segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Solidariedade à Renata

A Nota de Repúdio da Marcha Mundial das Mulheres - Pará repercute por aí através de e-mail, mas também nos blogs. Veja aqui.

Além disso, recebemos duas manifestações de solidariedade por e-mail, de grandes companheiros de luta. A primeira é do Wladimir, militante do combate ao racismo; a segunda mensagem foi enviada por Jim Marcelo, militante sindical dos Correios. Fazemos questão de publicar.

"Minhas amigas,

Acredito que um documento público deve ser entregue ao comandante da Polícia Militar, para que este tome providências de expulsar de forma sumária este bandido fardado e, tenham certeza que este não é o único crime deste monstro contra mulheres, mais casos aparecerão.

O TJE, MP, OAB e outras instituições devem se manifestar com o rigor necessário, pois, mesmo que esta moça fosse uma ladra, uma prostituta, uma assassina, uma usuária de drogas, qualquer coisa que nossa sociedade proibisse ou negasse, este policial não tinha o direito de torturá-la, maltratá-la, abusá-la. Tinha somente que imobilizá-la e entregar a prisioneira à polícia judiciária (civil).

Não se enganem! Este tipo de policial tem a costa quente, pois, são eles que fazem os serviços sujos dentro da PM para alguns oficiais da mesma linha. Não fiquem impressionadas se ele for aposentado como louco, é uma das saídas clássicas da PM brasileira.

Do amigo Wladi."

"Nós do MRL - Movimento de Resistencia e Luta, organização de trabalhadores que militam no movimento sindical nos Correios em todo território nacional, nos solidarizamos com a dor e o sofrimento da jovem Renata Modesto Ferreira, de sua família, amigos e todas as mulheres que diariamente sofrem esse tipo de situação no Brasil e no mundo. Esperamos que a impunidade não premie o agressor desta vez e em nenhum caso dessa natureza.

Estaremos todos em corrente positiva pelo restabelecimento da saúde dessa jovem.

Solidariamente,
MRL Nacional"

Um comentário:

Lorena Abrahão disse...

Que absurdo, aposentado como louco?
E ela?
Paraplégica por ser mulher, por ser, supostamente, mais frágil e obrigada a ser ofendida sem reclamação?
E nós, e nós vamos ficar só assustadas?
Não não.
Nós vamos gritar, nós não vamos calar essa estupidez. Tenha este PM costas suja ou não. Concordo plenamente que deve ser entregue ao comandante geral um documento público e este, deve ser o máximo possível divulgado na imprensa.
Deixo aqui também registrado o meu protesto.