quinta-feira, 29 de abril de 2010

Show da Lia!!! Amor Amor

A Lia é uma fofa e já apoiou a Marcha Mundial das Mulheres através de seu talento. O Show é imperdível e nos recomendamos!

Lia Sophia - Lançamento do CD Amor Amor
Dia: 05/05/2010 (quarta)
Horário: 20h
Ingresso - R$ 10,00
Local: Teatro Margarida Schivasappa - Centur - Av. Gentil Bitencourt 650, Nazaré
Informações: (91) 8119-8733

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Marcha Mundial das Mulheres e a Luta contra as Mudanças Climáticas

A Marcha Mundial das Mulheres esteve presente à Conferência Mundial dos Povos sobre Mudanças Climáticas em Cochabamba na Bolívia. Durante essa ocasião realizamos uma atividade de debate em parceria com a REMTE (Rede de Mulheres Transformando a Economia) intitulada: Economia para a vida, justiça para as mulheres e para a Pachamama, onde foram discutidos os impactos das mudanças climáticas na vida das mulheres.

Outro momento importante foi o dia 19 de abril quando nos reunimos com outros movimentos de todo o mundo na Assembléia dos Movimentos Sociais. Leia mais abaixo:

A crise climática afeta mais às mulheres

Durante as catástrofes naturais cada vez mais freqüentes como: secas, terremotos e inundações, as mulheres são as mais afetadas pela crise climática, tendo que sustentar os lares em suas tarefas de cuidado: alimentando, buscando água, produzindo, reproduzindo a vida, tarefas essas que têm que ser cumpridas em condições muito mais difíceis e severas.

“As mudanças climáticas afetam de maneira direta as condições de vida e de trabalho das mulheres, particularmente por sua proximidade aos elementos de vida, como a agricultura, seu contato com a água e para poder cumprir com o ciclo de cuidado da vida que lhe foi transferido como responsabilidade prioritária”, disse Magdalena León, Coordenadora da REMTE Rede Mulheres Transformando a Economia do Equador, ao concluir o painel “Economia para a Vida” realizado no contexto da Conferência Mundial dos Povos sobre Mudanças Climáticas e os Direitos da Mãe Terra, em Cochabamba.

“Nosso papel na alimentação é fundamental, é um dos âmbitos mais afetados; e em todo o ciclo do plantio e de colheita, de processamento de alimentos e no espaço urbano na provisão de alimentos do dia a dia, são geradas situações de escassez e carência, tudo isso torna mais complexa a situação de trabalho das mulheres”, afirmou León.

Frente a essa realidade, o desafio mais importante é sustentar as reivindicações por justiça climática, ecológica a nível internacional; os responsáveis têm que assumir os danos causados mudando suas próprias modalidades de produção industrial poluentes, seus níveis e tipos de consumo contaminantes e depredadores que estão causando este impacto. “É preciso que haja um fluxo de recursos de compensação ainda que tardio e parcial, para reparar e restaurar o dano ocasionado e gerar condições para que possamos impulsionar projetos próprios de bem viver”, enfatizou a Coordenadora da REMTE- Equador.

A historia do protocolo de Kyoto, que entrou em vigor em fevereiro de 1995 e foi ratificado por 190 países, com exceção dos Estados Unidos e China - as potências mais contaminadoras - voltou a repetir-se na cúpula climática de Copenhague em dezembro de 2009, que acabou fracassando.

Frente a esse panorama, Magdalena León, considera que estamos em um momento onde o poder geopolítico dos países desenvolvidos é visto como fragilizado pela própria magnitude da crise planetária e pelos níveis de catástrofes que vão gerando consciência na humanidade.

A Conferência Mundial dos Povos sobre Mudanças Climáticas e Direitos da Mãe Terra tem como horizonte gerar poder geopolítico para os povos frente ao poder das potências. “A convocatória que fez o presidente Evo Morales é uma convocatória aos povos, é atuar como povos, fazer justiça como povos frente a instituições (países desenvolvidos) que estão corrompidas e incapazes de encontrar soluções para o mundo, frente a uma potência que depreda a vida. Agora a voz dos povos tem que alcançar o nível de tomada de decisões, o que até agora não foi conseguido”, finalizou León.

Reconhecer o trabalho das mulheres produtoras e reprodutoras.

“A construção de um novo modelo de desenvolvimento social que combata o capitalismo, deverá reconhecer as mulheres como produtoras, seu trabalho reprodutivo e o reconhecimento de sua liderança social, sem discriminação, para a condução da sociedade”, expressou Rosa Guillen, coordenadora da REMTE do Peru e militante da Marcha Mundial das Mulheres.

Guillen afirmou que: “temos que entender que o capitalismo afetou mais às mulheres porque negou o trabalho cotidiano de cuidar da vida, de cuidar da saúde e das famílias, de cuidar da alimentação, além disso, tornou invisível este trabalho e quer controlar o trabalho em favor da geração de riquezas.”

O modelo capitalista gera desigualdade das mulheres frente aos homens no trabalho, “às mulheres são dados salários baixos, não se valoriza o trabalho e a contribuição das mulheres”, disse.

Um dos grandes desafios da luta das mulheres é conseguir que a sociedade reconheça que as mulheres têm aportes nas lutas comuns, e ter sua liderança respeitada. “Juntos homens e mulheres devemos construir uma transformação que gere igualdade, possibilidades de desenvolvimento sustentável, o Bem Viver para homens e mulheres como família e como sociedade.”

As mulheres indígenas monolíngües são as mais vulneráveis do planeta

A vulnerabilidade afeta de maneira diferente às mulheres e aos homens nos riscos de desastres naturais, pelas desigualdades existentes na educação, falta de informação, alimentação, manifestou Rosa Ribeiro da Marcha Mundial das Mulheres do Peru.

“Enquanto os homens podem chegar a ter nível médio, as mulheres são analfabetas, enquanto eles têm acesso à informação, elas têm menos; enquanto os homens se alimentam melhor, as mulheres sempre ficam com o resto na panela, e sobretudo em tempos de seca, quando há muito pouca comida as mulheres comem muito pouco”, indicou Ribeiro.

Para que uma população seja afetada por um evento “hidro climático”, essa população precisa estar em um nível de vulnerabilidade, sem poder responder nem recuperar-se frente a esse evento. Por exemplo, viver junto a um rio, a torna vulnerável à inundações.

As mulheres mais vulneráveis são as indígenas monolíngües e ao não ter nenhum nível de participação em suas organizações mistas e nos espaços de desenvolvimento local, isso as expõe aos riscos de desastres. “Quando vem uma epidemia, essa enfermidade afeta as mulheres, aos meninos e meninas, essa é a nossa vulnerabilidade”, enfatizou.

Ribeiro argumentou que quando ocorrem os desastres os que migram primeiro são os homens e as mulheres ficam no controle das atividades produtivas e do cuidado dos filhos e filhas. Assim mesmo não contam com um registro que demonstre que são donas de suas moradias, o que é difícil para as mulheres comprovarem. Ainda mais quando elas não têm documento de identidade e não falam castelhano, diante dessas adversidades não podem reconstruir suas casas.

O evento mais catastrófico para as mulheres é a seca, pois não deixa “nada’, as obrigando a estratégias como o tráfico e a prostituição para conseguirem alguma renda e o alimento diário.

De forma geral, segundo Ribeiro, a sociedade torna invisível esses problemas pro sua complexidade. Um desafio das mulheres é fazer respeitar os direitos da Mãe Terra dando visibilidade aos problemas que afetam a vida das mulheres, assim se dará um passo importante para o BEM VIVER.
Harold Santos/REMTE /Minga informativa dos movimentos sociais

SORTEIO NO BLOG!!

Gente,
Vamos tentar algo diferente no blog, que tal?? Eu leio tantos blogs nessa vida e algo bem recorrente em vários blogs desse mundo são... OS SORTEIOS!
Vários blogs sorteiam várias coisas, geralmente referente a temática de cada um deles.

A ideia aqui não seria diferente! Temos alguns materiais que poderíamos tentar sortea-los.

Esse sorteio será um experimento, vamos ver se dá certo. A idéia é sorteamos livros, publicações da MMM, além, claro, se der, camisas, ou até alguns artesanatos que várias mulheres da MMM confeccionam.

Vamos começar então... Hoje o que vamos sortear vai ser o Caderno da MMM

O Caderno da MMM contém a maioria das temáticas que trabalhamos na MMM, vale muito a pena ler.

Para participar do sorteio basta preencher o formulário abaixo, com o nome e email até o dia 8 de maio, publicaremos a vencedora na segunda, dia 10 de maio!!!

Como não temos verbas para enviar o prêmio para o Brasil todo e o Mundo todo, infelizmente vamos ter que restringir o sorteio para o Pará!! Desculpeem leitoras do meu Brasiiiiiil!

Boa sorteee!!

P.s: Só vale se inscrever uma vez viu???

terça-feira, 27 de abril de 2010

Dia Nacional das Trabalhadoras Domésticas



Escrito por Rosane Silva (SNMT), Denise Motta Dau (SNRT), Julia Nogueira (SNCDR), Valeir Ertle


Em 27 de Abril celebramos o Dia Nacional das Trabalhadoras Domésticas. Para a CUT, esta data é uma oportunidade para refletirmos sobre as condições de trabalho desta categoria, além de reafirmar o nosso compromisso com a luta pelos direitos de milhões de trabalhadoras.

Ser mulher trabalhadora em uma sociedade que discrimina o trabalho realizado pelas mulheres, ainda que na mesma função de homens, não é fácil. Imaginem quando esta mulher é trabalhadora doméstica. A situação piora consideravelmente. Trata-se de um trabalho extremamente desvalorizado social e economicamente, sem garantia de direitos trabalhistas definidos em lei para todas as demais categorias, caracterizado pela informalidade, desproteção social, longas jornadas de trabalho e remuneração abaixo da média nacional. Além da constante exposição à violência doméstica, assédio moral e sexual.

A desvalorização deste trabalho está fortemente marcada pelas relações sociais de classe, gênero e raça. Isto porque o trabalho doméstico, gratuito ou remunerado, é freqüentemente considerado como “não trabalho”, como uma “tarefa feminina natural” (mais de 95% são mulheres), e a grande proporção de mulheres negras (cerca de 61% no Brasil) deixa evidente sua indissocialização da escravidão.

Os dados revelam e comprovam esta dura realidade. Ainda que seja difícil estimar o número exato, devido à elevada informalidade, pode-se afirmar que aproximadamente 14 milhões de mulheres na América Latina são trabalhadoras domésticas remuneradas, o que representa 14% do total de ocupadas. O Brasil tem níveis acima da média da região, elas são aproximadamente 18% do total de mulheres ocupadas (6,6 milhões), ficando atrás somente do Paraguai (21%), mas bem a frente do Peru (7%) e da Venezuela (5%).

Outro indicador de desigualdade e desvalorização do trabalho doméstico é o rendimento. O rendimento mensal das trabalhadoras domésticas corresponde a menos da metade do que o auferido pelas outras categorias (apenas 40,2%). E a desigualdades de gênero e raça também se fazem presentes neste ponto. No trabalho doméstico as mulheres recebem em média 71% do que os homens, e a remuneração de uma empregada doméstica negra é ainda menor comparada às brancas.

Com relação à formalização deste trabalho, é possível observar que em uma década (1998-2008), o movimento de formalização do mercado de trabalho não se refletiu para as trabalhadoras domésticas. Se para os demais setores evoluiu de 56,7% para 61,9%, no trabalho doméstico teve um aumento insignificante, de 23,4% para 25,8%. Entre as negras, o nível ainda é de 25,2%, enquanto que dentre as brancas, 30,5%. Já no conjunto dos homens, 41% têm carteira de trabalho assinada.

Cada um destes pontos aqui levantado, por si só, requerem uma forte fiscalização e organização sindical para transformá-los, porém, este é mais um dos desafios encontrados por esta categoria. Devido a este trabalho ser realizado no interior de um domicílio, de maneira isolada em relação a outras trabalhadoras, as dificuldades de organização e de fiscalização do trabalho são imensas. E, além disto, as organizações existentes muitas vezes se deparam com limitações de atuação também por terem recursos escassos.

Diante deste quadro, coloca-se como desafio para o conjunto do movimento sindical elaborar propostas de organização e financiamento que inclua instrumentos para o fortalecimento das organizações de trabalhadoras domésticas.

Em junho deste ano acontecerá a 99ª Conferencia Internacional do Trabalho da OIT, que tratará desta questão. O trabalho decente como eixo prioritário para avanços nas relações de trabalho precisa incluir na sua dimensão (proteção, liberdade de organização e de negociação) o trabalho doméstico. A CUT, em conjunto com as trabalhadoras domésticas, irá desenvolver esforços para que a CIT resulte na construção de uma Convenção Internacional complementada por uma Recomendação que garanta às trabalhadoras domésticas tratamento isonômico aos demais trabalhadores/as.

No âmbito nacional, a luta por esta isonomia passa pela alteração do artigo 7º da Constituição Federal, para que haja equiparação dos direitos das domésticas com os demais trabalhadores brasileiros.

Portanto, neste Dia Nacional das Trabalhadoras Domésticas, além de cumprimentá-las pelo trabalho que exercem fundamental para toda sociedade, trazemos a importância da valorização e regulação deste trabalho e do respeito a estas trabalhadoras, que cotidianamente possibilitam com sua atividade que milhões de outras mulheres e homens estejam no mercado de trabalho.

A luta pela extensão de direitos do conjunto dos trabalhadores a essas trabalhadoras é nosso compromisso, que reafirmamos neste Dia Nacional da Trabalhadora Doméstica!

Disponível em: http://www.cut.org.br/

''O corpo magro, esbelto, é um corpo de classe''.

Entrevista especial com Joana de Vilhena Novaes*.

A aprovação das outras mulheres gera sofrimento e busca desesperada por uma perfeição inatingível, assinala a psicóloga. "É preciso repensar o modelo de mulher bem sucedida", afirma.

Corpo de classe

O corpo magro, esbelto, é um corpo de classe. Uma geleia diet comparada à geleia comum é muitíssimo mais cara. O dinheiro para alcançar um projeto dessa monta é brutal. É por isso que é preciso pesquisar, no imaginário social, as raízes históricas desse corpo e da relação com a comida. A disciplina e a privação são valores máximos nas classes médias e altas: você está louca para comer aquele brigadeiro, ou um bife à parmeggiana, mas controla e mantém o seu investimento em relação ao corpo. Nas classes populares, o que se observa bastante é que a questão da privação está associada à pobreza, e a gordura à prosperidade e fartura. Já ouvi de uma mulher da favela que não adianta ficar tomando só sopinha e comendo biscoito Cream Cracker, porque aí vão achar que a pessoa está na miséria.

Confira a entrevista na íntegra.

*Joana de Vilhena Novaes é graduada em Psicologia pela PUC-Rio, com mestrado e doutorado em Psicologia Clínica pela mesma universidade. É pós-doutoranda em Clínica Médica pela UERJ e pós-doutora em Psicologia Social pela mesma instituição. Atualmente, coordena o Núcleo de Doenças da Beleza da PUC-Rio, onde pesquisa "O corpo nas camadas populares" e, ainda, faz atendimento psicológico à comunidade de baixa renda. É pesquisadora do Laboratório de Pesquisas Clínica e Experimental em Biologia Vascular (Bio-Vasc/UERJ) e pesquisadora correspondente do Centre de Recherches Psychanalyse et Médecine -Université Denis-Diderot Paris 7 CRPM-Pandora. Escreveu O intolerável peso da feiúra. Sobre as mulheres e seus corpos (Rio de Janeiro: PUC/Garamond, 2006). Proximamente publicará o livro Com Que Corpo Eu Vou? Sociabilidade e Usos do Corpo em Camadas Populares.

Fonte: ihu.unisinos.br

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Os conselhos do mercado...

Para um bom começo na vida, comece com Coca-Cola mais cedo.

Quanto tempo é cedo demais?

Não cedo o suficiente. Testes de laboratório dos ultimos anos têm provado que bebês que começam a beber refrigerante cedo, durante o período de crescimento, possuem chances maiores de ganhar aceitação e enturmar-se no período da pré-adolescência e adolescência. Então, faça um favor a você mesmo. Faça um favor à sua criança. Comece a introduzi-los num regime rigoroso de refrigerantes e outras bebidas carbonadas e açucaradas a partir de agora, para um tempo de vida de felicidade garantida.

Fonte: hupomnemata.blogspot.com
Tradução: Iana e Bianca.

domingo, 25 de abril de 2010

+de4000

Que orgulho! Ultrapassamos a marca de 4000 acessos no Mulheres em Marcha e mais de 7000 visualizações de página. Legal, né?

sábado, 24 de abril de 2010

Útero e Luiza

Sei que o título pode parecer estranho. Mas já explico. Luiza é militante da marcha e também é muitas outras coisas, dentre elas, "atriz, modelo, dançarina" (Rita Lee que nos perdoe pela cola).

Indo direto ao assunto. Luiza está em cartaz este final de semana e seu talento é inquestionável. Vamos assistí-la!

ÚTERO - fragmentos românticos da vida feminina
Espaço Cuíra, fica na 1 de março esquina com a riachuelo.
Sábado (hoje) às 21h / Domingo (amanhã) às 20h.
Ingressos a R$20, com meia para estudantes.

Este espetáculo teatral é baseado em contos que retratam de maneira bem humorada alguns episódios da vida feminina, alguns dos medos e anseios das mulheres. Mais que isso, é uma exaltação à mulher!

Esperamos todas lá!

Helena Hirata e seu dicionário feminista

Em seu mais recente livro Dicionário Crítico do Feminismo (São Paulo: UNESP, 2010), Helena Hirata busca dissecar termos relacionados ao mundo das mulheres e, assim, mostrar os significados de questões como opressão, dominação masculina, aborto e contracepção, assédio sexual, prostituição, maternidade e movimentos feministas.


“A relação entre homens e mulheres oculta uma questão importante que é a hierarquia social. Se considera que os homens são superiores às mulheres e, portanto, daí decorre toda uma série de diferenças entre eles. É essa hierarquia que tem que ser questionada”, explica a autora durante a entrevista que concedeu à IHU On-Line por telefone.

Hirata também analisou questões como o pensamento crítico feminista, as diferenças entre as mulheres de diferentes profissões e a divisão sexual do trabalho. Quando analisa a participação das mulheres no grupo conhecido como Geração Y, formada por jovens bem informados, questionadores e com sede de subir na carreira, ela diz que “certamente existem mulheres dentro deste grupo, mas aparentemente todos os estudos sobre hackers e sobre os que têm uma atividade muito intensa em termos de uso da Internet considera que esta área é majoritariamente ocupada por homens”.

Helena Hirata é professora na Universidade Estadual de Campinas, onde pesquisa Sociologia do Trabalho e do Gênero.

Confira essa maravilhosa entrevista.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Ellen Óleria fez sucesso em Belém.

Pois é, como divulgamos aqui, a cantora Ellen Oléria (é a que está no centro da última foto) esteve em Belém no último domingo, dia 18. O show da brasiliense foi massa e mesclou rock e carimbó. Já tem até gente querendo montar fã clube!

A organização foi do Bafafá, que mantém viva a chama roqueira na capital da Amazônia. Muito bacana mesmo esse trabalho.

As fotos são de Romana e Sônia, nossa amigas trovadoras.

Acredite se quiser: terremoto é culpa das mulheres.

Depois de sermos culpadas pelo violência sexual, fisica e psicológica que sofremos (quem nunca ouviu a expressão "mulher de malandro"? Tem coisa mais ignorante nesse mundo?!). Essa realmente é nova: culpar a liberdade das mulheres (bem restrita, é bom que se diga) pela ocorrência de terremotos!

Nessa narrativa, longe de sermos personagens super-poderosas com capacidade de controlar os elementos da natureza, voar ou coisa do gênero, na verdade, se trata de uma clara estratégia político-religiosa de exercer poder (controle) sobre o corpo e a vida das mulheres. Confiram o absurdo abaixo.

"Um importante clérigo islâmico do Irã afirmou, durante sermão, que mulheres com roupas reveladoras e atitudes promíscuas são a causa dos terremotos. "Muitas mulheres não se vestem de modo recatado. Levam os homens jovens ao mau caminho, corrompem sua castidade e disseminam o adultério na sociedade, o que, em consequência, aumenta os terremotos", afirmou o clérigo Hojatoleslam Kazem Sedighi, de acordo com a imprensa iraniana.

As mulheres do Irã são obrigadas por lei a se cobrirem da cabeça aos pés, mas muitas, especialmente as jovens, usam lenços que mostram boa parte do cabelo. "O que podemos fazer para não ficarmos sepultados sob os escombros?", questionou Sedighi, durante seu sermão de sexta-feira. "Não há outra solução que nos refugiarmos na religião e adaptarmos nossas vidas aos códigos morais do Islã."

O Irã é um dos países mais afetados por terremotos no mundo, e a explicação incomum do clérigo foi feita após uma previsão do presidente Mahmoud Ahmadinejad, segundo a qual um tremor vai sacudir a capital Teerã. O presidente sugeriu que a maioria dos 12 milhões de habitantes da capital se transfira para outras partes do país.

Especialistas advertiram que, há pelo menos duas décadas, é provável que a capital iraniana seja atingida por um violento terremoto. Alguns especialistas já sugeriram que o Irã transfira sua capital para uma zona com menor atividade sísmica. Teerã está acima de várias falhas geológicas. A capital, porém, não sofre um grande terremoto desde 1830. Em 2003, houve um violento terremoto em Bam, no sul do país, matando 31 mil pessoas, um quarto da população da cidade.
AE-AP - 15h07, Segunda-feira, 19 de abril de 2010"

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Gracie

Título Original: Gracie
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 96 minutos
Lançamento: 2007 (EUA)
Estúdio/Distrib.: California
Direção: Davis Guggenheim
Produção: Davis Guggenheim, Andrew Shue, Elisabeth Shue, Lemore Syvan
Elenco: Carly Schroeder, Dermot Mulroney, Andrew Shue, Elisabeth Shue, Tyler Barnes, Emma Bell, James Biberi, Josh Barclay Caras, Alex Charak, Igor Cherkassky.

Sinopse
Gracie Bowen tem 15 anos e é a única menina numa família com três irmãos que vive na cidade de New Jersey. Toda a vida de sua família gira em torno do futebol: seu pai e seus irmãos são obcecados pelo esporte que praticam todos os dias. Mas uma tragédia inesperada muda a vida de Gracie quando seu irmão mais velho, estrela do time de futebol da faculdade, morre num acidente de automóvel e faz com que ela inicie uma luta pelo direito de todas as garotas jogarem em times de futebol competitivos.

Fontes: br.cinema.yahoo.com / interfilmes.com.br

terça-feira, 20 de abril de 2010

Curso de Aperfeiçoamento e Formação em Gestão de Políticas Públicas em Gênero e Raça

O Curso é promovido pela UFPA e é GRATUITO.

# Público-alvo: servidores públicos, dirigentes de organizações não governamentais, ativistas sociais, membros de Conselhos de Direitos da Mulher, Fóruns Intergovernamentais de Promoção da Igualdade Racial e Conselhos de Educação.

# Inscrições (prorrogadas): até 30/4/10, no Grupo de Pesquisa Nós Mulheres (prédio anexo do IFCH - Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, sala 6 - Campus Básico em frente ao Ginásio).

# Duração: 1 ano (a partir de maio)

# Carga Horária do Curso: 300h, sendo 270h não-presenciais (online) e 30h presenciais (aula: um sábado de cada mês)

Documentos (original e cópia): RG, CPF, DIPLOMA, DECLARAÇÃO DO VÍNCULO EMPREGATÍCIO, CURRÍCULO E COMPROVANTE DE RESIDÊNCIA

Mais informações: lmp.regiaonorte@gmail.com / 82743278- Leila / 88818116- Júlia

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Argentina celebra primeiro casamento entre lésbicas

Do G1, com agências internacionais, em 10 de Abril de 2010. Foto: AFP

Uruguaia e argentina namoravam havia 30 anos. Elas conseguiram autorização judicial para a união.

Duas mulheres, ambas de 67 anos, se casaram nesta sexta-feira (9) em um cartório em Buenos Aires, no que foi o primeiro casamento entre lésbicas na Argentina.

A argentina Norma Castillo e a uruguaia Ramona Cachita Arévalo, que namoravam havia 30 anos, se casaram depois de conseguir uma autorização judicial concedida pela magistrada Elena Liberatori.

A uruguaia Ramona Arevalo e a argentina Norma Castillo, posam se beijando nesta sexta-feira (9) depois de terem se casado em Buenos Aires.

As duas são ativistas do coletivo 100% Diversidade e Direitos, e Norma é titular do Centro de Aposentados Porta Aberta à Diversidade, organizações que fazem parte da Federação Argentina de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais.

Este é o terceiro casamento entre pessoa do mesmo sexo realizado na Argentina e o primeiro entre duas mulheres.

Fonte: Universidade Livre Feminista (feminismo.org.br)

domingo, 18 de abril de 2010

Ellen Oléria hoje em Belém!!!

Foto: Sávia Gabi
Realmente é grande a satisfação em receber em Belém a cantora brasiliense Ellen Oléria. Talento que canta, gesticula e interage no palco, Ellen possui música e brilho próprios, já que assina suas composições, arranja e também canta (e muuuuito bem!).

Tivemos a chance de conhecer seu trabalho no dia 13 de março deste ano, em Várzea Paulista (SP), é que Ellen abriu o Show de Leci Brandão que ocorreu durante a 3ª Ação Internacional da Marcha Mundial das Mulheres.

Ela se apresenta hoje (isso mesmo, dia 18 de abril, domingo!!!), às 19h, na Praça Waldemar Henrique. Algumas MMM´s já estão confirmadas.

Seu swing é da black music. Com energia e voz marcante, ela mistura funk, samba, soul, bossa nova, hip-hop e poesia nas letras e melodias próprias e contagiantes. Elogiada pelos críticos de arte da capital federal, é presença constante em festivais de música, dos quais quase sempre sai com algum prêmio. Foi vencedora na categoria “melhor intérprete” no Festival Interno de Música Candanga de 2003 e 2006; no Festival e Música dos Correios de 2004 e 2006; e do Prêmio Sesc de Música de 2005; entre outros.

Canções próprias e o conhecido acervo da música negra brasileira marcam presença nos shows de Ellen. Músicas de Gilberto Gil, Luiz Melodia, Jorge Benjor, Sandra de Sá, Tim Maia e Jackson do Pandeiro ganham nova luz na voz e personalidade marcante da brasiliense. Os músicos que acompanham a cantora - Rodrigo Bezerra (guitarra), Paula Zimbres (contrabaixo), Felipe Viegas (teclado) e Célio Maciel (bateria) - seguem uma linha que mistura o swing brasileiro às performances jazzísticas.

Ellen participou de algumas gravações especiais, como dois CDs do Prêmio SESC de Música, em 2005 e 2006, com as músicas "Notícia Brasileira" e "Mandala", respectivamente. Também em 2006, participou do CD “Aviso às gerações”, de GOG e do CD “Rádio Casual – Tomo Um”, do Oráculo Universal das Constantes Inconstâ
ncias.

Fonte: overmundo.com.br + Mulheres em Marcha.

sábado, 17 de abril de 2010

Teatro 24h!!!!!!

Vai ser no Centur dia 17/04, começa às 10h o primeiro espetáculo e o último será às 9:20h do dia 18/04.
Divulguem!!! Haverá espetáculo infantil também!!
Para melhores informações entrem no blog da Federação de Arte Cênica Estadual: http://facespara.blogspot.com/

Entrada Franca!!!

Programação:
1 - 10h00 A Lenda da Espada de Prata
2 - 10h50 Sítio do Pica Pau Amarelo
3 - 11h30 O Pequeno Príncipe
4 - 12h30 A Farsa no Circo dos Dedos
5 - 13h30 Crêndices da Amazônia
6 - 14h20 A Origem de Oeiras do Pará
7 - 15h20 HIV
8 - 16h20 Tentações
9 - 17h00 Ó São Sebastião
10 -17h45 O Macaco que não é Prego
11 - 18h30 Os 4 Amigos Saltibancos
12 - 19h30 Quem Somos Nós
13 - 20h15 Três Espelhos e uma Cama
14 - 21h15 Nós Dois
15 - 22h30 Homem Objeto
16 - 23h30 O Noviço
17 - 00h40 Os Peregrinos
18 - 01h40 Dorotéia
19 - 02h40 Marajó em Lendas
20 - 03h40 Hipnos Vacivus
21 - 04h40 Uma Quase Tragédia
22 - 05h40 Ó São Sebastião
23 - 06h40 HIV
24 - 07h20 A Farsa no Circo dos Dedos
25 - 08h20 João e Maria
26 - 09h20 Sonhe com os Anjinhos

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Filme: Vidas que se Cruzam


O premiado roteirista mexicano Guillermo Arriaga ("Babel", "Amores Brutos") estreia na direção de longas com "Vidas que se Cruzam", que entra em cartaz em circuito nacional.

Tal qual os filmes que roteirizou, trata-se de um drama fragmentado sobre destinos que se encontram em algum lugar da história, tendo como nomes mais conhecidos no elenco as atrizes Charlize Theron e Kim Basinger.

O filme começa com a imagem de um trailer pegando fogo no meio de uma planície - cena que remete ao título original do filme, "The Burning Plain", ou seja, "a planície em chamas".

Sylvia (Charlize Theron), é a dona de um restaurante que, na vida pessoal, tem hábitos autodestrutivos, como fazer cortes em si mesma e levar para a cama completos desconhecidos - não necessariamente nessa ordem.

As feridas, claro, não significam apenas cortes na pele aveludada da mulher, estão lá para mostrar que também há cicatrizes emocionais no passado dessa personagem. Como se descobre mais tarde, estas têm muito a ver com a sua história com a própria mãe.

Os filmes roteirizados por Arriaga sempre se valeram de conceitos que necessitam de uma certa suspensão temporária da credibilidade para que funcionem, para que o público realmente acredite quando os pontos se conectam.

O que ajudou até então nesses filmes foi o fato de as atuações serem bastante boas. O melhor de todos é "Os Três Enterros de Melquiades Estrada", dirigido e protagonizado por Tommy Lee Jones.

Arriaga, estreando na direção, é incapaz de conseguir uma performance tão boa de seu elenco, que inclui intérpretes que, em outros momentos, mostraram-se bastante competentes, como Kim Basinger ("Los Angeles - Cidade Proibida") e o português Joaquim de Almeida ("O Xangô de Baker Street").

Kim e Almeida são um casal de amantes, cuja história se passa em outro tempo e lugar, mas se conecta com a de Sylvia. Ela tem problemas com a filha (Jennifer Lawrence) e esta, mais tarde, começa a namorar o filho de seu amante (J. D. Pardo).

O Arriaga estreante na direção leva para o filme deslumbramentos de iniciante, que num futuro, poderão se transformar em vícios, se não o forem abandonados.

O problema não são os truques narrativos e visuais em si, mas a insistência com que aparecem no filme. O roteirista-diretor se apoia muito em metáforas que são muito fáceis de decifrar.

A fragmentação do tempo no filme de Arriaga mais parece um recurso para tentar dar mais densidade a uma história, no fundo, banal. Assim, o único ponto positivo, a bela fotografia de Robert Elswit ("Sangue Negro") e John Toll ("Simplesmente Complicado"), é desperdiçado em um filme muito irregular.

Fonte: Cineweb.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Trabalho doméstico é o principal tema da Conferência Internacional do Trabalho de 2010

O encontro que acontece nos dias 15 e 16 de abril, em Brasília, é organizado pela OIT com apoio da SPM, UNIFEM, e SEPPIR

Estabelecer um espaço de discussão tripartite sobre o tema do trabalho doméstico e informar representantes de empregadores, de trabalhadores e do governo sobre o processo de discussão que ocorrerá na Conferência Internacional do Trabalho de 2010 e que poderá resultar na adoção de um instrumento internacional de proteção às trabalhadoras domésticas. Este é o principal objetivo da Oficina Nacional Tripartite sobre Trabalho Doméstico, que será realizada nos dias 15 e 16 de abril em Brasília, numa promoção do Escritório, da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil, com apoio do Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (UNIFEM), da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM) e Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR).

No dia 17 abril, o UNIFEM promoverá, com apoio do Escritório da OIT no Brasil, da SPM e da SEPPIR, o Seminário Regional das Trabalhadoras Domésticas, reunindo representantes das trabalhadoras domésticas do Brasil, Bolívia, Guatemala e Paraguai. Este evento objetiva promover um espaço de fortalecimento da articulação das trabalhadoras domésticas destes países, para a promoção do reconhecimento de seus direitos e para definição de estratégias de participação no processo de discussão sobre trabalho doméstico durante a Conferência Internacional do Trabalho de 2010.

O relatório da OIT intitulado Trabalho Decente para os trabalhadores domésticos revela que as trabalhadoras domésticas representam uma proporção importante da força de trabalho dos países em desenvolvimento, representando um contingente de 4 a 10% do total de pessoas empregadas nesses países. Nos 18 países analisados, as mulheres são a maioria dessa categoria de trabalhadores (entre 74,2 a 94,1% do total). Além disso, uma das mudanças mais notáveis que se têm observado nos últimos trinta anos é a crescente participação de trabalhadoras domésticas migrantes, sendo a sua grande maioria formada por mulheres, e sem o devido reconhecimento formal, necessário ao exercício do direito ao trabalho. Os dados do Relatório indicam, ainda, a existência de discriminação salarial por motivos de gênero, raça e nacionalidade em muitos países.

Outra questão que envolve as múltiplas dimensões peculiares do trabalho doméstico é o fato de que em milhões de domicílios no mundo, o local de trabalho constitui, ao mesmo tempo, a residência da trabalhadora doméstica, o que repercute notadamente na sua mobilidade e autonomia pessoal. Essas trabalhadoras estão mais expostos a diversas formas de maus tratos, assédio moral e assédio sexual, especialmente mulheres e meninas. Sua vida e seu trabalho são regulados por regras privadas e a ausência de marcos reguladores para promover uma melhora nas condições de trabalho das trabalhadoras domésticas colocam inúmeras dificuldades para a garantia de seus direitos.

Mudanças - Diversos países do mundo estão adotando normas específicas e inovadoras sobre o trabalhado doméstico. Entretanto, quando se observa as condições de trabalho dessa categoria, verifica-se que as trabalhadoras domésticas vivem em condições de precariedade e vulnerabilidade, se distanciando bastante do acesso ao trabalho decente.

No que se refere à remuneração, nos 66 estados-membros da OIT analisados, quase dois terços prevêem salários mínimos para as trabalhadoras domésticas. Entretanto, seu baixo poder de negociação e o freqüente isolamento muitas vezes dificultam as possibilidades da categoria de obter um salário mínimo adequado ao trabalho que realizam e às qualificações necessárias.

Na maioria dos países examinados, as trabalhadoras domésticas têm direito ao mesmo tempo de descanso semanal que os demais trabalhadores. Entretanto, metade dos estados-membros não estabelece um limite obrigatório do número de horas trabalhadas, ou seja, uma jornada de trabalho para as trabalhadoras domésticas.

No Brasil, a situação do trabalho doméstico não é diferente, sendo essa ocupação aquela que agrega o maior número de mulheres e apresenta elevados déficits de trabalho decente, em todas as suas dimensões. Segundo os últimos dados disponibilizados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do IBGE, em 2008 a categoria das trabalhadoras domésticas representava 15,8% do total da ocupação feminina, o que correspondia, em termos numéricos, a 6,2 milhões de mulheres. O maior contingente era o das mulheres negras: as domésticas eram 20,1% das mulheres negras ocupadas. Para o conjunto formado por mulheres brancas, amarelas e indígenas, o trabalho doméstico corresponde a cerca de 12,0% do total da sua ocupação.

Dados no Brasil - Apesar de empregar um número significativo de mulheres, o trabalho doméstico no Brasil é caracterizado pela precariedade: em 2008, somente 26,8% do total de trabalhadoras domésticas tinham carteira de trabalho assinada. Entre os 73,2% que não possuíam vínculo formal de trabalho, as trabalhadoras negras correspondiam a 59,2%, as mulheres não-negras eram 35,6%, os homens não-negros eram 1,8% e os homens negros somavam 3,4%. Entre as mulheres negras que são trabalhadoras domésticas, 76,0% não tinham, em 2008, carteira assinada. Esse percentual é de 71,5% entre as mulheres não-negras e de 62,6% e 53,4% para os homens negros e não-negros, respectivamente.

Além de não permitir acesso a diversos direitos trabalhistas assegurados pelo vínculo formal, a inexistência de carteira de trabalho assinada faz com que um enorme contingente de trabalhadoras domésticas aufira baixíssimos níveis de rendimento – inclusive abaixo do salário mínimo. Entre as domésticas com carteira assinada o rendimento médio mensal era de R$ 523,50 e entre aquelas sem carteira este era de apenas R$ 303,00 – 27,0% abaixo do salário mínimo vigente em setembro de 2008 (R$ 415,00). Entre as trabalhadoras domésticas negras a situação era ainda mais precária: o rendimento médio daquelas que estavam na informalidade era de R$ 280,00 – o equivalente a apenas 67,4% do salário mínimo.

Fonte: SPM

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Nossa Confraternização está de pé!!!!

Lembramos que nossa confraternização será Domingo, dia 02/05. O local será no Sítio Flor de Lotus, em Sta Bárbara.

Algumas informações importantes:
Custos do Churrasco:
R$ 5,00 por pessoa, para pagar no dia da confraternização. Vamos ter churrasco gaúcho Chê!, guarnições e refrigerante. Teremos isopor e gelo para as bebidas que cada uma pode levar!

Como chegar lá:
Teremos um micro-ônibus!!!!
Estamos nos organizando para levar um microônibus de 26 lugares, se todas as vagas forem preenchidas vai sair só R$ 5,00 a ida e a volta, menos que ir de ônibus de linha.

Mas, se você quiser ir de ônibus normal, é bem fácil!
Pegue uma Mosqueiro ou Sta Bárbara, desça no Pau d'arco, de lá pegue o Sta Barbara-Genipaúba ou um mototaxi e desça bem em frente o Sítio.

Vai ser muito legal, não falte!

terça-feira, 13 de abril de 2010

Uma Rosa pra presidente!


Todas e todos sabemos o quanto é difícil pras mulheres se construirem como referências políticas num ambiente tão masculinizado (não é a toa que somos menos de 10% do Congresso Nacional...). No movimento sindical, o machismo também existe e persiste, embora as sindicalistas sejam bastante organizadas e as centrais sindicais utilizem as políticas de cotas amplamente, capitaneadas pela CUT.

Mas, em alguns espaços, as mulheres encontram voz e vez. Falamos da Chapa 1 para o Sindicatos dos Bancários, que ousou colocar a sua frente uma feminista: a Rosa, Rosinha ou ainda Rosalina. Bancária do Banco do Brasil desde 2001, ela não só conhece a realidade geral da categoria, mas também os problemas e desafios específicos vividos pelas mulheres num ambiente de trabalho tão competitivo como nas empresas do sistema financeiro, onde as mulheres sofrem assédio moral e sexual, além de acumular várias jornadas de trabalho, ganharem menos e terem dificuldades de ascensão profissional.

Rosalina compõe, junto com outras bancárias, o GT de Mulheres da atual gestão do Sindicato. O grupo filiado à Marcha Mundial de Mulheres.

A votação que elegerá a gestão 2010/2013 do Sindicato será dias 27, 28 e 29 de abril. Estamos todas na torcida e no apoio!

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Dá pra acreditar?

Quanto mais pesado a minha esposa trabalha, mais linda ela se torna.
Quadrinho: - Nossa, querida! Você consegue ficar bem cozinhando, limpando e varrendo, enquanto eu fico parecendo um trapo o tempo inteiro. Qual é o segredo?
- Minhas vitaminas, querido! Eu sempre tomo as minhas vitaminas!

Vitaminas para disposição, PEP para vitaminas.

Fonte: hupomnemata.blogspot.com
Tradução: Iana e Bianca.

domingo, 11 de abril de 2010

Cinema. Por que não?

Recebemos por e-mail e, claro, divulgamos. Cinema de qualidade, de graça, a noite, do lado de uns dos melhores cachorros quentes da cidade, com pipoca barata na frente e sem ser obrigadas a passar pela praça de alimentação de um shopping center, quem não quer?

FESTIVAL DE SUCESSOS DO CINE OLYMPIA - Às 18h30 - ENTRADA FRANCA

Dias 13 e 14/04/10

Filme:“AS AVENTURAS DE ROBIN HOOD”(1938)

Com Errol Flynn
Sinopse: Sir Robin de
Locksley, defensor dos fracos e oprimidos, entra em conflito com as autoridades e vê-se obrigado a agir como um fora-da-lei. Com seu bando, vive nas florestas roubando dos ricos para dar aos pobres. Uma das primeiras grandes aventuras do cinema, repleta de belas cores e divertidas cenas.
LIVRE

Dias 15 e 16/04/10
Filme: “A PRINCESA E O PLEBEU”(1953)

Com
Gregory Peck e Audrey Hepburn
Sinopse: Ao visitar Roma,
Ann, uma princesa, resolve "passear" anonimamente e se envolve com Joe Bradley, um repórter que, ao reconhecê-la, tem a oportunidade de um "furo", mas resolve por preservar Anne.
LIVRE

Dias 17 e 18/04/10
Filme: “
VIRIDIANA”(1961)
Direção: Luis Buñuel
Sinopse:Pouco antes de ser ordenada freira,
Viridiana faz uma visita ao seu solitário tio, que está à beira da morte. O homem, pervertido e obcecado pela sua beleza, tenta seduzi-la de todas as formas, antes de morrer repentinamente. Com a sua morte, acaba desistindo de ser freira, passando a morar na casa deixada pelo tio. Decide transformá-la em um albergue, movida pelo seu sentimento cristão de piedade e solidariedade, mas os mendigos que lá abriga, acabam lhe mostrando as verdadeiras facetas dos seres humanos.
INADEQUADO PARA MENORES DE 16 ANOS

Dias 20 e 21/04/10
Filme: “UM ESTRANHO NO NINHO”(1975)

Com Jack
Nicholson
Sinopse:
McMurphy é um homem que pensa poder fugir do trabalho na prisão fingindo ser louco. Ele é então enviado a um sanatório, onde deve lidar com uma realidade triste e dura, além de ter que encarar a enfermeira Mildred Ratched , que dificulta as coisas para ele. Vencedor do "Oscar” de melhor filme, direção, ator e atriz coadjuvante.
INADEQUADO PARA MENORES DE 12 ANOS

Dias 22 e 23/04/10
Filme: “
HANNAH E SUAS IRMÃS”(1986)
Direção: Woody Allen
Sinopse: A filha mais velha de um casal de artistas,
Hannah, é uma dedicada esposa, mãe carinhosa e atriz de sucesso. Uma leal defensora de suas duas confusas irmãs Lee e Holly, ela é também a espinha dorsal de uma família que parece se ressentir de sua estabilidade quase tanto quanto dependem da mesma. Mas quando o mundo perfeito de Hannah é silenciosamente sabotada pela rivalidade fraterna, ela finalmente começa a ver que está tão perdida quanto todos os outros, e para poder se encontrar, ela terá que escolher entre a independência e a família sem a qual ela não pode viver..
INADEQUADO PARA MENORES DE 12 ANOS

Dias 24 e 25/04/10
Filme: “O SEXTO SENTIDO”(1999)

Com Bruce
Willis
Sinopse: O Dr.
Malcolm Crowe é um respeitado psicólogo mas que tem na consciência ter falhado com um antigo paciente. Quando tem a oportunidade de ajudar o jovem Cole, o doutor descobre que o caso pode ser muito mais grave do que qualquer outro que já enfrentara. Afinal, o menino tem o trauma de ver os mortos.
INADEQUADO PARA MENORES DE 12 ANOS

Dias 27 e 28/04/10
Filme: “OS OUTROS”(2001)

Com
Nicole Kidman
Sinopse:
Grace mora numa mansão com seus dois filhos, que possuem uma doença e não podem ser expostos à luz solar. Todos os lugares da mansão são, portanto, mergulhados na escuridão total, mesmo de dia, através do uso de pesadas cortinas. A sensação é de uma noite infinita, pelo menos para as duas crianças que não podem sair de casa de dia. Seu marido está desaparecido por causa da guerra, e ela vive uma vida infeliz por causa da espera pelo seu retorno e das dificuldades que a doença de seus filhos proporcionam.
INADEQUADO PARA MENORES DE 12 ANOS

SESSÕES DOMINICAIS INFANTIS - Às 16h - ENTRADA FRANCA

Dia 18/04

Filme: “O LADRÃO DE BAGDÁ”(1940)
Com
Sabu
Sinopse: O príncipe de
Badgá, Ahmad, é enganado por Jaffar, e passa a viver na rua como um mendigo cego, ao lado de um esperto jovem ladrão. Ahmad deve agora passar por várias aventuras em terra e mar para recuperar o poder e conquistar uma bela princesa.
LIVRE

Dia 25/04
Filme: “O
PASSÁRO AZUL”(1940)
Com
Shirley Temple
Sinopse: O filme conta a história de
Mytyl e Tyltyl, dois irmãos que são levados para uma encantadora viagem pelo passado, presente e futuro, em busca do Pássaro Azul da Felicidade.
LIVRE

sábado, 10 de abril de 2010

Lembrando das palavras

Ainda com saudades da Marcha, recordamos de mais palavras de ordem. A última delas foi construída pela delegação do Pará que viajou de ônibus.

Deixa eu passar

Deixa eu passar (2X)
Sou feminista
E o mundo eu vou mudar!

Pode chover
Pode chover, pode molhar
Sou feminista e não paro de lutar!

Alô, alô, alô, São Paulo,
Alô, alô, alô, São Paulo,
Somos do Pará,
Viemos aqui participar,
Da Marcha Mundial
Das Mulheres,
Vai ser legal!

Nós agora já chegamos,
Pra chamar sua atenção,
Neste grande movimento,
De liberdade e de expressão.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Machismo impune. Mais uma vez.

Um enfeite criado na Inglaterra tem se espalhado pelo Brasil e está sendo usado para justificar a violência contra as mulheres

As chamadas “pulseiras do sexo” são enfeites coloridos, feitos de silicone e funcionariam como uma espécie de jogo: cada cor teria um significado, a pessoa que arrebentar a pulseira da dona, teria o “direito” de receber dela uma retribuição, correspondente à cor do objeto, o roxo equivaleria a “beijo de língua”, a preta, “sexo”.

O que parecia ser uma brincadeira tem se tornado uma justificativa para o abuso e violência contra mulheres.

No Estado do Paraná, na cidade de Londrina, uma menina de 13 anos pode ter sido violentada por usar a pulseira. De acordo com o que divulgou um jornal local, a menina relatou à polícia ter sido violentada por quatro jovens. Outros seis casos de violência sexual envolvendo as pulseiras estão sendo investigados.

Em Manaus, capital do Amazonas, duas garotas foram mortas após serem estupradas. Uma delas de 14 anos foi encontrada morta em um quarto de hotel. Com ela estavam seis pulseiras que teriam sido “arrebentadas pelo autor do crime”.

Assim como os conhecidos casos em que o modo de vestir da mulher ou seu comportamento são usados para justificar a violência sexual, as pulseiras estão sendo usadas para alegar, por um lado, que a prática sexual teria sido consentida e, por outro, que a menina que usa é moderna, livre sexualmente etc. E mais uma vez, a vítima se torna culpada.

No País de GalesNegrito
Na última semana, foi divulgado pelas autoridades educacionais do País de Gales o caso “de uma menina de seis anos que teria sido submetida a uma série de abusos físicos e sexuais por um grupo de 23 colegas de classe da mesma faixa etária” (BBC Brasil, 1/4/2010).A mãe da menina foi alertada pela mãe de outra menina que também sofreu abusos na escola.

“Todos os dias ela era despida. Ela sofria abusos físicos e sexuais, todos os dias. E todos os dias ela chorava por ajuda, mas ninguém nunca foi ajudá-la”, (idem).Apenas quando a mãe da menina entrou com uma ação na justiça “autoridades educacionais locais estabeleceram um inquérito para investigar o caso”, mas as medidas previstas se resumem a discursos sobre a dificuldade de reprimir o crime, visto que estariam sendo praticados por outras crianças.

O caso do País de Gales é exemplo de que a situação de inferioridade das mulheres, sua falta de direitos e autonomia, é compreendida desde cedo pelos garotos, que se acham no direito de abusar e violentar as meninas. Que muitas vezes é estimulado pela sociedade, considerado legítimo, ou um mero exercício da masculinidade.

Nos dois casos, a mulher é abusada, e não só nada é feito, como existe um permissividade já que, como a violência é contra uma mulher, isto não seria um caso grave e nem passível de medidas drásticas contrárias.Pelo fim da opressão e todo tipo de violência contra as mulheres.

Fonte: Universidade Livre Feminista

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Que coisa linda...

Que comercial lindo, né? Traduzindo... "O chefe faz tudo, menos cozinhar - As esposas estão aí para isso!"
Logomarca embaixo: "Estou dando para minha esposa uma Kenwood Chef" (marca de aparelhos domésticos de cozinha).

Nos próximos dias, vamos "colar" um pouco a sessão "Os piores anúncios da história da publicidade" do Blog do Professor Fábio Castro, que, vale registrar, é seguidor do nosso Blog.

Fonte: hupomnemata.blogspot.com
Tradução: Iana e Bianca.

Hoje tem oficina.

A Marcha Mundial das Mulheres realiza hoje a Oficina "A violência contra as mulheres e a Lei Maria da Penha" no Curso de Direito da UFPA. Será às 9h, no Bloco Jp (Profissional). O público principal da atividade são as calouras e calouros 2010.

Depois contamos como foi!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Após júri por abortos, o Estado do MS vai ser denunciado internacionalmente

A realização do júri popular de quatro profissionais da Clínica de Planejamento Familiar pela realização de 25 abortos vai resultar em denúncia mundial contra o Estado de Mato Grosso do Sul. Organizações não-governamentais prometem levar o caso aos organismos internacionais por suposta violação dos direitos humanos.

Após muita polêmica, o juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri, Aluízio Pereira dos Santos, levou a julgamento, dia 06 de abril, as enfermeiras Libertina de Jesus Centurion, Maria Nelma de Souza e Rosângela de Almeida e a psicóloga Simone Aparecida Cantaguessei de Souza. Elas poderão ser condenadas a pena de 26 a 104 anos de reclusão em regime fechado.

As organizações não-governamentais vão esperar a conclusão do júri para reforçar as denúncias aos órgãos internacionais de que o direito à privacidade das mulheres não está sendo respeitado, já que as fichas médicas foram apreendidas sem processo legal. Também acusam da falta de proteção e garantias judiciais, já que centenas de mulheres foram chamadas à delegacia para prestar depoimento e serem indiciadas pelo crime de aborto.

As ONGs recorrem aos altos índices de mortalidade materna no Estado, de 70 por 100 mil, considerado o 7º maior percentual nacional. Também ficou em segundo lugar em 2005 em violência contra mulheres, considerando-se números do IBGE.

As organizações classificam o “júri popular” com o capítulo mais triste da história do desrespeito ao direito feminino em Mato Grosso do Sul. A denúncia já foi palco até de debate na Câmara dos Deputados.

O júri – A principal acusada pelo crime, a médica Neide Mota Machado, teve o registro cassado pelo CRM/MS e acabou se suicidando em novembro do ano passado. Ela foi presa após a denúncia ser publicada, em 2007, pela TV Morena.

A Polícia Civil e o MPE apreenderam mais de 9 mil fichas na clínica de Neide, mas apenas os casos não prescritos estão sendo investigados e denunciados à Justiça. A maioria das mulheres que fez o aborto foi absolvida porque o crime prescreve com quatro anos.

O júri seria realizado no dia 24 de fevereiro deste ano, mas o juiz suspendeu porque a defesa alegou excesso de promotores atuando na acusação. No mês passado, o juiz acatou o pedido e afastou os dois promotores do caso.

O novo julgamento será realizado nesta semana, mas o Superior Tribunal de Justiça ainda pode analisar recurso das acusadas e suspende-lo por tempo indeterminado.

Fonte: Edivaldo Bitencourt (www.campograndenews.com.br)

Mulheres, Poder e Decisão.

A Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres tem um projeto muito legal, que é o Observatório Brasil da Igualdade de Gênero. Esse observatório faz pesquisas e levanta dados sobre a condição da mulher no Brasil e no mundo, e apresenta relatórios técnicos que podem subsidiar o nosso debate.


O último relatório lançado, 2009-2010, é sobre as Mulheres e sua participação no poder e nas decisões e apresenta vários dados muito interessantes que nos permitem verificar o quanto distantes nós ainda estamos dos espaços de poder, mas que as nossas lutas tem dados frutos positivos.

Pra quem quiser dar uma olhada, está disponível em pdf. Clique Aqui

CONTEÙDO DO RELATÓRIO

Parte I: Diagnósticos do Problema
Parte II: Destaques do período monitorado
- Eixo Indicadores:
“Mulheres e Poder: uma associação possível?”
- Eixo Comunicação e Mídia:
“Por que monitorar a mídia?”
- Eixo Legislação e Legislativo:
“Participação feminina na política institucional: análise do sistema eleitoral brasileiro e sugestões de mudança”
- Eixo Políticas Públicas:
“Políticas Públicas de Gênero: avanços recentes e desafios futuros”

terça-feira, 6 de abril de 2010

Lançada a campanha “Camisinha, um direito seu”

Ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, da Saúde e Secretaria de Políticas para as Mulheres lançaram dia 31/03 a campanha para incentivar beneficiárias do programa a se protegerem do HIV/aids

Diante do crescimento da incidência de aids entre as mulheres nos últimos anos, o governo federal, numa ação interministerial inédita, decidiu incorporar a luta contra a doença às ações do principal programa social brasileiro. A partir de agora, serão realizadas ações de prevenção das DST HIV Aids nos centros de assistência do Ministério do Desenvolvimento Social e do Combate à Fome (MDS), que atendem aos beneficiários do Bolsa Família. Estes serviços também vão disponibilizar preservativos.

Para levar a iniciativa ao conhecimento das mulheres e dos gestores do programa, foi concebida a campanha “Camisinha, um direito seu”, que tem duas beneficiárias do Bolsa Família como garotas-propaganda dos materiais impressos. Constam da campanha folders, cartazes, faixas, porta-preservativos, manuais explicativos para as mulheres sobre a importância do uso da camisinha e materiais que ensinam aos gestores como participar desta ação. Além disso, serão veiculados spots nas rádios do país, com mensagem às mulheres gravada pela atriz e cantora Zezé Motta.

O Ministério da Saúde, a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres e o MDS são parceiros na campanha, que prevê a distribuição de 1 milhão de camisinhas em Centros de Referência em Assistência Social, localizados nas capitais brasileiras. Nestes locais são atendidas 1,2 milhão de mulheres em situação de pobreza ou extrema pobreza.

O objetivo é facilitar o acesso ao preservativo às mulheres de baixa renda, orientá-las sobre como discutir com o parceiro a questão do uso da camisinha e incentivá-las a fazerem o teste de HIV. A campanha “Camisinha, um direito seu” tem como finalidade servir de ação mobilizadora para uma ação continuada de prevenção do HIV/aids voltada para as beneficiárias do Bolsa Família.

Participaram da cerimônia de lançamento a ministra Nilcéa Freire, da SPM, a secretária executiva do MDS, Arlete Sampaio e a secretária adjunta de Vigilância em Saúde, Sônia Brito.

Feminização - A ação é parte do Plano Nacional de Enfrentamento de Feminização da Epidemia de Aids e outras Doenças Sexualmente Transmissíveis, criado devido ao aumento da epidemia entre as mulheres.

Segundo o Boletim Epidemiológico de 2009, em 1986, a razão entre os sexos era de 15 casos de aids em homens para cada caso em mulheres, e a partir de 2002, a razão estabilizou-se em 15 casos em homens para cada 10 em mulheres. Na faixa etária de 13 a 19 anos, o número de casos de aids é maior entre as jovens do que entre os rapazes. A inversão apresenta-se desde 1998, com oito casos em meninos para cada 10 casos em meninas.

Entre 2000 e junho de 2009, foram registrados no Brasil 3.713 casos de aids em meninas de 13 a 19 anos (60% do total), contra 2.448 meninos. Na faixa etária seguinte (20 a 24 anos), há 13.083 (50%) casos entre elas e 13.252 entre eles. No grupo com 25 anos e mais, há uma clara inversão – 174.070 (60%) do total (280.557) de casos ocorrem entre os homens.

A Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas da População Brasileira, lançada pelo Ministério da Saúde em 2009, também ajuda a explicar a vulnerabilidade das jovens à infecção pelo HIV. De acordo com o estudo, 64,8% das entrevistadas entre 15 e 24 anos eram sexualmente ativas (haviam tido relações sexuais nos 12 meses anteriores à pesquisa). Dessas apenas 33,6% usaram preservativos em todas as relações casuais.

Entre os homens, 69,7% dos entrevistados eram sexualmente ativos. Mas eles usam mais a camisinha: 57,4% afirmaram ter usado em todas as relações com parceiros ou parceiras casuais.

Em 2007, a taxa de incidência de aids em mulheres acima de 50 anos praticamente dobrou em relação da 1997, passando de 5,2 casos por 100 mil habitantes para 9,9 casos. Nos homens, passou de 12 casos por 100 mil habitantes para 18, no mesmo período.

Atendimento ao cidadão

0800 61 1997 e (61) 3315 2425

Fonte: SPM

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Taí! Boa idéia.

As mulheres vivem dizendo que, se os homens podem tirar a camisa em público, elas também deveriam poder. Todo mundo já ouviu isso pelo menos uma vez na vida. Só que, neste sábado, em Portland, Maine (nos EUA), 24 mulheres se reuniram para mostrar que é possível.

A ideia foi da ativista Ty MacDowell e sua intenção era justamente esta – mostrar que as mulheres e os homens deveriam ter direitos iguais no que diz respeito a andar sem camisa.

Entretanto, MacDowell se irritou com a quantidade de curiosos que o evento atraiu e, principalmente, com o tanto de gente que tirava foto das mulheres de topless sem ao menos pedir permissão.

- Quando todo mundo está vestido, qualquer pessoa pede autorização para tirar uma foto. Por que é que agora, quando as mulheres fazem topless, ninguém pede nada?

De acordo com o jornal Portland Press Herald, cerca de 500 pessoas acompanharam a marcha. Mulheres tiraram suas camisetas e desfilaram de peito aberto em nome da liberdade, mas os fotógrafos de celular eram maioria.

Não houve problemas com a polícia e ninguém foi detido porque, em Maine, não há nenhuma lei que impeça as mulheres de mostrar os peitos em público.

Comentário nosso: com o calor que faz por essas bandas, até que não seria má idéia, né? Hahaha! O único problema, grande diríamos, é que nossa sociedade machista já culpa as mulheres pela violência sexual que sofremos, sem camisa então...

Fonte: Maine Sunday Telegram / com edição do Mulheres em Marcha

sábado, 3 de abril de 2010

Foi Apenas um Sonho

Titulo original: Revolutionary Road
Lançamento: 2008 (Estados Unidos)
Gênero: Drama
Duração: 119 min
Direção: Sam Mendes
Roteiro: Justin Haythe
Elenco: Zoe Kazan, David Harbour, Kate Winslet, Leonardo DiCaprio, Michael Shannon, Kathy Bates, Dylan Baker, Kathryn Hahn
Montagem: Tariq Anwar
Trilha Sonora: Thomas Newman

Sinopse:
Frank e April sempre se consideraram especiais, diferentes, prontos e dispostos a levar uma vida baseada em altos ideais. Assim, quando se mudam para o novo lar na Revolutionary Road, eles orgulhosamente declaram sua independência e prometem jamais ficarem presos aos limites sociais de sua época. Mas mesmo com todo o seu charme, os Wheeler se veem tornar exatamente o que não esperavam: um bom homem preso num trabalho de rotina e uma insatisfeita dona-de-casa sedenta por realização e paixão - uma família americana com sonhos perdidos, como outra qualquer. Determinados a mudar o destino, April arma um ousado plano para recomeçar: deixar o conforto de Connecticut para trás e ir para Paris. Porém, quando o plano é colocado em prática, eles são levados a seus extremos - um para fugir, seja qual for o preço, o outro para salvar tudo o que eles têm.
Fonte: cinemaemcena.com.br