT e UNE, por exemplo). A Marcha Mundial das Mulheres faz parte da Frente.

Notícias vindas do Haiti

A respeito das militantes da Marcha no Haiti, recebemos ainda a pouco a seguinte mensagem:

"Estimadas compañeras de la MMM,

Hemos recibido una mensaje de Carole, ella está bien pero nos contó la triste noticia que sigue: “Sé que ustedes todos están inquietos, con razón, con la hecatombe de Porto Príncipe y algunas ciudades del sur. Estamos fortemente abalados. Muchos de nuestros compañeras y compañeros fueron victimas o están muertos: Magalie MARCELIN/ KAY FANM, Anne Marie Coriolan fundadora de la SOFA, Miriam MERLET está hace tres días en los destrozos de su casa y tenemos poca información como para confirmar su fallecimiento.”

Además, Camille Chalmers, del PAPDA y Jubileo Sur, habló con Marie Frantz Joachin y ella está bien. Seguimos intentando hablar con las otras compañeras de la MMM, apenas tengamos más noticias, enviaremos prontamente a todas ustedes. En solidaridad,

Secretariado Internacional de la MMM"

Recebemos ontem (14/01) esta nota:

"Prezadas companheiras da MMM,

É com muito pesar que escrevemos a todas hoje, dois dias depois do terremoto catastrófico no Haiti. Estamos muito consternadas e ainda mais tristes com as imagens e notícias que recebemos nas últimas 48 horas, além disso, estamos muito preocupadas pelas nossas companheiras da MMM neste país.

Temos tentado entrar em contato com as companheiras da Coordenação Nacional e dos grupos participantes da MMM no Haiti, mas até o momento presente, não conseguimos falar com nenhuma delas. Chegou a nós a trágica notícia de que faleceram no terremoto nossas companheiras Magalie Marcellin do Kayfanm e Myriam Merlet, militante feminista e atual encarregada do Ministério das Mulheres. Que seus familiares e amigos recebam nossos pensamentos e solidariedade.

Uma boa notícia é que Camille Chalmers, do PAPDA e Jubileu Sul, amigo próximo da MMM e de nossos movimentos sociais aliados, sobreviveu junto com sua companheira e seus filhos, mesmo que sua sogra tenha falecido e sua casa tenha sido destruída.

Estamos avaliando a melhor maneira para ajudar, como mulheres preocupadas em todo o mundo. O que sabemos é que nossa solidariedade é muito necessária, e que também vai ser indispensável a médio e longo prazo. Por favor, pensem em como começar a mobilizar dinheiro e outros recursos em seus países, lembrando que os demais recursos – comida, água, roupas, etc – só devem ser coletadas se vocês sabem um meio de fazê-los chegar ao Haiti. Por favor, nos mantenham informadas de qualquer iniciativa de solidariedade que vocês façam parte em seus países.

Assim que tivermos mais informações a respeito de nossas companheiras do Haiti e como poderemos oferecer nossa ajuda aos que sobreviveram, enviaremos a todas.

Em solidariedade feminista com nossas companheiras e companheiros do Haiti,

Marcha Mundial das Mulheres"

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Solidariedade ao povo haitiano

Foto: www.estadao.com.br

Tristes números sobre a tragédia no Haiti são publicados pela impresa no dia de hoje. Um terremoto atingiu o país na última terça-feira. Atingiu o Haiti beeeem depois da pobreza extrema, da exploração, da guerra civil e da ocupação estrangeira.

150 militares brasileiros podem ter morrido no desastre, por estarem em missão da ONU no país.

A Marcha Mundial das Mulheres é contra a presença das tropas brasileiras no Haiti. Agora, o que a ONU, o Brasil e outros países devem fazer é ocupar o Haiti de solidariedade internacional.

"Estimativas divulgadas nesta quinta-feira pela Cruz Vermelha haitiana indicam que entre 45 mil e 50 mil pessoas podem ter morrido em consequência do terremoto. Segundo a organização, outras 3 milhões de pessoas teriam ficado feridas ou desabrigadas. Muitos outros podem ainda estar vivos embaixo de escombros.

Na última quarta-feira, o primeiro-ministro haitiano, Jean-Max Bellerive, disse à rede de TV americana CNN que o número de mortos pode chegar a 100 mil."

Fontes: noticias.uol.com.br / com edição do Blog Mulheres em Marcha

Os Sonhadores

Título original: The Dreamers
Lançamento: 2003 (França, Itália e EUA)
Direção: Bernardo Bertolucci
Elenco: Michael Pitt, Louis Garrel, Eva Green, Robin Renucci, Anna Chancellor
Duração: 130 min
Gênero: Drama
Estúdio: Fiction Films, Peninsula Films, Recorded Picture Company, Hachette Première, Kushner-Locke Company, Murakami-Wolf Productions
Distribuidora: Fox Searchlight Pictures
Roteiro: Gilbert Adair
Produção: Jeremy Thomas
Fotografia: Fabio Cianchetti
Figurino: Louise Stjernsward
Edição: Jacopo Quadri

Sinopse:
Matthew é um jovem que, em 1968, vai estudar cinema em Paris. Lá ele conhece os irmãos gêmeos Isabelle e Theo. Os três logo se tornam amigos, dividindo experiências e relacionamentos enquanto Paris vive a efervescência da revolução estudantil. Quando os pais se ausentam do enorme apartamento em que moram, os irmãos convidam-no para passar o tempo com eles e Matthew acaba testemunhando o estranho relacionamento entre os gêmeos, sendo vítima de seus jogos.

Mais infos: The Dreamers é o último filme do Bernardo Bertolucci e é considerado uma homenagem a sétima arte. O filme foi baseado no livro The Dreamers de Gilbert Adair que também assina o roteiro.

Fontes: adorocinema.com.br / com edição do Blog Mulheres em Marcha

O jornalismo derrotado

Por Marcos Rolim (*)

A julgar pelos noticiários, um fantasma assola o Brasil: o Programa Nacional de Direitos Humanos em sua 3º versão (PNDH-III). Todas as potências da Santa Aliança unem-se contra ele: setores da mídia, políticos conservadores, o agronegócio, os militares e a cúpula da Igreja. Os críticos afirmam que o programa propõe a “revisão da Lei de Anistia”, que é autoritário ao propor “controle sobre os meios de comunicação”, além de ser “contra o agronegócio”. Radicalizando, houve quem –fora dos manicômios - identificasse no texto disposição por uma “ditadura comunista”. É hora de denunciar esta farsa onde a desinformação se cruza com o preconceito e a manipulação política.

Auxiliei a redigir o texto final do Programa, juntamente com os professores Paulo Sérgio Pinheiro e Luiz Alberto Gomes de Souza. A parte que me coube foi a da Segurança Pública, mas participei de todos os debates. Assinalo, assim, que a 11ª Conferência Nacional de Direitos Humanos havia proposto uma “Comissão de Verdade e Justiça”; nome que traduzia a vontade de “investigar e punir” os responsáveis pelas violações durante a ditadura. O PNDH-III, entretanto, propôs uma “Comissão da Verdade”, porque prevaleceu o entendimento de que o decisivo é a recuperação das informações, ainda sonegadas, sobre as execuções e a tortura. O Programa não fala em “revisar a Lei da Anistia”; pelo contrário, afirma que a Comissão deve “Colaborar com todas as instâncias do Poder Público para a apuração de violações de Direitos Humanos, observadas as disposições da Lei nº 6.683, de 28 de agosto de 1979”. Para quem não sabe, a lei citada é a Lei de Anistia. A notícia, assim, era o afastamento da pretensão punitiva. O caminho escolhido, como se sabe, foi o oposto; o que não assinala informar mal, mas desinformar, simplesmente.

No mais, é interessante que os críticos nunca tenham se manifestado quando, no período do presidente Fernando Henrique Cardoso, propostas muito semelhantes foram apresentadas. Senão vejamos: no que diz respeito aos conflitos agrários, o PNDH-I (1996) já propunha “projeto de lei para tornar obrigatória a presença no local, do juiz ou do Ministério Público, no cumprimento de mandado de manutenção ou reintegração de posse de terras, quando houver pluralidade de réus, para prevenir conflitos violentos no campo, ouvido também o INCRA”. O PNDH-II, seis anos depois, repetiu a proposta. Qual a novidade, neste particular, do PNDH-III? Apenas a idéia de mediação dos conflitos; prática que tem sido usual e que seria institucionalizada por lei. A Senadora Kátia Abreu, então, pode ficar tranqüila. Se o governo apresentar o projeto, ela terá a chance de se posicionar contra a mediação de conflitos e exigir que o tema seja resolvido à bala, como convém a sua particular concepção de democracia.

Quanto à reação ao tal “ranking” de veículos comprometidos com os direitos humanos, o assombro é ainda maior, porque o primeiro PNDH trouxe a ideia de: “Promover o mapeamento dos programas de rádio e TV que estimulem a apologia do crime, da violência, da tortura, das discriminações, do racismo,(…) e da pena de morte, com vistas a (…) adotar as medidas legais pertinentes”. A mesma proposta foi repetida no PNDH-II. Assinale-se que o PNDH-II propôs, além disso: “Apoiar a instalação do Conselho de Comunicação Social, com o objetivo de garantir o controle democrático das concessões de rádio e TV (…) e coibir práticas contrárias aos direitos humanos” e “Garantir a fiscalização da programação das emissoras de rádio e TV, com vistas a assegurar o controle social (…) e a penalizar as empresas (…) que veicularem programação ou publicidade atentatória aos direitos humanos”. Uau! Não são estas as armas dos inimigos da “liberdade de expressão”? Mas, se é assim, porque os críticos não identificaram o “ovo da serpente” na época?

Mais uma vez, ao invés de aprofundar o debate sobre as políticas públicas, a maior parte da mídia se deliciou com a reação vexatória dos militares, com o oportunismo da direita e com o medievalismo da Igreja e o fez às custas da informação, para não variar.

(*) Jornalista e sociólogo, professor da Cátedra de Direitos Humanos do IPA e consultor em segurança pública e direitos humanos. Ex-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Quarto eixo da plataforma da Ação de 2010

Publicamos agora o quarto e último eixo da Ação de 2010. Visite o site específico clicando aqui ou na arte aí do lado.

4. Paz e desmilitarização

Queremos evidenciar as conseqüências diretas das guerras e conflitos nas vidas das mulheres, que vão além das enfrentadas pela população masculina dos países que vivem essa realidade. Em contextos de guerra, a apropriação do corpo das mulheres é vista como recurso, forma de controle, intimidação ou troféu. Casos de violência sexista são comuns, praticados tanto pelo exército e por grupos paramilitares, como pela comunidade local, cujos homens passam a rechaçar e culpar mulheres vítimas das agressões. A manipulação ideológica, que está por trás dos conflitos quando propaga, por exemplo, a guerra ao terrorismo, também tem impacto na vida das mulheres, criminalizando as integrantes de movimentos sociais e restringindo seu direito de ir e vir. Além da denúncia do papel dos fabricantes de armas, que tanto lucram com os conflitos e interferem politicamente em seus rumos, este eixo procura demonstrar a responsabilidade dos Estados e da ONU, cujas tropas trazem mais violência às mulheres.

No Brasil, lutamos contra a criminalização da pobreza e dos movimentos sociais e contra o processo crescente de militarização da sociedade, que se manifesta por meio de atitudes repressivas e violentas do Estado, como os inúmeros assassinatos cometidos pelas polícias, ou na crença de que as armas são capazes de resolver a questão da segurança pública. Deunciamos como essas ações atingem, sobretudo os negros e negras.

Reivindicamos a retiradas das tropas brasileiras do Haiti e somos contra o financiamento público às grandes empresas brasileiras que atuam nos países latino americanos com base em um modelo de desenvolvimento insustentável, que aprofunda desigualdades. Reafirmaremos nossa convicção em um projeto de integração soberana, solidária e com igualdade para os povos da América Latina e Caribe.

Anjos do Sol

Titulo original: Anjos do Sol
Lançamento: 2006 (Brasil)
Direção e roteiro: Rudi Lagemann
Elenco: Antônio Calloni, Chico Diaz, Otávio Augusto, Vera Holtz, Darlene Glória, Fernanda Carvalho, Bianca Comparato
Duração: 92 min
Gênero: Drama
Estúdio: Cara de Cão Produções Ltda.
Distribuidora: Downtown Filmes
Produção: Luiz Leitão de Carvalho, Juarez Precioso e Rudi Lagemann
Música: Felipe Radicetti, Flu e Nervoso
Fotografia: Tuca Moraes
Direção de arte: Levi Domingos
Figurino: Rita Murtinho
Edição: Leo Alves, Felipe Lacerda e Rudi Lagemann

Sinopse
Maria é uma jovem de 12 anos, que mora no interior do nordeste brasileiro. No verão de 2002 ela é vendida por sua família a um recrutador de prostitutas. Após ser comprada em um leilão de meninas virgens, Maria é enviada a um prostíbulo localizado perto de um garimpo, na floresta amazônica. Após meses sofrendo abusos, ela consegue fugir e passa a cruzar o Brasil através de viagens de caminhão. Mas ao chegar no Rio de Janeiro a prostituição volta a cruzar seu caminho.

Mais infos: a exploração sexual infantil ainda é um tema pouco retrado pelo cinema. O projeto do filme ficou parado por um ano e só voltou a ser tocado quando "Anjos do Sol" venceu um concurso do Ministério da Cultura para produções de baixo orçamento, em que obteve 800 mil. O custo total do filme foi de 1,5 milhão de reais.

Fontes: adorocinema.com.br / cinema.uol.com.br / com edição do Blog Mulheres em Marcha

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Atenção!

Postagem atualizada dia 13, às 14h.

Por questões de agenda da cantora Lia Sophia (foto), que viaja em turnê para o Rio de Janeiro, o Show ficou para o dia 11 de fevereiro. Então, o Brechó 4 agora será dia 31. As alterações já estão na sessão "Agende-se".

Mudando de assunto, incluimos o site da Central Única dos Trabalhadores - Brasil na sessão "Notícias Amigas". Entidade superparceira, que compõe a Coordenação Nacional da MMM (como ainda não estava lá? Falha nossa...)

Dormindo com o inimigo

Foto: fanzine produzido pelo grupo de debate sobre violência no Pré-EME 2009, etapa Pará.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), quase metade das mulheres assassinadas são mortas pelo marido ou namorado, atual ou ex, representando aproximadamente 7% de todas as mortes de mulheres de 15 a 44 anos no mundo.
Fonte: Almanaque da Mulher: a incrível jornada (SNMT da CUT Brasil, 2009)